Vermelho
No terceiro dia da greve nacional bancários mais de 9 mil agências e centros administrativos de bancos públicos e privados em 26 estados e no Distrito Federal já foram fechados. Mesmo com essa forte mobilização, que cresce a cada dia, a Federação Brasileira dos Bancos (Fenaban) mantém uma postura intransigente e se nega a negociar com a categoria.
De acordo com o Comando Nacional, a paralisação atinge mais de 40% das agências. São 45% delas, considerando que há 20 mil agências no país. Considerando a informação da Fenaban, de que são 21.500 agências ao todo, a greve atinge 41,9%. Foi um crescimento de 23,8% na greve em relação à sexta-feira, quando 7.282 unidades haviam sido fechadas.
O balanço foi feito com base nos dados enviados até as 18h15 pelos 143 sindicatos que integram o Comando."Os bancários estão cada vez mais indignados com o silêncio da Fenaban. Por isso o movimento se amplia rapidamente a cada dia em todo o país", afirmou Eduardo Navarro, dirigente da CTB e vice-presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe (Feeb).
Greve
Os bancários entraram em greve pelo país por tempo indeterminado na manhã de quinta-feira (19). Em vários estados, agências já amanheceram fechadas e com faixas nas portas.
A categoria aprovou a paralisação por tempo indeterminado nas assembleias realizadas em todo o país no dia 12 de setembro. Os bancos apresentaram a única proposta no dia 5 de setembro.
A paralisação pede maior reajuste salarial, melhores condições de trabalho, aumento do piso, entre outros. Na pauta de reivindicações constam reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação), Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários mais R$ 5.553,15 e piso de R$ 2.860. Pede, ainda, fim de metas abusivas e de assédio moral que adoecem os bancários.
A Fenaban é de reajuste de 6,1% (inflação do período pelo INPC) sobre salários, pisos e todas as verbas salariais (auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche/babá etc). A proposta e de PLR de 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.633,94, limitado a R$ 8.927,61 (o que significa reajuste de 6,1% sobre os valores da PLR do ano passado), além de parcela adicional da PLR de 2% do lucro líquido dividido linearmente a todos os bancários, limitado a R$ 3.267,88.
Para os bancários é inaceitável que osbancos se neguem a negociar um índice que atendam às necessidades da categoria, diante dos lucros gigantescos que alcançaram no último período.
A Febraban diz que será mantida a mesma fórmula de participação nos lucros, com correção dos valores fixos e de tetos em 6,1%. Com isso, o piso salarial para bancários que exercem a função de caixa passará para R$ 2.182,36 para jornadas de seis horas. Entre outros benefícios, estão previstos reajuste do auxílio refeição, que sobe para R$ 22,77 por dia; a cesta alimentação passa para R$ 390,36 por mês, além da 13ª cesta no mesmo valor e auxílio-creche mensal de R$ 324,89 por filho até 6 anos.
Fonte: Portal CTB
Nenhum comentário:
Postar um comentário