Despesas com Pasadena: respostas ao Globo
Veja as versões online das reportagens "Despesas da Petrobras com Pasadena já chegam a US$ 1,93 bilhão" e "Petrobras admite que refinaria precisou de melhorias", publicadas nesta segunda-feira (28/04) no Globo, e leia as respostas enviadas ao jornal:
Pergunta 1: A Petrobras gastou US$ 650 milhões com a refinaria de Pasadena até novembro de 2008, incluída a aquisição dos primeiros 50%; mais US$ 820,5 milhões pela segunda parte do empreendimento; e disse que "em qualquer cenário de continuidade da refinaria" seriam necessários US$ 275 milhões em investimento em sustentabilidade, conforme apresentação da Petrobras América de abril de 2009. Isso totaliza um gasto de US$ 1,74 bilhão com a refinaria. A Petrobras aponta outros gastos com a refinaria no período? Ou os gastos se encerram neste US$ 1,74 bilhão?
Resposta: Além dos pagamentos feitos à Astra de US$ 1.249 milhões na aquisição de Pasadena (US$ 554 milhões relativos à PRSI-Refinaria, US$ 341 milhões relativos à PRST-Trading e demais gastos que somaram US$ 354 milhões), desde a aquisição em setembro de 2006 (closing) até 2013 foram investidos outros US$ 685 milhões em melhorias operacionais, manutenção, paradas programadas e SMS (segurança, saúde e meio-ambiente).
Pergunta 2: Outro documento mostra um Valor Presente Líquido (VPL) da refinaria de US$ 352 milhões, ante um valor contábil de livro do empreendimento de US$ 573 milhões – uma perda por impairment, portanto, de US$ 221 milhões. Os dados são de abril de 2013. Qual a explicação da Petrobras para um valor tão baixo da refinaria, pouco mais de um quarto do valor total pago pelo empreendimento? O próprio valor contábil é menos da metade dos US$ 1,25 bilhão pagos. Além disso, por que esse valor de impairment do documento -- US$ 221 milhões – diverge do valor apontado por Graça Foster no Congresso, de US$ 500 milhões?
Resposta: O lançamento a resultado de perdas de determinado ativo ("impairment") ocorre quando a projeção do fluxo de caixa futuro gerado por aquele ativo (receitas menos custos) é menor do que os investimentos realizados até o momento (valor de livro).
No caso da refinaria de Pasadena, considera-se o fluxo de caixa dos próximos 25 anos e essa avaliação é realizada anualmente. Considerando que o mercado de refino é cíclico e que existem fatores conjunturais, como a recente disponibilidade de tight oil com margens competitivas, em testes de impairment futuros pode haver reversão parcial ou integral de perdas já lançadas no balanço, desde que seja demonstrada melhora na projeção dos resultados.
Desde a aquisição pela Petrobras em 2006, houve baixas de valor do ativo refinaria de Pasadena (impairment) que totalizaram US$ 530 milhões, sendo US$ 160 milhões em 2008, US$ 147 milhões em 2009 e US$ 223 milhões em 2012.
Pergunta 3: Qual a data exata em que essa redução de valor do ativo foi reconhecida nos resultados da Petrobras?
Resposta: Já respondido no item anterior.
Pergunta 1: A Petrobras gastou US$ 650 milhões com a refinaria de Pasadena até novembro de 2008, incluída a aquisição dos primeiros 50%; mais US$ 820,5 milhões pela segunda parte do empreendimento; e disse que "em qualquer cenário de continuidade da refinaria" seriam necessários US$ 275 milhões em investimento em sustentabilidade, conforme apresentação da Petrobras América de abril de 2009. Isso totaliza um gasto de US$ 1,74 bilhão com a refinaria. A Petrobras aponta outros gastos com a refinaria no período? Ou os gastos se encerram neste US$ 1,74 bilhão?
Resposta: Além dos pagamentos feitos à Astra de US$ 1.249 milhões na aquisição de Pasadena (US$ 554 milhões relativos à PRSI-Refinaria, US$ 341 milhões relativos à PRST-Trading e demais gastos que somaram US$ 354 milhões), desde a aquisição em setembro de 2006 (closing) até 2013 foram investidos outros US$ 685 milhões em melhorias operacionais, manutenção, paradas programadas e SMS (segurança, saúde e meio-ambiente).
Pergunta 2: Outro documento mostra um Valor Presente Líquido (VPL) da refinaria de US$ 352 milhões, ante um valor contábil de livro do empreendimento de US$ 573 milhões – uma perda por impairment, portanto, de US$ 221 milhões. Os dados são de abril de 2013. Qual a explicação da Petrobras para um valor tão baixo da refinaria, pouco mais de um quarto do valor total pago pelo empreendimento? O próprio valor contábil é menos da metade dos US$ 1,25 bilhão pagos. Além disso, por que esse valor de impairment do documento -- US$ 221 milhões – diverge do valor apontado por Graça Foster no Congresso, de US$ 500 milhões?
Resposta: O lançamento a resultado de perdas de determinado ativo ("impairment") ocorre quando a projeção do fluxo de caixa futuro gerado por aquele ativo (receitas menos custos) é menor do que os investimentos realizados até o momento (valor de livro).
No caso da refinaria de Pasadena, considera-se o fluxo de caixa dos próximos 25 anos e essa avaliação é realizada anualmente. Considerando que o mercado de refino é cíclico e que existem fatores conjunturais, como a recente disponibilidade de tight oil com margens competitivas, em testes de impairment futuros pode haver reversão parcial ou integral de perdas já lançadas no balanço, desde que seja demonstrada melhora na projeção dos resultados.
Desde a aquisição pela Petrobras em 2006, houve baixas de valor do ativo refinaria de Pasadena (impairment) que totalizaram US$ 530 milhões, sendo US$ 160 milhões em 2008, US$ 147 milhões em 2009 e US$ 223 milhões em 2012.
Pergunta 3: Qual a data exata em que essa redução de valor do ativo foi reconhecida nos resultados da Petrobras?
Resposta: Já respondido no item anterior.
http://www.petrobras.com.br/fatos-e-dados/despesas-com-pasadena-respostas-ao-globo.htm
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