A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta
quarta-feira, 3, a criação dos primeiros 50 terminais portuários de uso
privado, conforme a nova legislação dos portos, regulamentada em junho. Os
investimentos chegam a R$ 11 bilhões. "Esse é o primeiro anúncio
que fazemos após aprovação tanto da lei dos portos quanto da promulgação do
decreto", disse Dilma.Os novos portos devem movimentar 105 milhões de toneladas por
ano. O ministro da Secretaria Especial de Portos, Leônidas Cristino, afirmou
que o governo pretende desafogar portos do Sudeste, como Santos e Paranaguá. A
maior parte dos terminais será construída na Região Norte do País.Segundo o ministro, serão 27 novos empreendimentos na Região
Norte, com investimentos de R$ 1,8 bilhão - sendo sete deles no Amazonas. No
Nordeste, serão 3 empreendimentos, com investimento de R$ 4,5 bilhões.Nas hidrovias do Centro-Oeste, serão investidos R$ 43 milhões em
três terminais. No Sudeste, serão 12 empreendimentos, com investimentos de R$
4,6 bilhões - são quatro em São Paulo, sete no Rio de Janeiro e um no Espírito
Santo. Outros 5 empreendimentos serão na Região Sul, com investimento de R$ 150
milhões.O processo para liberação efetiva da construção dos terminais
deve durar 90 dias. Com a autorização para construção dos terminais, os
empreendedores terão até 3 anos para começar a operar.Dilma elogiou a ação dos ministros que estiveram envolvidos na
iniciativa. "Os ministros do governo agiram de forma acelerada para
garantir que esse projeto tivesse resultados o mais rápido possível, dado a
urgência do Brasil", disse. Segundo a presidente, este é um "primeiro
passo", que foi "célere e rápido". Ela afirmou que a iniciativa
abre caminho para a modernização do sistema portuário brasileiro."É um passo concreto que tem um sentido simbólico: hoje
estamos completando o que chamamos quando lançamos o projeto de nova abertura
dos portos brasileiros. Em vez de ser às nações amigas, é ao setor privado
deste País", afirmou. "Por que isso? Porque precisamos de estruturas
mais robustas no sistema portuário, de maior eficiência". Ela disse,
ainda, que era necessário superar as reservas de mercado que retardavam a
economia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário