Este blogue não concorda com o Golpe. RESISTÊNCIA JÁ A morte da Marisa, não é diferente da morte dos milhares no Iraque, invadido, na Líbia destroçada, entre outros, as mãos são as mesmas, acrescentadas dos traidores locais.
sábado, 26 de outubro de 2013
State Grid planeja investir US$ 10 bi no Brasil 26/10/2013
Terceira maior companhia da China e maior elétrica do mundo, a State Grid tem planos ambiciosos para crescer no Brasil. Em entrevista exclusiva ao ''Broadcast'', serviço em tempo real da ''Agência Estado'', o presidente da estatal chinesa no Brasil, Cai Hongxian, revelou a meta de investir US$ 10 bilhões no setor elétrico brasileiro até 2015. "É uma meta agressiva", reconheceu. Além de consolidar sua base de ativos no segmento de transmissão, a estratégia inclui crescer em geração e distribuição de energia, com aquisição de ativos e desenvolvimento de novos empreendimentos.Os chineses não estão dispostos, no entanto, a fazer qualquer tipo de negócio no Brasil. Segundo Hongxian, as oportunidades de investimento identificadas aqui são levadas para apreciação da diretoria na China e competem com projetos ao redor do mundo. "Não somos malucos e nem investimos sem nos preocupar com o retorno dos projetos", afirmou o executivo, negando a influência do governo chinês na estratégia no Brasil.A expansão no Brasil integra um plano maior, de crescimento internacional. Até agora, a chinesa investiu em torno de US$ 16 bilhões em ativos no exterior, adquirindo participações em empresas de países como Portugal e Austrália. Na China, a companhia fornece energia para 1,1 bilhão de pessoas e teve faturamento de US$ 307,9 bilhões em 2012.Hoje, o Brasil é a maior operação internacional da empresa, com receita de R$ 632 milhões e ativos avaliados em R$ 6,88 bilhões ao final de 2012. A State Grid detém 12 concessões de transmissão e está presente em outras quatro, com 51% de participação. A companhia surpreendeu especialistas logo que entrou no País, comprando sete linhas de transmissão da espanhola Plena Transmissora, no fim de 2010. Hoje, administra uma rede de 6,7 mil quilômetros e está construindo mais 3,9 mil km arrematados em leilões.Para crescer no Brasil, a companhia considera tanto adquirir ativos em operação como disputar leilões de geração e transmissão. Em geração, Hongxian revelou o interesse em investir em projetos hidrelétricos e eólicos. "Não queremos empreendimentos de pequeno porte", disse. Nesse contexto, a companhia tem planos de disputar as concessões das hidrelétricas São Manoel e Itaocara, que o governo pretende licitar no leilão de energia nova marcado para dezembro.A State Grid também já está preparada para disputar o leilão da transmissão de Belo Monte (PA). "São projetos como esse que nos fazem estar aqui", disse. O governo federal ainda não definiu uma data, mas planeja licitar o primeiro tronco do sistema de transmissão de Belo Monte ainda no início de 2014. Segundo Hongxian, a State Grid tem experiência na transferência de grandes blocos de energia entre regiões distantes.A companhia é líder mundial em linhas de transmissão em ultratensão em longas distâncias e desenvolve projetos com essa tecnologia há mais de cinco anos, o que a credencia para a disputa da transmissão de Belo Monte. Na China, os principais negócios da companhia são justamente os setores de transmissão e distribuição de energia elétrica.A expectativa do mercado é de que o próximo grande negócio no setor de distribuição no Brasil seja uma possível venda das distribuidoras federalizadas sob a gestão da Eletrobrás. Hongxian sinalizou o interesse da State Grid pelos ativos, mas ponderou que se trata de uma oportunidade de investimento complexa. "Essa é uma decisão muito difícil. Se para a Eletrobras já é difícil gerenciar esses ativos, diria que seria muito difícil para uma companhia chinesa lidar com isso."Embora tenha capacidade financeira para tocar projetos sozinha, a State Grid planeja firmar parcerias com empresas brasileiras. Nos leilões de transmissão que venceu, a companhia teve como parceiras Copel e Furnas. Essa aproximação tem como objetivo compartilhar tecnologias e facilitar a resolução de questões locais, como licenciamento ambiental. Nem a morosidade do processo decisório das estatais no País diminuiu o apetite da empresa. "Somos uma estatal na China e sabemos como isso funciona", brincou.
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