Desarmados e dispostos apenas a dar um "rolezinho" no shopping Itaquera, na zona leste de São Paulo, adolescentes da periferia foram tratados como bandidos pela Polícia Militar de São Paulo; quem filmou foi forçado a apagar registros da brutalidade policial; imprensa foi orientada a não registrar o ocorrido; confirma-se a tese do 247: veto a "rolezinhos" consagra o apartheid brasileiro; lei proíbe recusar acesso a estabelecimento comercial de qualquer cliente ou comprador
13 DE JANEIRO DE 2014 ÀS 05:54
SP 247 - A jornalista Vanessa Barbara, colunista do jornal Folha de S. Paulo, acompanhou o "rolezinho" promovido por jovens da periferia de São Paulo no shopping Itaquera, na zona leste da cidade, e fez um importante relato do ocorrido (leia aqui).
Embora não estivessem armados e não houvesse qualquer indício de violência na ação dos jovens, eles foram tratados como bandidos pela Polícia Militar de São Paulo. "Vou arrebentar você", dizia um PM aos menores, que, abordado pela jornalista, escondeu sua identificação.
Quem estava por perto foi impedido de registrar o ocorrido com seus celulares. A imprensa foi também orientada a não filmar nada. Ainda assim, um filme dentro do shopping captou a cena de jovens sendo agredidos por policiais com cassetetes (confira aqui).
A ação da polícia diante dos jovens confirma a tese apontada por 247 neste domingo: o veto aos rolezinhos consagra o apartheid brasileiro (leia mais).
Registre-se ainda que, em janeiro de 1989, no governo do ex-presidente José Sarney, foi promulgada a Lei 7.716, que define os crimes de preconceito de raça ou de cor. O artigo quinto é claro e define como crime "recusar ou impedir acesso a estabelecimento comercial, negando-se a servir, atender ou receber cliente ou comprador". As penas de reclusão variam de um a três anos.
Alguns shoppings, como o JK Iguatemi, contam com liminares judiciais para impedir o acesso de menores desacompanhados em suas dependências – especialmente se forem pretos ou pardos.
SP 247 - A jornalista Vanessa Barbara, colunista do jornal Folha de S. Paulo, acompanhou o "rolezinho" promovido por jovens da periferia de São Paulo no shopping Itaquera, na zona leste da cidade, e fez um importante relato do ocorrido (leia aqui).
Embora não estivessem armados e não houvesse qualquer indício de violência na ação dos jovens, eles foram tratados como bandidos pela Polícia Militar de São Paulo. "Vou arrebentar você", dizia um PM aos menores, que, abordado pela jornalista, escondeu sua identificação.
Quem estava por perto foi impedido de registrar o ocorrido com seus celulares. A imprensa foi também orientada a não filmar nada. Ainda assim, um filme dentro do shopping captou a cena de jovens sendo agredidos por policiais com cassetetes (confira aqui).
A ação da polícia diante dos jovens confirma a tese apontada por 247 neste domingo: o veto aos rolezinhos consagra o apartheid brasileiro (leia mais).
Registre-se ainda que, em janeiro de 1989, no governo do ex-presidente José Sarney, foi promulgada a Lei 7.716, que define os crimes de preconceito de raça ou de cor. O artigo quinto é claro e define como crime "recusar ou impedir acesso a estabelecimento comercial, negando-se a servir, atender ou receber cliente ou comprador". As penas de reclusão variam de um a três anos.
Alguns shoppings, como o JK Iguatemi, contam com liminares judiciais para impedir o acesso de menores desacompanhados em suas dependências – especialmente se forem pretos ou pardos.
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