Na próxima segunda-feira, 4 de fevereiro, movimentos sociais
de todo o Brasil se reunirão em São Paulo em apoio à Revolução
Bolivariana e ao presidente venezuelano, Hugo Chávez, que se recupera
de uma cirurgia para a retirada de um câncer, em Havana (Cuba). A data
marca o histórico levante de 1992, quando Chávez liderou um movimento
popular que resultou em uma tentativa de golpe de Estado e na sua
prisão.
Por Vanessa Silva, do Portal Vermelho
Campanha Brasil está com Chávez
Fernando Morais declara apoio a Hugo Chávez nas eleições de 7 de outubro de 2012
O levante representa o início de um
período de lutas pela autodeterminação dos povos latino-americanos, por
um continente mais justo, solidário e livre do neoliberalismo.
Passaram-se anos até que em 2 de fevereiro de 1999, Chávez foi eleito
pelo voto popular dando início à consolidação do modelo antineoliberal e
anti-imperialista, vigente nas últimas duas décadas não só na
Venezuela, nas na América Latina.O evento de 4 de fevereiro, que será realizado em frente ao Consulado Geral da República Bolivariana da Venezuela em São Paulo, é parte de “uma jornada continental de solidariedade ao povo venezuelano e à Revolução Bolivariana, construída pela Articulação Continental dos Movimentos Sociais da Alba [Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América]”, como esclareceu Pedro Paulo Bocca, da secretaria cooperativa da Alba. No mesmo dia, ocorrerão atos similares em diversos países da América Latina.
A Articulação dos Movimentos Sociais da Alba no Brasil é integrada por cerca de 20 entidades, e também por partidos políticos e outros movimentos como a Marcha Mundial das Mulheres, o Cebrapaz, o Movimento dos Sem Terra (MST), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), a União Nacional dos Estudantes (UNE), o Levante Popular da Juventude, o Conselho Mundial da Paz (CMP), a Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), e outras organizações camponesas, de juventude e de mulheres.
A Venezuela no Brasil
Apesar da maior aproximação entre os dois países nos últimos anos, ainda há pouca informação a respeito da Venezuela na imprensa brasileira. Isso se deve, diz Bocca, ao “forte bloqueio midiático sobre a Venezuela no Brasil. A mídia burguesa demoniza o presidente Chávez e minimiza as transformações sociais em curso no país”.
Na visão dele, os movimentos sociais têm outra. “Quando falamos sobre a Venezuela aos movimentos sociais e para o povo em geral, a receptividade é alta, pois o povo se identifica com o processo, com as lutas e os ganhos da Revolução Bolivariana. Por isso é sempre importante seguir pautando a Venezuela, seja através de atos de rua, ou por nossos meios de comunicação alternativo, redes sociais, etc”.
Ele ressalta ainda que o “Brasil vem sendo um parceiro estratégico da Venezuela no contexto político internacional. Ainda que não faça parte da Alba, foi central para a entrada da Venezuela no Mercosul, bem como para o fortalecimento de iniciativas conjuntas como a Celac [Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos] e a Unasul [União das Nações Sul-Americanas]”.
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