Tijolaço
A tolice da matéria de ontem da Folha, que a gente apontou aqui, era só uma amostra do péssimo jornalismo que ela resolveu fazer contra o “Mais Médicos”.
Anuncia que as prefeituras vão demitir seus médicos para fazer economia, colocando no lugar um profissional do “Mais Médicos”.
Isso é, sem meias-palavras, mentira.
E a Folha saberia – se é que não sabe – que, ao demitir um médico das suas unidades básicas de saúde, uma prefeitura perde os recursos que o Ministério já paga para que ela lhe custeie o salário, encargos e demais despesas.
Mas a Folha não foi sequer ouvir o Ministério da Saúde antes de abrir manchete.
Pegou boatos recolhidos por três funcionários em Manaus, Fortaleza e Recife, com a ajuda dos CRMs locais – duvido e faço pouco que os repórteres tenham viajado centenas de quilômetros pela selva e pelo sertão- juntou tudo em São Paulo, bateu no liquidificador e fez uma peça digna de qualquer jornaleco sensacionalista.
A prova da mentira deliberada está aqui, neste vídeo, gravado diante dos repórteres da Folha, no dia 14, onde o ministro Alexandre Padilha explica que as prefeituras que fizerem isso perderão dinheiro, em lugar de ganhar.
A mesma informação pode ser lida aqui, na página do MS.
A Folha não precisava, aliás, nem ter ouvido o Ministério. Bastava que fizesse o que eu fiz, buscar no Google.
Mas não fez e, dessa forma, igualou-se ao espertalhão de Goiânia que quis justificar a sua demissão como uma “invasão dos cubanos”.
Certamente, entre as quase quatro mil prefeituras do país inscritas no “Mais Médicos” haverá demissão de algum profissional. Porque não aparece para trabalhar, porque brigou com alguém, porque, simplesmente, resolveu que não quer mais aquilo. Como acontece com qualquer profissão.
Transformar isso num problema do programa é simples desonestidade e sensacionalismo barato.
Barato, não, caro, porque desqualifica uma iniciativa que é importantíssima para a saúde e a vida de milhões de brasileiros pobres.
Daqui a pouco, estará rodando na internet este “escândalos”, movidos pelas reproduções de “coxinhas” e “anonimous” factóides de classe média, que, além de não terem capacidade de compadecer-se com a situação do povo pobre, não têm capacidade para raciocinar e verificar informações, exatamente como fez a Folha.
Se nesse país houvesse coragem para enfrentar e justiça para proteger a verdade, amanhã a Folha estaria sendo obrigada a publicar um desmentido de primeira página, em letras garrafais como as que usa para mentir.
Mas – e olhe lá – gaguejará “esclarecimentos” amanhã e sua ombudswoman, uma pessoa reconhecidamente gentil, escreverá “ai, que coisa feia, pessoal…”.
Por: Fernando Brito
Anuncia que as prefeituras vão demitir seus médicos para fazer economia, colocando no lugar um profissional do “Mais Médicos”.
Isso é, sem meias-palavras, mentira.
E a Folha saberia – se é que não sabe – que, ao demitir um médico das suas unidades básicas de saúde, uma prefeitura perde os recursos que o Ministério já paga para que ela lhe custeie o salário, encargos e demais despesas.
Mas a Folha não foi sequer ouvir o Ministério da Saúde antes de abrir manchete.
Pegou boatos recolhidos por três funcionários em Manaus, Fortaleza e Recife, com a ajuda dos CRMs locais – duvido e faço pouco que os repórteres tenham viajado centenas de quilômetros pela selva e pelo sertão- juntou tudo em São Paulo, bateu no liquidificador e fez uma peça digna de qualquer jornaleco sensacionalista.
A prova da mentira deliberada está aqui, neste vídeo, gravado diante dos repórteres da Folha, no dia 14, onde o ministro Alexandre Padilha explica que as prefeituras que fizerem isso perderão dinheiro, em lugar de ganhar.
A mesma informação pode ser lida aqui, na página do MS.
A Folha não precisava, aliás, nem ter ouvido o Ministério. Bastava que fizesse o que eu fiz, buscar no Google.
Mas não fez e, dessa forma, igualou-se ao espertalhão de Goiânia que quis justificar a sua demissão como uma “invasão dos cubanos”.
Certamente, entre as quase quatro mil prefeituras do país inscritas no “Mais Médicos” haverá demissão de algum profissional. Porque não aparece para trabalhar, porque brigou com alguém, porque, simplesmente, resolveu que não quer mais aquilo. Como acontece com qualquer profissão.
Transformar isso num problema do programa é simples desonestidade e sensacionalismo barato.
Barato, não, caro, porque desqualifica uma iniciativa que é importantíssima para a saúde e a vida de milhões de brasileiros pobres.
Daqui a pouco, estará rodando na internet este “escândalos”, movidos pelas reproduções de “coxinhas” e “anonimous” factóides de classe média, que, além de não terem capacidade de compadecer-se com a situação do povo pobre, não têm capacidade para raciocinar e verificar informações, exatamente como fez a Folha.
Se nesse país houvesse coragem para enfrentar e justiça para proteger a verdade, amanhã a Folha estaria sendo obrigada a publicar um desmentido de primeira página, em letras garrafais como as que usa para mentir.
Mas – e olhe lá – gaguejará “esclarecimentos” amanhã e sua ombudswoman, uma pessoa reconhecidamente gentil, escreverá “ai, que coisa feia, pessoal…”.
Por: Fernando Brito
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