Fernando Haddad anuncia envio à Câmara Municipal de projeto para a criação da carreira de auditor da Prefeitura de São Paulo; intenção é contratar uma centena nos primeiros concursos; polícia descobre que cofre apreendido no "ninho", como era chamado o escritório da quadrilha de fiscais do ISS, continha R$ 88 mil em dinheiro; irmão de Rodrigo Garcia, secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, será investigado por Ministério Público; Marco Aurélio Garcia é visto como responsável pela logística do grupo; pelo 247, prefeito avisa: ofensiva contra corrupção não tem retorno
21 DE NOVEMBRO DE 2013 ÀS 19:35
247 – O prefeito Fernando Haddad está pisando forte no acelerador de sua máquina anti-corrupção. Ele anuciou nesta quinta-feira 21 o envio à Câmara Municipal de um projeto de lei que cria a carreira do auditor municipal. De imediato, assim que a legislação passar, Haddad pretende abrir concurso para contratar 100 auditores.
"Se com quatro já se fez todas essas descobertas, calcule-se com 104", disse ao 247 um secretário próximo ao prefeito, em referência às prisões em torno da máfia dos fiscais do ISS, que pode ter desviado mais de R$ 500 milhões dos cofres municipais, feitas pela atual estrutura da Controladoria Geral do Município. "A luta contra a corrupção iniciada pelo prefeito não tem retorno".
Nesta quinta-feira 21, o Ministério Público anunciou que o empresário Marco Aurélio Garcia, irmão do atual secretário de Desenvolvimento Econômico do governo Geraldo Alckmin, Rodrigo Garcia, também será investigado por possíveis ligações com os fiscais presos. Marco Aurélio é apontado como responsável pela logística do grupo, uma vez que provou-se ser ele o responsável pela locação do chamado "ninho", o escritório próximo à sede do poder municipal no qual os fiscais se reuniam.
No escritório, o MP informou ter descoberto R$ 88 mil em cédulas guardados dentro de um cofre que pode ser aberto agora.
A quantia estava em maços de R$ 50 e R$ 100 presa em elásticos. De acordo com o promotor que investiga o caso, Roberto Bodini, o cofre foi apreendido junto com outros documentos no dia em que a operação foi deflagrada, em 30 de outubro. O lacre foi aberto nesta quinta. A quantia foi apreendida. O Ministério Público vai pedir a destinação da quantia a uma instituição de caridade. Os advogados de Garcia e de Ronilson Bezerra, apontado como chefe da quadrilha, disseram que a quantia não pertencia a eles, segundo Bodini..
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