Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Lançado em meados de março deste ano, o Plano Inova Empresa evidencia a necessidade de criação de parques tecnológicos no país, disse o diretor executivo do Parque Tecnológico do Rio/UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Maurício Guedes. O plano prevê investimentos de R$ 32,9 bilhões nos próximos dois anos para incentivar o desenvolvimento de pesquisas nos setores industrial, agrícola e de serviços.
Ao estruturar um programa para aumentar a capacidade de inovação da economia brasileira, o governo propiciará, indiretamente, a expansão do Parque Tecnológico do Rio, que poderá chegar a atrair investimentos adicionais de R$ 2 a R$ 3 bilhões nos próximos cinco anos, disse Guedes à Agência Brasil. Segundo ele, o tema "parques tecnológicos" está entrando com força total na agenda nacional.
"É importante que o país tenha um programa estruturado para aumentar a capacidade de inovação de sua economia , e o aumento da capacidade de inovação se dá com investimentos, integração com as universidades e formação de mestres e doutores. E o Brasil vem tendo uma evolução importante nestes últimos anos", destacou.
Para este ano, o investimento federal em inovação está em torno de R$ 100 milhões em parques tecnológicos. Para ele, ainda é pouco, até porque existem hoje propostas para criação de mais de 100 parques tecnológicos em todo o país, embora seja um avanço. "A Universidade Federal do Rio de Janeiro faz sua parte, procurando expandir as áreas de atividade. Estamos caminhando para a expansão de nossas fronteiras, negociando a entrada de novas empresas, agregando novas áreas territoriais para esse crescimento."
De acordo com Guedes, o governo do estado está adquirindo uma área de propriedade do Exército, com 240 mil metros quadrados de extensão, na Ilha do Fundão, para atrair novas empresas para o Parque do Rio. Já existem companhias instalando-se na área e construindo centros globais de pesquisa, como a General Electric (GE). A empresa, que tem pesquisas para indústrias de petróleo e construção de turbinas de aviões, na área médica e em biotecnologia, está aplicando R$ 500 milhões nas obras do centro, a ser inaugurado em março do próximo ano. Considerada uma das maiores empresas de cosméticos do mundo, a L´Oréal também vai se instalar no polo, informa Guedes.
Com isso, ressaltou o diretor executivo do Parque Tecnológico do Rio, "chegaremos facilmente aos R$ 2 bilhões, R$ 3 bilhões em investimentos nos próximos quatro a cinco anos. Praticamente, dobraremos ou triplicaremos os investimentos que foram feitos de 2003 até hoje."
Ainda de acordo com ele, até o final do primeiro
semestre deste ano a diretoria do parque lançará edital de concessão de
espaço para instalação de novas empresas de desenvolvimento tecnológico.
Serão ofertados na licitação pública 25 mil metros quadrados (m²), dos
quais 20 mil m² para um projeto destinado à construção de um prédio para
empresas de inovação e um hotel.
Maurício Guedes lembrou que negociações recentes com a
Embratel resultaram na devolução de 15 mil metros quadrados ao parque.
Com isso, haverá mais áreas disponíveis para as empresas, que serão
licitadas em meados do próximo ano.
“Esta licitação, prevista para meados do próximo ano,
deverá envolver um total de 30 mil m². Se levarmos em conta os outros
100 mil m² que estão sendo adquiridos pelo governo estadual, os
investimentos poderão ultrapassar R$ 2 bilhões nos próximos quatro a
cinco anos”, disse.
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