Líderes africanos decidiram nesta 
segunda-feira criar imediatamente uma força militar de reação rápida 
para lidar com emergências regionais, buscando tornar a segurança do 
continente menos dependente dos fundos e contingentes de outras origens.
 A decisão, tomada em uma cúpula da União Africana na Etiópia, atende 
aos apelos de vários líderes preocupados com os diversos conflitos e 
rebeliões em curso na África.
 Os planos para uma Força Africana de 
Prontidão já existem há mais de uma década, e os sucessivos adiamentos 
na sua criação geram críticas de que o continente depende em excesso da 
ajuda da ONU e de doadores ocidentais.
 O texto adotado pela Assembleia da UA, ao qual a Reuters
 teve acesso, disse que a força de reação rápida será formada com 
contribuições voluntárias de soldados, equipamentos e verbas a serem 
feitas por países africanos que estiverem em condições para isso. A 
iniciativa está sendo chamada de Capacidade Africana para a Resposta 
Imediata a Crises (Caric), e seria uma solução provisória até a formação
 definitiva da Força de Prontidão.
 Entre os desafios de segurança 
enfrentados nos últimos dois anos pela UA estão os golpes militares da 
Guiné-Bissau e Mali, as ofensivas de grupos militantes islâmicos no Mali
 e Nigéria, e conflitos envolvendo rebeldes no leste da República 
Democrática do Congo e da República Centro-Africana.
 No começo deste ano, a França interveio 
militarmente no Mali, ex-colônia sua, para impedir o avanço de rebeldes 
islâmicos, numa ação que causou constrangimento à UA, por demonstrar sua
 incapacidade de defesa própria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário