DefesaNet
Danilo Macedo
Após se reunir hoje (27) com o
presidente da República em exercício Michel Temer, o presidente da
Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança,
Sami Youssef Hassuani, disse que o setor espera ser contemplado com a
sanção da Medida Provisória (MP) 582, que prevê a desoneração da folha
de pagamento para setores da indústria e de serviços como forma de
estimular a economia. Com a desoneração, empresas que contribuem ao INSS com 20% da folha de pagamento passarão a pagar de 1% a 2% do faturamento.
“A gente vê isso como algo muito
importante para manter empregos de alto nível; manter as Forças Armadas
atendidas pela indústria nacional e para a gente continuar competindo lá
fora, porque o mercado existe e alguém vai conquistá-lo. Então,
que sejam as empresas oficialmente estabelecidas, oficialmente
controladas", disse Hassuani. “Os competidores internacionais vão ocupar
mercado, então, é preferível que a indústria ocupe e esteja a serviço
do país, gerando empregos e riquezas aqui no Brasil”, defendeu.
A MP enviada ao Congresso previa
desoneração da folha de pagamento de 15 setores, mas deputados incluíram
mais 33. O adendo que incluiu a indústria de materias de defesa foi
feito pelos deputados federais Sandro Mabel (PMDB-GO) e Guilherme Campos
(PSD-SP). O Ministério da Justiça recomendou à presidenta Dilma
Rousseff que vete o texto parcialmente porque a inclusão da indústria de
armas prejudicaria a política de desarmamento. O prazo para a
publicação da sanção integral ou parcial vence dia 2 de abril.
Segundo o presidente da associação
das empresas do setor, no entanto, existe confusão entre segurança
pública e indústria de defesa. “Associam de maneira pejorativa, mas
defesa é um centro de excelência tecnológica.
Você vai para os EUA ou França, os grandes desenvolvimentos tecnológicos são feitos na indústria de defesa e isso irradia para a sociedade como um todo. É um setor estratégico e nenhum país descuida, principalmente o país que está crescendo e o país rico”, disse ele, acrescentando que o Brasil é visto como um país importante no cenário global com o qual empresas estrangeiras têm procurado parcerias.
Você vai para os EUA ou França, os grandes desenvolvimentos tecnológicos são feitos na indústria de defesa e isso irradia para a sociedade como um todo. É um setor estratégico e nenhum país descuida, principalmente o país que está crescendo e o país rico”, disse ele, acrescentando que o Brasil é visto como um país importante no cenário global com o qual empresas estrangeiras têm procurado parcerias.
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