Agnelo se adianta e faz circular super ônibus
Ar condicionado, câmeras de segurança, radar com GPS, lixeira; com
equipamentos inéditos no País, nova frota de Brasília começa a circular
nesta sexta-feira 28; rodam na Bacia 5, dentro de um novo complexo
viário, de articulação entre bairros; viagens ficarão menores e mais
confortáveis; tarifa: R$ 1,50; governador Agnelo Queiroz montou processo
licitatório no ano passado, quando transporte coletivo não estava na
agenda geral, e colhe os resultados agora, quando muitos, ou melhor,
todos falam -- e quase ninguém faz
Marco Damiani _247 – O governador Agnelo Queiroz se
adiantou - e saiu na frente. Com uma licitação aberta no ano passado,
depois de ser examinada por diversos setores da sociedade do Distrito
Federal, ele ofereceu hoje à cidade um show inédito no transporte
coletivo das grandes cidades brasileiras. Começaram a circular os
primeiros 39 ônibus da nova safra, que passam a percorrer um mapa viário
de 5 bacias, interligando as diferentes regiões de Brasília. Com
equipamentos inéditos no País, como ar condicionado, câmeras de
segurança, radar, GPS e lixeiras, os ônibus estarão divididos em 12
linhas. A companhia São José informou que 20 novos ônibus vão entrar em
circulação a cada duas semanas. Ao todo, a empresa terá uma frota com
576 veículos.
Tarifa: R$ 1,50, a mais barata das grandes cidades brasileiras.
Com a implantação real e efetiva de um verdadeiramente moderno
sistema de ônibus urbanos, conectado com o metrô, o governador Agnelo dá
provas de que é possível, com planejamento, praticar prioridades da
sociedade. Não basta prometer nos palanques e reagir à última hora e sob
pressão, como têm acontecido após as marchas nacionais por melhorias
nos transportes urbanos, especialmente entre os ônibus. É preciso, como
Agnelo, ter prioridade e decisão política.
Para implantar o sistema, o governador enfrentou e derrubou o
duopólio, estabelecido ainda na década de 1950, entre as famílias
Canhedo e Constantino, das companhias Viplan e Planeta. Elas dividiam as
linhas entre si, oferecendo um dos piores serviços do Brasil.
No curso da abertura do processo internacional de licitação, Agnelo
foi envolvido em tramas armadas pelo contraventor Carlinhos Cachoeira e o
então senador Demóstenes Torres, que chegou a pedir formalmente o
impeachment do governador petista. Agnelo, em razão do mesmo tipo de
armação, precisou exonerar seu então secretário de Governo, Claudio
Monteiro, para esclarecer denúncias falsas – Monteiro provou ter sido
vítima da quadrilha e voltou ao governo com o responsável pelo Estádio
Mané Garrincha.
A cada duas semanas, 20 novos ônibus vão entrar em circulação. Ao todo, serão 576 veículos na bacia 5.
Os
ônibus são joias de tecnologia. Com o sistema de radar e GPS, o
motorista é informado com antecedência sobre o grau de cada curva e sua
inclinação. As câmeras de segurança têm imagens gravadas, de modo a
inibir pela presença e registrar, quando houver, ocorrências dentro do
coletivo. O ar condicionado era uma antiga aspiração da população. Mas
em Brasília, repita-se, a licitação foi feita antes das manifestações
por transporte melhor.
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