Você paga mais, compra menos, investe-se menos. Quem quer
entender em que se reflete a política de juros em alta desde que o
presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, passou para o lado dos
que apertam o governo brasileiro para dar mais renda ao capital
financeiro, leia a matéria que a Folha publicou agora há pouco, com dados do próprio BC
“A taxa média de juros com recursos livres –empréstimos concedidos pelos bancos de acordo com as condições de mercado– subiu pelo segundo mês seguido e chegou a 27,5% em julho, alta de 0,9 ponto percentual em relação a junho”
“Foi justamente no segmento de pessoas físicas que a alta foi mais expressiva. A taxa média ficou em 36,2% ao ano, aumento de 1,4 pontos percentuais. Já no de pessoas jurídicas, a alta foi de 0,6 p.p, chegando a 20% ao ano.
Isto é: os bancos captam no mercado a 8,25% – taxa Selic até ontem – ou menos e emprestam a 20% ou mais. Na verdade, mais e até muito, muito, muito mais, se você colocar na roda os juros de rotativo de cartão de crédito e de cheque especial.
A conversa de inflação, vai-se mostrar num próximo post, está desmoralizada. Os juros mais altos até elevam os preços, seja porque o produtor tem de recuperar custos de seus empréstimos, seja pela manutenção de capital imobilizado na forma de estoques, seja nos produtos onde a venda é muito ligada a operações de crédito ao consumidor, via cartão, onde o preço embute as taxas do parcelamento.
A razão é outra: com a “ameaça” de recuperação da economia americana, o capital internacional passou a cobrar “prêmios” maiores para ficar, a nós e aos demais emergentes.
Talvez tivéssemos mesmo de, a esta altura, estar elevando juros. Aqui, porém, somos tão dóceis – Banco Central e mídia – que apanhamos antes que nos batam.
Por: Fernando Brito
“A taxa média de juros com recursos livres –empréstimos concedidos pelos bancos de acordo com as condições de mercado– subiu pelo segundo mês seguido e chegou a 27,5% em julho, alta de 0,9 ponto percentual em relação a junho”
“Foi justamente no segmento de pessoas físicas que a alta foi mais expressiva. A taxa média ficou em 36,2% ao ano, aumento de 1,4 pontos percentuais. Já no de pessoas jurídicas, a alta foi de 0,6 p.p, chegando a 20% ao ano.
Isto é: os bancos captam no mercado a 8,25% – taxa Selic até ontem – ou menos e emprestam a 20% ou mais. Na verdade, mais e até muito, muito, muito mais, se você colocar na roda os juros de rotativo de cartão de crédito e de cheque especial.
A conversa de inflação, vai-se mostrar num próximo post, está desmoralizada. Os juros mais altos até elevam os preços, seja porque o produtor tem de recuperar custos de seus empréstimos, seja pela manutenção de capital imobilizado na forma de estoques, seja nos produtos onde a venda é muito ligada a operações de crédito ao consumidor, via cartão, onde o preço embute as taxas do parcelamento.
A razão é outra: com a “ameaça” de recuperação da economia americana, o capital internacional passou a cobrar “prêmios” maiores para ficar, a nós e aos demais emergentes.
Talvez tivéssemos mesmo de, a esta altura, estar elevando juros. Aqui, porém, somos tão dóceis – Banco Central e mídia – que apanhamos antes que nos batam.
Por: Fernando Brito
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