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Para general Joaquim Silva e Luna, maior participação do Brasil no cenário internacional garante mais proteção das estratégias do País
Paulo Skaf recebe autoridades participantes do Seminário 'Defense Industry Day'. Foto: Junior Ruiz/Fiesp
Talita Camargo
Agência Indusnet Fiesp
Agência Indusnet Fiesp
O chefe do Estado-Maior do Exército Brasileiro, general Joaquim Silva e Luna, apresentou nesta quinta-feira (04/04) o programa de modernização da força armada. “Esse programa tem por objetivo tirar o Exército da era industrial para migrar para a era do conhecimento”, afirmou o general durante o Defense Industry Day (DID), evento que tem uma programação de três dias na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Para o chefe do Estado-Maior do Exército
Brasileiro, essa transformação não altera a missão do Exército, o de
defender a pátria. “Busca-se a capacidade para cumprir essa missão
dentro desse novo contexto do Brasil no cenário internacional”,
ressaltou. “Esse processo de modernização decorre de um diagnóstico que
foca em proteger as estratégias do país, exatamente neste momento em que
o Brasil se insere nesse novo contexto internacional”, completou.
De acordo com a apresentação de Luna, o
Exército brasileiro cumpre 80 operações diárias dentro do país, como
segurança nas faixas de fronteira, presença contra o narcotráfico no Rio
de Janeiro, defesa civil, entre outros. No exterior são 17 operações
diárias distribuídas em missões em locais como Haiti, África e América
Central. “Esses esforços demandam necessidades de novas capacidades”,
afirmou.
Luna explicou que há uma tendência para
que ações efetivas das forças armadas brasileiras sejam cada vez mais
restritas. “Devemos servir como respaldo para as decisões tomadas pela
diplomacia, para garantir a segurança nacional nesse sentido”.
Segundo ele, em 2012 foram investidos R$
1,5 bilhões em equipamentos. Mas além destes investimentos, o Exército
brasileiro conta com inovações nas áreas de inteligência contra a guerra
cibernética, além da criação de um novo polo tecnológico para pesquisa.
“Há um projeto de construção de um novo IME [Instituto Militar de
Engenharia], que prevê a ampliação de formação de engenheiros, a fim de
aumentar e modernizar o desenvolvimento, o ensino e a estrutura
tecnológica”, afirmou Luna.
Ao concluir, o general destacou que o
programa de modernização é um fomento para a indústria de defesa do país
e para a criação de novos empregos no setor. “O processo de
transformação tem como escopo fazer do Exército Brasileiro um efetivo
instrumento de defesa da pátria, para contribuir com o desenvolvimento e
crescimento nacional”, concluiu.
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