Um senador americano afirmou que 4.700 pessoas, incluindo civis, morreram em bombardeios durante incursões conduzidas sob a guerra secreta dos drones (aviões sem piloto) americanos, noticiou a imprensa local esta quarta-feira.
As perdas em ataques com centenas de mísseis lançados contra supostos militantes da rede terrorista Al-Qaeda no Paquistão, no Iêmen e outros países têm sido mantidas em sigilo, enquanto funcionários americanos recusam-se publicamente a falar sobre qualquer detalhe da campanha secreta.
Mas o senador republicano Lindsey Graham, um partidário leal ao uso dos controversos 'drones', citou abertamente um número que supera algumas estimativas independentes dos danos resultantes dos ataques.
"Matamos 4.700", afirmou Graham em estimativas citadas pelo site informativo local Easley Patch, da pequena cidade de Easley, na Carolina do Sul.
"Às vezes você atinge gente inocente e eu odeio isso, mas estamos em guerra e eliminamos alguns dos membros mais antigos da Al-Qaeda", acrescentou.
Apesar das críticas de alguns legisladores e defensores de direitos humanos que questionam o sigilo e a legalidade dos ataques com 'drones', Graham defendeu a confiança do presidente Barack Obama nos aviões-robô não tripulados.
A Fundação Nova América, baseada em Washington, afirma ter havido 350 ataques com 'drones' desde 2004, a maioria durante a presidência de Obama. Estima-se o número de mortos entre 1.963 e 3.293, incluindo entre 261 e 305 civis.
Segundo o Escritório de Jornalismo Investigativo, em Londres, entre 2.627 e 3.457 pessoas morreram em ataques com 'drones' americanos no Paquistão desde 2004, incluindo entre 475 e 900 civis.
AFP
Nenhum comentário:
Postar um comentário