O presidente russo comentou o atentado em Boston durante programa de televisão
O presidente russo, Vladimir Putin, participa de programa de televisão em Moscou nesta quinta-feira Foto: AP
O presidente russo, Vladimir Putin,
lamentou nesta quinta-feira, ao comentar o recente atentado de Boston
(Estados Unidos) perpetrado por dois chechenos, que os países e veículos
de imprensa ocidentais tenham apoiado no passado os terroristas do
Cáucaso Norte.
Putin afirmou que por vezes "de forma
direta e em outras indiretamente" os países ocidentais deram seu apoio
informativo, financeiro e político aos radicais islâmicos do Cáucaso
Norte. "Sempre me indignou quando nossos parceiros ocidentais, e também
os veículos de comunicação ocidentais, qualificavam como 'rebeldes' e
quase nunca como terroristas os nossos terroristas (do Cáucaso), que
cometiam brutais, selvagens e sangrentos crimes por todo o país",
asseverou o líder do Kremlin, em um programa de TV em que respondeu
perguntas de cidadãos do país.
O presidente russo manifestou sua esperança de que o atentado de Boston, que deixou três mortos e mais de 170 feridos, aproxime as posturas da Rússia e dos Estados Unidos na luta contra as ameaças comuns. "Simplesmente faço um apelo para que essa tragédia nos aproxime para que nos enfrentemos juntos às ameaças comuns, entre elas o terrorismo", ressaltou. "Se nós realmente juntarmos os nossos esforços, não vamos permitir esses ataques e sofrer perdas desse tipo."
O presidente russo manifestou sua esperança de que o atentado de Boston, que deixou três mortos e mais de 170 feridos, aproxime as posturas da Rússia e dos Estados Unidos na luta contra as ameaças comuns. "Simplesmente faço um apelo para que essa tragédia nos aproxime para que nos enfrentemos juntos às ameaças comuns, entre elas o terrorismo", ressaltou. "Se nós realmente juntarmos os nossos esforços, não vamos permitir esses ataques e sofrer perdas desse tipo."
Putin apontou que frequentemente o
discurso do Ocidente sobre a ameaça comum do terrorismo fica apenas em
declarações. "Sempre dissemos que não se deve se limitar a fazer
declarações, mas cooperar mais estreitamente. Agora, esses dois
criminosos (os irmãos Tsarnáev, acusados de atentar em Boston)
demonstraram que nossa tese é correta", assinalou.
Ao mesmo tempo, o presidente russo criticou alguns políticos americanos por sugerir que o suposto terrorista sobrevivente, Dzhokar Tsarnaev, devesse ser internado no centro de prisioneiros de Guantánamo (Cuba).
Ao mesmo tempo, o presidente russo criticou alguns políticos americanos por sugerir que o suposto terrorista sobrevivente, Dzhokar Tsarnaev, devesse ser internado no centro de prisioneiros de Guantánamo (Cuba).
"A que despropósito chegamos? Alguns
políticos dos EUA, não seu governo, dizem que o criminoso que sobreviveu
deveria ser declarado prisioneiro de guerra. Ficaram loucos. Como
prisioneiro? Por acaso voltou a guerra civil entre o Norte e o Sul?
Dizem tolices e loucuras", afirmou Putin.
Stalinismo
Putin, que respondeu perguntas sobre múltiplos assuntos, disse também que não há qualquer elemento que recorde a época stalinista em sua forma de governar a Rússia, apesar de enfatizar que o país precisa de "ordem e disciplina".
Putin, que respondeu perguntas sobre múltiplos assuntos, disse também que não há qualquer elemento que recorde a época stalinista em sua forma de governar a Rússia, apesar de enfatizar que o país precisa de "ordem e disciplina".
"Considero que não há qualquer elemento
stalinista. O stalinismo está vinculado ao culto à personalidade, às
violações em massa da legalidade, às repressões e aos campos de
detenção. Não há nada disso na Rússia", respondeu Putin, antes de fazer
um adendo. "Mas isso não significa que não se necessite de ordem e
disciplina".
Com informações adicionais da agência AFP
Nenhum comentário:
Postar um comentário