Do BNDES
Nota do BNDES sobre reportagem publicada pelo "O Estado de S.Paulo" em 15/07/13
Em relação à reportagem “BNDES facilita pagamentos de Eike"
publicada na edição de hoje (15/7) do jornal "O Estado de S.Paulo", o
BNDES esclarece que:
• O tratamento dispensado pelo Banco ao Grupo EBX é
rigorosamente igual ao dado a qualquer empresa tomadora de crédito no
BNDES. O Banco refuta, portanto, quaisquer insinuações de que tenha
havido vantagens ou tratamento privilegiado nas concessões de
financiamento ao referido Grupo.
• A estruturação de garantias também foi feita com
o rigor usual adotado pelo BNDES em todas as suas operações, obedecendo
às melhores práticas bancárias.
• Diferentemente do que afirma o jornal, o Grupo
não desfruta nem nunca desfrutou de taxas de juros mais favoráveis do
que outros clientes. Como é de conhecimento público, as taxas
mencionadas, de 4,5% ao ano, eram as vigentes na época para o Programa
de Sustentação do Investimento (PSI), destinado à compra de máquinas e
equipamentos, válido para realização de investimentos de toda e qualquer
empresa. O PSI, criado em agosto de 2009, já realizou mais de 700 mil
operações e desembolsou, até 10 de julho último, total de R$ 218,2
bilhões em financiamentos a investimentos.
• A reportagem também faz uma comparação indevida
entre a taxa de juros do BNDES, a TJLP, e a Selic, como se a aplicação
da TJLP a um financiamento do Grupo EBX representasse algum tipo de
favorecimento. É público e notório que a principal referência para os
financiamentos do BNDES é a TJLP, atualmente em 5% ao ano e definida
pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
• Também não foram corretas informações sobre os
resultados da carteira de ações da BNDESPAR com empresas do Grupo EBX. A
reportagem não levou em consideração explicações dadas sobre a
rentabilidade do Banco nas operações de renda variável. A assessoria do
Banco informou que a BNDESPAR obteve rentabilidade superior a 100% sobre
o valor investido na operação de venda das ações da LLX Logística, dado
que foi omitido pela reportagem. Para efeito de comparação, entre 2009
(quando da aquisição de ações pela BNDESPAR) e 2011 (quando da última
venda de participação pela BNDESPAR), a valorização do índice Bovespa
foi de 50%, enquanto que o retorno do CDI foi de 19%.
• Também foi quantificado de maneira incorreta um
suposto prejuízo do BNDES com ações do Grupo. A estratégia da BNDESPAR é
de longo prazo, ou seja, o resultado final de cada investimento só pode
ser aferido com a efetiva venda dos ativos, o que não ocorreu com as
demais participações da BNDESPAR nas empresas do Grupo. Ressalta-se que o
investimento total da BNDESPAR em empresas do Grupo EBX representa
apenas cerca de 0,6% do total do ativo da subsidiária do BNDES.
• Finalmente, a estratégia do BNDES, tanto na
gestão de sua carteira de crédito quanto na renda variável, tem sido
extremamente criteriosa e bem-sucedida. O Banco tem hoje uma taxa de
inadimplência de apenas 0,04% (posição de março último) sobre o total da
carteira de crédito, muito abaixo da média do sistema financeiro
nacional, tanto público como privado.
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