Enviado russo participará da cúpula da União Africana
O Presidente russo, Vladimir Putin, se reuniu com membros do Conselho de Segurança da Rússia para discutir uma série de questões nacionais e internacionais, dando enfoque à escalada do conflito no Mali, onde a ofensiva liderada pela França contra radicais islâmicos já entrou em sua terceira semana.
A Rússia, que tem interesses econômicos no Mali e apoia uma resolução da ONU autorizando a operação militar estrangeira no país, mandou o enviado especial presidencial para a cooperação com os países africanos, Mikhail Margelov, para discutir a crise em uma cúpula da União Africana na Etiópia, que será realizada no domingo, 27.
Colônia francesa até 1960, o Mali está em tumulto desde o golpe militar de março passado, que provocou uma revolta das tribos tuaregues separatistas do país. Na época, elas chegaram a proclamar unilateralmente a independência do Estado de Azawad, que ocupou dois terços do território malinês.
No entanto, os tuaregues foram logo suprimidos por grupos mais bem armados ligados à Al-Qaeda, que por sua vez tomaram o controle do norte, impondo a lei islâmica da Sharia e destruindo patrimônios históricos em Timbuktu. Posteriromente, os radicais começaram a avançar para o sul, em direção à capital, Bamako.
Em dezembro, os 15 membros do Conselho de Segurança da ONU resolveram por unanimidade dar à Missão Internacional de Apoio ao Mali (AFISMA) um mandato inicial de um ano no país. A França, em resposta ao pedido de ajuda do próprio governo malinês, iniciou uma intervenção militar no último dia 10 de janeiro.
A chancelaria russa disse que foi avisada com antecedência dos planos franceses e afirmou que a iniciativa do Presidente da França, François Hollande, estava de acordo com as leis internacionais e com a resolução da ONU.
Diário da Rússia
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