Do Brasil 247
Ao lado do PC do B, PDT e PSB, presidente do partido do governo diz
ter conseguido o apoio de 171 deputados para protocolar proposta de
consulta popular sugerida pela presidente Dilma Rousseff em resposta às
manifestações de rua de junho. Partidos aliados acusam o PMDB de tentar
sabotar o projeto. Em junho, o líder peemedebista Eduardo Cunha
(PMDB-RJ) criticou os cinco pontos sugeridos pelo Executivo na mensagem
entregue ao Congresso: "Isso é reforma eleitoral, não é reforma
política"
O presidente do PT, Rui Falcão, anunciou nesta segunda-feira que
partidos da base aliada conseguiram assinaturas necessárias para
apresentar na Câmara um projeto de decreto legislativo pedindo a
realização de um plebiscito sobre reforma política. A ideia foi sugerida
pela presidente Dilma Rousseff em resposta às manifestações de rua de
junho.
No total, PT, PC do B, PDT e PSB conseguiram 171 assinaturas de
deputados para iniciar a tramitação da proposta. O líder do partido na
Câmara, José Guimarães (PT-CE), deve protocolar o pedido amanhã na
Câmara.
Se passar pela Comissão de
Constituição e Justiça da Casa, o projeto terá que ser pautado pelo
presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para entrar na
votação no plenário. Para chegar ao Senado, precisa de 257 votos.
Desde o início, o PMDB tem sabotado a proposta da presidente Dilma.
Em reunião, deputados do partido decidiram que só aceitam a aprovação do
plebiscito se a consulta popular for realizada em 2014, simultaneamente
às eleições gerais - e não nos próximos meses, como queria o governo.
"Qualquer um que entende o mínimo sobre o tempo e o regimento desta Casa
saberia que era inviável o plebiscito valer para as eleições de 2014",
disse o líder do segundo maior partido da base, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Ele ainda criticou os cinco pontos sugeridos pelo Executivo na mensagem
entregue ao Congresso: "Isso é reforma eleitoral, não é reforma
política".
Os peemedebistas ainda avisaram que pretendem defender a inclusão de
outros temas no plebiscito, além dos cinco propostos por Dilma. Entre as
sugestões do PMDB estão a adoção do parlamentarismo, o fim da reeleição
e a delimitação do tempo de mandato. Ou seja, se depender do PMDB, a
consulta deve demorar para ocorrer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário