Mais de 180 ficam feridos durante manifestações no Egito
Da RedaçãoMais de 180 pessoas foram feriados em conflitos entre manifestantes e policiais no Egito nesta sexta-feira (25). Coquetéis molotov, pedras, gás lacrimogênio e tiroteios marcaram as ruas do país no segundo aniversário da Revolução Egípcia.
Pelo menos 186 pessoas ficaram feridas desde o início dos conflitos nas cidades do Cairo, Alexandria e Suez. Gás lacrimogênio foi usado contra manifestantes quando estes tentaram quebrar a barreira de segurança que protege o Ministério do Interior.
Alguns dos milhares de manifestantes na praça Tahrir, no Cairo, foram atacados com pedradas por homens próximos ao escritório do site do partido Irmandade Muçulmana. Enquanto os manifestantes culparam membros da Irmandade, o grupo islâmico afirmou que pessoas tentaram invadir e destruir sua sede.
Os manifestantes continuam a pedir pela queda do regime de Mohamed Morsi. Parentes do ícone revolucionário Khaled Said, o jovem egípcio espancado até a morte pela polícia em 2010, estiveram presentes no protesto.
“Quero justiça e ordem, quero me livrar da Irmandade Muçulmana. Não estou feliz com nada que tenha acontecido nos últimos seis meses, eles foram piores que os 30 anos de Mubarak”, declarou a irmã de Said.
Concordando com a insatisfação geral da população com as eleições e a constituição, moldada pela Irmandade Muçulmana, ela afirmou que o partido “negligenciou os interesses dos egípcios e só foi atrás dos seus interesses”.
Irmandade Muçulmana quer “islamização” do Egito
“A Irmandade Muçulmana fez um acordo sujo com o exército pelas costas da população e agora estão indo contra a implementação de um estado secular, que é o que a maioria da população quer”, afirmou o analista geopolítico William Engdahl ao RT.
De acordo com Engdahl, ao passo que a Irmandade é “a força mais bem organizada do país”, eles estão tão “preocupados com a agenda da Lei Islâmica, com a islamização e com a crianção de um estado islâmico sob um regime fascista” que negligenciaram os aspectos econômicos do governo, deixando a economia em frangalhos.
Nesta quinta-feira (24), às vésperas do aniversário da revolução, o presidente Morsi pediu aos egípcios que não se voltassem para a violência. O pedido foi ignorado.
A violência tem se tornado cada vez mais comum nas ruas do Egito. No início de dezembro de 2012, 10 manifestantes foram mortos próximos ao palácio presidencial em um embate entre opositores e apoiadores da nova constituição, aprovada em um referendo com 64% dos votos.
Com informações do RT
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