Na sucessão de presidencial de 2014, a nova direita promete buscar votos representada nos partidos sucessores da Arena (PP, PSD, DEM), mas pode ter uma cara própria e alcançar, como na Europa dos países desenvolvidos, votos que podem atingir até 20% do eleitorado – e ser o fiel da balança na eleição.
Hoje, todos cortejam a ascendente nova direita brasileira. O PT do ex-candidato vitorioso Luiz Inácio Lula da Silva teve de se mostrar palatável a ela para tomar o poder a partir de 2002.
Em suas duas tentativas de chegar ao governo, sob o manto de uma plataforma socialdemocrata, o tucano José Serra também deixou claro que não queria enfrentá-la. Em São Paulo, principal Estado brasileiro, o governador Geraldo Alckmin é sempre citado como simpático a referências como a Opus Dei e, no Nordeste, o coronelismo enraizado comprova a cada momento decisivo que tem público, de uma ou outra maneira, cativo.
Na sucessão de 2014, embalada pela preservação de posições impensáveis para muitos, como a homofobia e o racismo, mas válidas para tantos, a direita já tem papel próprio. Correligionários do deputado Feliciano já falam abertamente em lançá-lo à aventura presidencial, apenas para marcar posição no espectro político e, assim, verificar a quantas anda sua popularidade eleitoral, ou para fazer composição com os principais concorrentes, e manter dentro da máquina pública um espaço que só faz crescer.
Na Câmara dos Deputados, a partir de uma inteligente estratégia de ocupação de espaços, a direita brasileira já conta com uma banca plupartidária de mais de 100 deputados, quando há 20 anos tinha cerca de duas dúzias. Esses políticos decidiram ocupar cargos estratégicos nas comissões do parlamento, e estão ampliando sua influência na tomada de decisão. No próximo pleito, é melhor contar com o peso deles para não errar nas contas. A oposição ideológica dos canhotos voltou não apenas para se firmar, mas para crescer e se multiplicar.
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