Autor: Fernando Brito
Com nenhum destaque na mídia, depois de um clima de denúncias que ameaçou jogar fora a criança junto com a água do banho, a Refinaria do Nordeste da Petrobras, conhecida como Abreu e Lima, recebeu hoje a licença ambiental necessária para operar parcialmente, com 40% de sua capacidade de produção de derivados de petróleo, 70% dos quais serão óleo diesel para a frota de caminhões e ônibus e para instalações industriais do país.
Como toda instalação complexa, o funcionamento será, de início, parcial e interrompido para ajustes, mas ainda logo atingirá a plenitude do primeiro conjunto de refino – “trem”, na linguagem petroleira – dos dois que comporão sua capacidade final. O segundo deve operar em meados de 2015.
O Brasil, hoje, tem de importar anualmente pouco mais de 10 bilhões de litros de óleo diesel.
Nos próximos meses, esta primeira fase da Abreu e Lima, junto ao porto de Suape, em Pernambuco, vai suprir cerca de 20% destas necessidades.
O que tiver de ser apurado sobre irregularidades na obra, que seja trazido às claras.
Mas nada pode apagar a importância desta conquista, por há exatos 30 anos o Brasil não constrói uma grande refinaria de petróleo. A última, a Revap, teve suas obras iniciadas num longínquo 1974, tendo sido concluída seis anos depois.
Neste período, apenas uma pequena planta de refino, basicamente local, no Rio Grande do Norte, foi construída e inagurada.
E por Lula, que iniciou a grande refinaria que agora começa a operar.
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