Jornal comandado por Francisco Mesquita Neto entregou um mandato ao banco Itaú-BBA, de Roberto Setubal, para encontrar um encontrar alguém disposto a comprá-lo; foi oferecido ao Globo, de João Roberto Marinho, que rejeitou a oferta; no passado, Otávio Frias Filho, da Folha, cogitou adquirir o Estadão para fechá-lo e deixar de dividir o mercado anunciante de São Paulo; hoje está convencido de que pode "roubar" seus leitores com uma guinada editorial à direita
10 DE NOVEMBRO DE 2013 ÀS 10:42
247 - A exata medida da crise da imprensa brasileira está colocada numa nota publicada neste fim de semana na coluna Radar. Trata da possível venda do jornal Estado de S. Paulo. Diz o texto:
IMPRENSA
Marca de peso
O Itaú BBA tem em mãos um mandato para vender O Estado de S. Paulo. As Organizações Globo foram sondadas. Não se interessaram.
Mais do que estar sendo vendido, o jornal centenário, hoje comandado por Francisco Mesquita Neto, passa o vexame de não atrair interessados. Reflexo do que ocorre na mídia no inteiro. Recentemente, o Boston Globe, que havia sido adquirido pelo The New York Times por mais de US$ 1 bilhão, foi vendido por apenas US$ 70 milhões – o que significa que, a cada dia, jornais impressos perdem valor.
Pode ser que o Itaú encontre um comprador para o Estadão, mas a missão não é simples. Dois anos atrás, outro banco, o BTG Pactual, de André Esteves, também tentou costurar uma saída para o grupo, altamente endividado e já na quinta geração familiar.
A ideia de Esteves era oferecer o Estadão à Folha de S. Paulo, de Otávio Frias Filho, para que o jornal dos Mesquita fosse fechado – assim, o mercado anunciante de São Paulo não seria mais dividido entre dois grandes veículos de comunicação. No entanto, a operação também não avançou.
Hoje, em vez de comprar o Estadão, a Folha parece disposta a "roubar" os seus leitores. É isso o que explica a recente guinada conservadora do jornal, que contratou colunistas como Demétrio Magnoli e Reinaldo Azevedo. Pesquisas internas do grupo Folha apontam um dado desesperador para o grupo: praticamente não existem leitores de jornais com menos de trinta anos, uma vez que os jovens se informam pela internet e pelas redes sociais. Diante da constatação de que não haverá leitores para jornais impressos no futuro, o que a Folha tem buscado é, simplesmente, competir pelos já existentes e que, hoje, assinam ou compram o Estadão.
247 - A exata medida da crise da imprensa brasileira está colocada numa nota publicada neste fim de semana na coluna Radar. Trata da possível venda do jornal Estado de S. Paulo. Diz o texto:
IMPRENSA
Marca de peso
O Itaú BBA tem em mãos um mandato para vender O Estado de S. Paulo. As Organizações Globo foram sondadas. Não se interessaram.
Mais do que estar sendo vendido, o jornal centenário, hoje comandado por Francisco Mesquita Neto, passa o vexame de não atrair interessados. Reflexo do que ocorre na mídia no inteiro. Recentemente, o Boston Globe, que havia sido adquirido pelo The New York Times por mais de US$ 1 bilhão, foi vendido por apenas US$ 70 milhões – o que significa que, a cada dia, jornais impressos perdem valor.
Pode ser que o Itaú encontre um comprador para o Estadão, mas a missão não é simples. Dois anos atrás, outro banco, o BTG Pactual, de André Esteves, também tentou costurar uma saída para o grupo, altamente endividado e já na quinta geração familiar.
A ideia de Esteves era oferecer o Estadão à Folha de S. Paulo, de Otávio Frias Filho, para que o jornal dos Mesquita fosse fechado – assim, o mercado anunciante de São Paulo não seria mais dividido entre dois grandes veículos de comunicação. No entanto, a operação também não avançou.
Hoje, em vez de comprar o Estadão, a Folha parece disposta a "roubar" os seus leitores. É isso o que explica a recente guinada conservadora do jornal, que contratou colunistas como Demétrio Magnoli e Reinaldo Azevedo. Pesquisas internas do grupo Folha apontam um dado desesperador para o grupo: praticamente não existem leitores de jornais com menos de trinta anos, uma vez que os jovens se informam pela internet e pelas redes sociais. Diante da constatação de que não haverá leitores para jornais impressos no futuro, o que a Folha tem buscado é, simplesmente, competir pelos já existentes e que, hoje, assinam ou compram o Estadão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário