O anúncio feito pela Petrobras, no início da noite, de que descobriu petróleo pela primeira vez em águas profundas na Bacia do Rio Grande do Norte (que abrange também o lado leste do litoral cearense), embora tenha sido vago e impreciso sobre o potencial encontrado levanta enormes expectativas.
A Bacia Potiguar, como é conhecida, corresponde, no litoral africano – de onde se separou há 200 milhões de anos, à plataforma continental da Nigéria, onde foram descobertos, a partir do ano 2000, grandes acumulações de petróleo leve e com baixo teor de enxofre.
Como boa parte das jazidas de grande profundidade (esta se situa a cerca de 4 km abaixo do nível do mar) se formaram exatamente no processo de separação dos continentes, ao longo da “rachadura” a partir dos quais os continentes se separaram, muitos acreditam que haverá grande correspondência entre os resultados da prospecção petrolífera aqui e o que é encontrado no litoral africano.
O campo de Pitu, como é conhecida a área da descoberta, é um dos quatro que estão sendo prospectados nos blocos 16 e 17 da Bacia Potiguar, explorados por um consórcio formado pela Petrobras, a inglesa BP e a portuguesa Petrogal. Os outros são Ararazul, Cajá e Papagaio.
O petróleo no Rio Grande do Norte, até agora, só era explorado em quantidades modestas, apenas em terra e em águas rasas, com campos maduros, com produção já declinante.
A nova descoberta, no mínimo, deve ser capaz de fazer a estrutura petroleira potiguar seguir funcionando.
E, no máximo…ainda é cedo para dizer de lá o que se diz de Sergipe: uma nova grande província petrolífera.
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