O Estado de São Paulo “varreu” os milhares de alunos “evadidos” de seu sistema.
O Conversa Afiada reproduz comentário que recebeu da professora Fátima Mayumi Ioneda Hatano:
Guarulhos, 14 de abril de 2015.
Prezado Paulo Henrique Amorim,
Sou professora efetiva da Rede Estadual de Ensino de São Paulo, da Diretoria de Guarulhos Sul. Como leitora assídua do DCM, CAF e de seus artigos, gostaria de sua atenção, para divulgar a violência sofrida pelos professores, fora do âmbito da criminalidade. Uma violência que, infelizmente, nem os próprios docentes percebem serem vítimas. Educação pública virou mercadoria de baixo valor, consequentemente, seus operários não precisam ser ouvidos ou bem remunerados, nem mesmo precisam de condições econômicas de profissionais de mesmo nível de formação. É constrangedor incentivar nossos alunos a estudar, dada essa situação.
Estou em greve, juntamente com milhares de professores da Rede Estadual de SP (efetivos, categorias A, B, Z), desde o dia 13/03/2015. No entanto, Geraldo Alckmin já escreveu o fim do que considera uma “novela”: o vilão sempre vence e sua imagem pública de bom gestor, fica ilesa no final.
Até a data de hoje, o Governador menospreza a greve, divulga incansavelmente meias verdades com pitadas de mentiras, repetidamente veiculadas pelos meios de comunicação que a escondem. Nem mesmo quando uma Avenida 23 de Maio é percorrida e bloqueada em sua extensão, por professores em plena quinta-feira, em véspera de feriado, no dia 02/04/15 por quase quatro horas do horário de pico na cidade!
Na última sexta-feira (10/04/15), ficamos por cerca de uma hora em frente ao Palácio dos Bandeirantes e, de lá, caminhamos até a Ponte Estaiada, com parada em frente à sede da Rede Globo. Um movimento que teve início às 14 horas e somente terminou por volta das 21! Mais uma vez, apenas uma nota de rodapé nos telejornais.
A divergência sobre a quantidade de manifestantes (eu que sempre estou entre eles, posso garantir que são milhares), certamente é cômica: “haja margem de erro”. Muitos ou poucos, não é a questão, o problema é o contrassenso. A quantidade de manifestantes contra o PT e o Governo Dilma não chega a 1% da população do país, no entanto, mereceu 24 horas de cobertura de toda a mídia no dia 15 de março e o fato de ter sido menor no último dia 12/04, continuou e continua a ter destaque e importância supervalorizada, além das pesquisas de opinião. Ah…As pesquisas de opinião… Será que o Governo Estadual aceitaria uma pesquisa de opinião entre todos os servidores? Poderia ser apenas entre professores, para não ser tão humilhante. Seria um bom desafio.
Na greve de 2010, alegavam que apenas 1% estava em greve. Hoje, para não admitirem 9%, afirmam que 91% dos docentes estão trabalhando “normalmente”. Essa normalidade consiste em escolas funcionando parcialmente, com alunos nos pátios, nas quadras, inspetores tomando conta de turmas, salas de várias turmas assistindo a filmes, professores eventuais se sujeitando a cobrir aulas de professores efetivos, além do assédio moral das Diretorias sobre Gestores das Unidades Escolares. E a imprensa? Visita escolas que estão “funcionando”, nunca as que estão 100% paralisadas.
O Governo sabe da dificuldade em articular, manter e estender uma greve por uma categoria que mal tem condições de fazer um fundo de greve, muito menos ficar sem salário. A divisão entre efetivos, contratados, temporários, estáveis e demais sopa de letras dificultam a união desses profissionais. Se algo não mudar isso sempre será uma novela com final feliz para o tão eficiente Governo tucano que sucateou as escolas públicas estaduais. Sem mencionar os reajustes no início de 2015 para dirigentes, gestores e demais “capitães do mato” espalhados por toda a rede. São “professores” afastados , fora do combate diário com alunos, exercendo cargos de confiança sob a ameaça permanente de serem “cessados”. Um capítulo à parte que também merece discussão.
Voltando aos fatos. O Governo de São Paulo não cumpre a jornada do piso ( Lei Federal 11738/2008,Art 2º § 4º, ardilosamente manipulada pela Resolução SE 8 de 19-01-2012 D.O.20/01/12 Executivo I ).
Todos os trabalhadores, possuem data-base para discussão de reajuste salarial, o professor, tem reajuste somente a gosto do governador. Apesar de março ser o mês de dissídio da categoria.
No Governo Serra, ficamos 4 anos sem reajuste salarial. No final do mandato, conquistamos uma composição em parcelas anuais: gratificações incorporadas ao salário base e reajuste parcial das perdas que sofremos nos últimos anos, que ficaram longe de recompor nossas perdas e não foram os 45% divulgados, já que mais de 15% desse valor, já recebíamos “por fora”. Com a Lei 1107/2010, houve um reajuste que absorveu toda essa Gratificação por Atividade de Magistério – GAM, que, de acordo com a Lei Complementar nº 977, de 06 de outubro de 2005, correspondia aos 15% da remuneração do profissional do Magistério e de acordo com o calendário aprovado, foi feito em 3 etapas anuais (2010/11/12), sendo que, a cada ano, até Julho de 2014, ou seja, em 4 anos houve uma diluição dos verdadeiros percentuais de reajuste que totalizaram cerca de 27%. Agora fica muito clara a perda do poder de compra após 8 anos. Não cobre a inflação acumulada, muito menos enaltece o discurso de que o Estado de São Paulo paga 26% acima do piso, percentual que chegava a 60% quando a Lei 11738 foi sancionada em 2008. Desde então, assistimos a perdas de condições de trabalho, perdas de direitos trabalhistas, perda da dignidade e do orgulho da profissão. Estamos adoecendo…
Estamos em greve pelo reajuste do ano corrente (já informado que será de 0%) e pela mudança dessa política de bonificações extremamente injusta (castigo para quem não atinge “metas” e esmola para quem supostamente as atinge, já que o critério não serve de parâmetro para considerar nem o mérito coletivo, nem individual das escolas). Além de ser escandalosamente desproporcional para cada profissional do quadro. O Governo alega que há provas anuais (LC 1143/11) para aumentar o salário por “mérito”, prova que é realizada anualmente, mas permitida a cada docente, com interstícios de 4, 5 e até 6 anos com uma série de restrições impeditivas que nem sempre dependem da vontade do servidor, como estar alocado em uma mesma unidade por mais de 3 anos ou estar em efetivo exercício em data-base. Isso não depende da vontade de um professor contratado, pois ele é obrigado a dar aulas onde há aulas a serem atribuídas. Com o fechamento de salas, até professores efetivos terão esse problema.
A prova consiste em obter uma média entre prova objetiva e prova dissertativa, porém, os critérios de correção das provas dissertativas não são transparentes e expostas. Em 2014, os recursos não foram respondidos, foram simplesmente “indeferidos por serem improcedentes”. Professores muito bem avaliados nas faixas iniciais não “souberam escrever” em 2014, não mereceram a promoção. Isso, no mínimo, é questionável. Há inúmeros casos de médias da faixa III para a faixa IV não atingidas por décimos (A média precisa ser de 7 inteiros para faixa IV a maior desde a implantação. O arquivo com as notas de todos os candidatos foi disponibilizada no site da Vunesp e baixada por vários candidatos, antes de, misteriosamente, ter ficado indisponível por alguns dias.
Para concluir, o Estado “varreu” os milhares de alunos “evadidos” de seu sistema, o que possibilitou o fechamento de salas em todas as escolas da Rede. Pergunta: onde estão esses alunos? Morreram? Evaporaram? Vamos fingir que não existem? Ou simplesmente esperar que comecem a aparecer nas listas dos presos ou “apreendidos”? Ninguém é responsável por esses menores? Isso é muito grave.
Se realmente queremos uma sociedade de pessoas que tenham condições de escolher como desejam viver, precisamos nos preocupar com a qualidade da formação de nossos jovens e futuro professores. Um professor precisa de boa formação, tempo para estudar, vivenciar, ter acesso à cultura e aos avanços tecnológicos. Para quem trabalha os três períodos, muitas vezes em mais de uma Unidade e com as condições atuais, nem que seja vocacionado para a caridade. Faltam-lhe saúde e forças para não arrefecer e sucumbir aos males desse círculo perverso.
No desejo de ser ouvida, subscrevo-me.
Atenciosamente,
Professora Fátima Mayumi Ioneda Hatano http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2015/04/14/o-desabafo-de-uma-professora-da-sp-tucana%E2%80%8B/
Este blogue não concorda com o Golpe. RESISTÊNCIA JÁ A morte da Marisa, não é diferente da morte dos milhares no Iraque, invadido, na Líbia destroçada, entre outros, as mãos são as mesmas, acrescentadas dos traidores locais.
DIÁRIO DO OCUPA BRASIL link
terça-feira, 14 de abril de 2015
quinta-feira, 9 de abril de 2015
PROFESSORES EM GREVE BLOQUEIAM RODOVIA ANCHIETA 09/04/2015
Em greve há 27 dias, professores paulistas querem que o governador Geraldo Alckmin negocie as reivindicações da categoria; o ato, que teve início na Praça Brasil, na Avenida Brigadeiro Faria Lima, reúne 400 pessoas, de acordo com o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp)
9 DE ABRIL DE 2015 ÀS 18:08
Por Camila Maciel – Repórter da Agência Brasil
Professores paulistas, em greve há 27 dias, bloqueiam neste momento a Rodovia Anchieta, em São Bernardo do Campo. Eles querem que o governador Geraldo Alckmin negocie as reivindicações da categoria. O ato, que teve início na Praça Brasil, na Avenida Brigadeiro Faria Lima, reúne 400 pessoas, de acordo com o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp). Por volta das 16h30, os professoram se deslocaram para a rodovia, bloqueando toda a pista no sentido capital. A Polícia Militar (PM) que o ato reúne cerca de 100 manifestantes.
Além da Anchieta, a Apeoesp bloqueia outras rodovias do estado. A ação foi aprovada em assembleia há uma semana. "Trata-se não só da intensificação [das mobilizações], mas para que o governo reconheça o nosso movimento. Mesmo colocando 60 mil pessoas na rua, eles dizem que não tem greve", disse Vera Lucia Zirnberger, diretora da Apeoesp. Ela aponta que a categoria ainda não foi chamada a negociar. "Não existe nenhum posicionamento do governo. Diante disso, temos que tomar atitudes mais radicais para ver se eles reconhecem esta greve".
Entre outras reivindicações, os professores pedem, por exemplo, aumento de 75,33% para equiparação salarial com as demais categorias de nível superior no estado e que o bônus concedido com base no rendimento dos profissionais seja convertido em reajuste salarial. "Além da valorização profissional, nós queremos a qualidade do ensino público, por isso tem também a questão da parte estrutural e de serviços da educação", destacou Vera Lucia. Os professores também cobram a reabertura de salas fechadas e que haja um máximo de 25 alunos por turma.
Valderez Coimbra, de 55 anos, é professora em uma escola de Ribeirão Pires e diz que aderiu à greve pelas condições ruins de trabalho. "Falta estrutura. Por exemplo, as salas multimídias não são bem equipadas. Não é só na minha escola, é geral". Ela reclamou também da desvalorização dos professores. "Se nós não tomarmos atitudes agora, é praticamente decretar o fim da carreira. Nosso salário está defasado. É fundamental essa mobilização para mostrar para a população que não é uma luta só nossa, mas da sociedade toda".
A Agência Brasil procurou a Secretaria Estadual de Educação, mas não houve retorno até a publicação da reportagem.
http://www.brasil247.com/pt/247/sp247/176567/Professores-em-greve-bloqueiam-Rodovia-Anchieta.htm
domingo, 5 de abril de 2015
Brasileiros com contas no HSBC da Suíça utilizaram empresas em paraísos fiscais 05/04/2015
De O Globo
Companhias ficam em paraísos fiscais, como Panamá e Ilhas Virgens Britânicas, no Caribe
POR CHICO OTAVIO / CRISTINA TARDÁGUILA / RUBEN BERTA
Brasileiros que tinham depósitos milionários no HSBC da Suíça, em 2006/2007, usaram empresas conhecidas como offshores (expressão semelhante a “em alto mar”) para movimentar os seus recursos. Essas companhias ficam em paraísos fiscais, como Panamá e Ilhas Virgens Britânicas, no Caribe. São usadas principalmente por quem quer pagar menos impostos, e, desde que o envio e retorno dos valores ao país de origem seja declarado, não caracterizam ilegalidade. As offshores, porém, podem servir a propósitos ilícitos, como ajudar a camuflar dinheiro sem origem comprovada.
Levantamento feito pelo GLOBO, em parceria com o UOL, revela que havia 14 depósitos acima dos US$ 50 milhões nas planilhas vazadas pelo ex-funcionário do HSBC Hervé Falciani. Eles chegaram a um saldo de US$ 2 bilhões, mais de um quarto dos US$ 7 bilhões que brasileiros possuíam na filial suíça do banco. Para movimentar esses recursos — que devem ser um dos principais alvos de investigação da Receita Federal —, foram usadas 68 offshores.
A discrição é uma das principais características desse tipo de empresa. Na internet, é praticamente impossível localizar qualquer rastro consistente de informação. Nas planilhas do HSBC, as offshores se caracterizam por nomes curiosos como Spring Moonlight, Blue Green Pine, Demopolis e Coast to Coast.
As offshores servem, por exemplo, para que empresários protejam seu patrimônio pessoal de turbulências financeiras em seus países. Também dão aos investidores o benefício de pagar impostos mais baixos quando obtém lucros. A vantagem, porém, se dilui quando os recursos são devidamente declarados ao Fisco do país de origem, que cobra sobre os ganhos, não importando onde foram obtidos.(Com reportagem de Fernando Rodrigues e Bruno Lupion, do UOL; colaborou Thiago Herdy)
Steinbruch no topo
No topo do ranking dos milionários, aparecem integrantes da família Steinbruch. Sete deles(Eliezer, Dorothea, Mendel, Clarice, Ricardo, Benjamim e Elizabeth) chegaram a ter, ao todo, um saldo de US$ 543,8 milhões ao longo de 2006/2007, a maior parte em contas compartilhadas. Do empresário Jacks Rabinovitch, que foi sócio dos Steinbruch no Grupo Vicunha e na CSN, apurou-se um saldo de US$ 228 milhões em contas conjuntas com a família.
Ao todo, os Steinbruch tinham 15 empresas relacionadas às suas contas nas planilhas. Das dez que possuíam alguma referência de localização, cinco tinham o endereço principal em Tortola, nas Ilhas Virgens Britânicas.
Um caso resume o universo de offshores que gravita em torno das contas. Uma mesma pessoa, Aline Cortat, figura como responsável por pelo menos três empresas que atendiam à família: a Coast to Coast Corporation (com endereços na Suíça, em Nova York e Ilhas Virgens); a Codrington Holding, no Panamá, e a Vicunha International, que, além do Panamá, está associada a uma caixa postal no Aeroporto de Genebra.
Em segundo lugar na lista dos que tinham maiores saldos, aparece o empresário Elie Douer, com US$ 270 milhões. Parte desse valor era compartilhado com dois parentes. A ele, estavam associadas oito offshores, sendo três com nomes de fundação (Constantinopla, Darksky Foundation e Fastwind). Atualmente, ele só possui uma empresa em seu nome na Junta Comercial de São Paulo: a Safo Empreendimentos, que está registrada no mesmo endereço de sua residência, uma mansão no Morumbi. Porém, ele foi sócio de uma indústria têxtil, a Doutex.
Outro caso que chama a atenção é o do empresário de São Paulo Alberto Harari. Com saldo de US$ 113 milhões, ele tinha 24 offshores ligadas a seu nome. Ao todo, teve 64 contas, sendo que 44 continuavam abertas entre 2006 e 2007. Harari é ligado à indústria têxtil e de produtos químicos e também teve negócios com o banqueiro Edmundo Safdie.
Entre os que tinham saldo de mais de US$ 50 milhões no banco suíço, ainda aparece a família Waiswol, de indústria têxtil paranaense, e Habib Esses, da Adar Tecidos. O empresário e delegado aposentado de São Paulo Miguel Gonçalves Pacheco e Oliveira aparece com US$ 194 milhões.
Ainda há nessa lista do HSBC nomes do mercado financeiro, como Gilberto da Silva Sayão, André Santos Esteves e Eduardo Plass, ex-gestores do Banco Pactual, que dividiram contas. Renato Frischmann Bromfman, também ex-diretor do Pactual, aparece nas planilhas com US$ 140 milhões. André Roberto Jakurski, da gestora de recursos JGP, também aparece na lista das maiores fortunas .
Neste grupo de correntistas, também estavam o médico Antônio Rahme Amaro e o advogado Roberto Saul Michaan. Ainda havia os empresários de mídia Aloysio de Andrade Faria, do Grupo Alfa, e quatro membros do Grupo Edson Queiroz, da TV Verdes Mares.
Donos de contas negam irregularidades
Os brasileiros que apareciam com saldos acima de US$ 50 milhões em contas ligadas a offshores localizados pelo GLOBO, em parceria com o UOL, não quiseram comentar a relação com essas empresas, nem dar detalhes sobre sua utilidade. A assessoria de imprensa da Família Steinbruch enviou apenas uma nota em que afirma: “Todos os ativos no exterior da família Steinbruch têm finalidades licitas e estão de acordo com a lei. Quanto às menções a pessoas de sobrenome Steinbruch constantes de dados que foram roubados do Banco HSBC e manipulados, reiteramos que não correspondem à verdade e, por sua origem criminosa, não merecem comentários". Não foram enviados documentos à reportagem.
Na quinta-feira, Jacks Rabinovich, que aparece dividindo contas com os Steinbruch, foi contatado por meio de seu filho Eduardo, mas não houve retorno. O empresário Elie Douer foi procurado em sua residência (o mesmo de sua empresa, a Safo) desde a última quarta-feira, mas não retornou as ligações. Sion Elie Douer, que também aparece nas planilhas vazadas do HSBC, foi procurado, mas não houve retorno.
Na semana retrasada, o delegado aposentado e empresário Miguel Gonçalves Pacheco e Oliveira já havia sido procurado, através de seus advogados, mas não retornou aos pedidos de entrevista. Gilberto da Silva Sayão, atualmente um dos diretores da Vinci Partners, afirmou, através de sua assessoria de imprensa, que “suas declarações de bens e de renda às autoridades brasileiras e internacionais, incluindo-se Banco Central do Brasil e Receita Federal, sempre estiveram em plena conformidade com as legislações vigentes”. André Esteves, atual CEO do BTG Pactual disse, também através de sua assessoria: “Todos os meus bens estão devidamente declarados à Receita Federal e ao Banco Central”. Não foram mostrados documentos.
Alberto Harari, por meio de seu advogado, Rodrigo Dall´Acqua, enviou ao GLOBO a seguinte mensagem: “Sou administrador de empresas e empresário há 45 anos. Esclareço que já mantive recursos no banco HSBC na Suíça, devidamente declarados perante a Receita Federal e informados ao Banco Central. Os valores possuem origem absolutamente lícita e foram remetidos ao exterior sempre pelas vias legais, conforme registram os arquivos das autoridades fiscais e bancárias competentes. Tais recursos não estão relacionados, direta ou indiretamente, com nenhuma espécie de negócio com o Poder Público ou atividades políticas”. Os documentos não foram mostrados ao GLOBO.
A assessoria de Antônio Rahme Amaro enviou nota: “A família desconhece a existência das contas citadas e está à disposição das autoridades competentes para qualquer esclarecimento”. O Grupo Alfa, de Aloysio de Andrade Faria, afirmou que não tinha “nada a declarar sobre o assunto”. Lenise de Queiroz Filho, do Grupo Queiroz Filho, disse que desconhece contas na Suíça.
Renato Frischmann Bronfman e seu advogado foram procurados, mas não retornaram. Habib Esses foi procurado por meio da Adar Tecidos, empresa sob sua direção, mas não respondeu. A família de Salomão Waiswol (já falecido) foi contatada através de sua empresa, a Salotex, mas não retornou. André Jakurski foi procurado através da JGP, mas também não se manifestou.
Interesse público pauta série de reportagens
A agência de “private bank” do HSBC em Genebra, na Suíça, tinha 8.667 clientes relacionados ao Brasil nos anos de 2006 e 2007. A apuração e divulgação dos casos do SwissLeaks, feitas pelo GLOBO e pelo UOL, seguem os critérios de relevância jornalística e interesse público.
Não é crime ter conta no exterior, desde que seja declarada à Receita Federal. Até agora, entre os cerca de 200 nomes já analisados e divulgados na série, só sete mostraram documentos comprovando a legalidade de suas contas.
O grupo de correntistas com maiores saldos, foco da reportagem de hoje, será um dos principais alvos da investigação da Receita, cujo objetivo prioritário é descobrir se houve sonegação de impostos e, em caso positivo, recuperar esses valores.
Chama a atenção do Fisco e da CPI o fato de as contas do HSBC serem numeradas, isto é, seus titulares são identificados apenas por números. O uso de offshores reforça o caráter sigiloso da movimentação desses recursos.
http://jornalggn.com.br/noticia/swissleaks-offshores-no-panama-e-ilhas-virgens-britanicas-entre-as-usadas-por-brasileiros
Companhias ficam em paraísos fiscais, como Panamá e Ilhas Virgens Britânicas, no Caribe
POR CHICO OTAVIO / CRISTINA TARDÁGUILA / RUBEN BERTA
Brasileiros que tinham depósitos milionários no HSBC da Suíça, em 2006/2007, usaram empresas conhecidas como offshores (expressão semelhante a “em alto mar”) para movimentar os seus recursos. Essas companhias ficam em paraísos fiscais, como Panamá e Ilhas Virgens Britânicas, no Caribe. São usadas principalmente por quem quer pagar menos impostos, e, desde que o envio e retorno dos valores ao país de origem seja declarado, não caracterizam ilegalidade. As offshores, porém, podem servir a propósitos ilícitos, como ajudar a camuflar dinheiro sem origem comprovada.
Levantamento feito pelo GLOBO, em parceria com o UOL, revela que havia 14 depósitos acima dos US$ 50 milhões nas planilhas vazadas pelo ex-funcionário do HSBC Hervé Falciani. Eles chegaram a um saldo de US$ 2 bilhões, mais de um quarto dos US$ 7 bilhões que brasileiros possuíam na filial suíça do banco. Para movimentar esses recursos — que devem ser um dos principais alvos de investigação da Receita Federal —, foram usadas 68 offshores.
A discrição é uma das principais características desse tipo de empresa. Na internet, é praticamente impossível localizar qualquer rastro consistente de informação. Nas planilhas do HSBC, as offshores se caracterizam por nomes curiosos como Spring Moonlight, Blue Green Pine, Demopolis e Coast to Coast.
As offshores servem, por exemplo, para que empresários protejam seu patrimônio pessoal de turbulências financeiras em seus países. Também dão aos investidores o benefício de pagar impostos mais baixos quando obtém lucros. A vantagem, porém, se dilui quando os recursos são devidamente declarados ao Fisco do país de origem, que cobra sobre os ganhos, não importando onde foram obtidos.(Com reportagem de Fernando Rodrigues e Bruno Lupion, do UOL; colaborou Thiago Herdy)
Steinbruch no topo
No topo do ranking dos milionários, aparecem integrantes da família Steinbruch. Sete deles(Eliezer, Dorothea, Mendel, Clarice, Ricardo, Benjamim e Elizabeth) chegaram a ter, ao todo, um saldo de US$ 543,8 milhões ao longo de 2006/2007, a maior parte em contas compartilhadas. Do empresário Jacks Rabinovitch, que foi sócio dos Steinbruch no Grupo Vicunha e na CSN, apurou-se um saldo de US$ 228 milhões em contas conjuntas com a família.
Ao todo, os Steinbruch tinham 15 empresas relacionadas às suas contas nas planilhas. Das dez que possuíam alguma referência de localização, cinco tinham o endereço principal em Tortola, nas Ilhas Virgens Britânicas.
Um caso resume o universo de offshores que gravita em torno das contas. Uma mesma pessoa, Aline Cortat, figura como responsável por pelo menos três empresas que atendiam à família: a Coast to Coast Corporation (com endereços na Suíça, em Nova York e Ilhas Virgens); a Codrington Holding, no Panamá, e a Vicunha International, que, além do Panamá, está associada a uma caixa postal no Aeroporto de Genebra.
Em segundo lugar na lista dos que tinham maiores saldos, aparece o empresário Elie Douer, com US$ 270 milhões. Parte desse valor era compartilhado com dois parentes. A ele, estavam associadas oito offshores, sendo três com nomes de fundação (Constantinopla, Darksky Foundation e Fastwind). Atualmente, ele só possui uma empresa em seu nome na Junta Comercial de São Paulo: a Safo Empreendimentos, que está registrada no mesmo endereço de sua residência, uma mansão no Morumbi. Porém, ele foi sócio de uma indústria têxtil, a Doutex.
Outro caso que chama a atenção é o do empresário de São Paulo Alberto Harari. Com saldo de US$ 113 milhões, ele tinha 24 offshores ligadas a seu nome. Ao todo, teve 64 contas, sendo que 44 continuavam abertas entre 2006 e 2007. Harari é ligado à indústria têxtil e de produtos químicos e também teve negócios com o banqueiro Edmundo Safdie.
Entre os que tinham saldo de mais de US$ 50 milhões no banco suíço, ainda aparece a família Waiswol, de indústria têxtil paranaense, e Habib Esses, da Adar Tecidos. O empresário e delegado aposentado de São Paulo Miguel Gonçalves Pacheco e Oliveira aparece com US$ 194 milhões.
Ainda há nessa lista do HSBC nomes do mercado financeiro, como Gilberto da Silva Sayão, André Santos Esteves e Eduardo Plass, ex-gestores do Banco Pactual, que dividiram contas. Renato Frischmann Bromfman, também ex-diretor do Pactual, aparece nas planilhas com US$ 140 milhões. André Roberto Jakurski, da gestora de recursos JGP, também aparece na lista das maiores fortunas .
Neste grupo de correntistas, também estavam o médico Antônio Rahme Amaro e o advogado Roberto Saul Michaan. Ainda havia os empresários de mídia Aloysio de Andrade Faria, do Grupo Alfa, e quatro membros do Grupo Edson Queiroz, da TV Verdes Mares.
Donos de contas negam irregularidades
Os brasileiros que apareciam com saldos acima de US$ 50 milhões em contas ligadas a offshores localizados pelo GLOBO, em parceria com o UOL, não quiseram comentar a relação com essas empresas, nem dar detalhes sobre sua utilidade. A assessoria de imprensa da Família Steinbruch enviou apenas uma nota em que afirma: “Todos os ativos no exterior da família Steinbruch têm finalidades licitas e estão de acordo com a lei. Quanto às menções a pessoas de sobrenome Steinbruch constantes de dados que foram roubados do Banco HSBC e manipulados, reiteramos que não correspondem à verdade e, por sua origem criminosa, não merecem comentários". Não foram enviados documentos à reportagem.
Na quinta-feira, Jacks Rabinovich, que aparece dividindo contas com os Steinbruch, foi contatado por meio de seu filho Eduardo, mas não houve retorno. O empresário Elie Douer foi procurado em sua residência (o mesmo de sua empresa, a Safo) desde a última quarta-feira, mas não retornou as ligações. Sion Elie Douer, que também aparece nas planilhas vazadas do HSBC, foi procurado, mas não houve retorno.
Na semana retrasada, o delegado aposentado e empresário Miguel Gonçalves Pacheco e Oliveira já havia sido procurado, através de seus advogados, mas não retornou aos pedidos de entrevista. Gilberto da Silva Sayão, atualmente um dos diretores da Vinci Partners, afirmou, através de sua assessoria de imprensa, que “suas declarações de bens e de renda às autoridades brasileiras e internacionais, incluindo-se Banco Central do Brasil e Receita Federal, sempre estiveram em plena conformidade com as legislações vigentes”. André Esteves, atual CEO do BTG Pactual disse, também através de sua assessoria: “Todos os meus bens estão devidamente declarados à Receita Federal e ao Banco Central”. Não foram mostrados documentos.
Alberto Harari, por meio de seu advogado, Rodrigo Dall´Acqua, enviou ao GLOBO a seguinte mensagem: “Sou administrador de empresas e empresário há 45 anos. Esclareço que já mantive recursos no banco HSBC na Suíça, devidamente declarados perante a Receita Federal e informados ao Banco Central. Os valores possuem origem absolutamente lícita e foram remetidos ao exterior sempre pelas vias legais, conforme registram os arquivos das autoridades fiscais e bancárias competentes. Tais recursos não estão relacionados, direta ou indiretamente, com nenhuma espécie de negócio com o Poder Público ou atividades políticas”. Os documentos não foram mostrados ao GLOBO.
A assessoria de Antônio Rahme Amaro enviou nota: “A família desconhece a existência das contas citadas e está à disposição das autoridades competentes para qualquer esclarecimento”. O Grupo Alfa, de Aloysio de Andrade Faria, afirmou que não tinha “nada a declarar sobre o assunto”. Lenise de Queiroz Filho, do Grupo Queiroz Filho, disse que desconhece contas na Suíça.
Renato Frischmann Bronfman e seu advogado foram procurados, mas não retornaram. Habib Esses foi procurado por meio da Adar Tecidos, empresa sob sua direção, mas não respondeu. A família de Salomão Waiswol (já falecido) foi contatada através de sua empresa, a Salotex, mas não retornou. André Jakurski foi procurado através da JGP, mas também não se manifestou.
Interesse público pauta série de reportagens
A agência de “private bank” do HSBC em Genebra, na Suíça, tinha 8.667 clientes relacionados ao Brasil nos anos de 2006 e 2007. A apuração e divulgação dos casos do SwissLeaks, feitas pelo GLOBO e pelo UOL, seguem os critérios de relevância jornalística e interesse público.
Não é crime ter conta no exterior, desde que seja declarada à Receita Federal. Até agora, entre os cerca de 200 nomes já analisados e divulgados na série, só sete mostraram documentos comprovando a legalidade de suas contas.
O grupo de correntistas com maiores saldos, foco da reportagem de hoje, será um dos principais alvos da investigação da Receita, cujo objetivo prioritário é descobrir se houve sonegação de impostos e, em caso positivo, recuperar esses valores.
Chama a atenção do Fisco e da CPI o fato de as contas do HSBC serem numeradas, isto é, seus titulares são identificados apenas por números. O uso de offshores reforça o caráter sigiloso da movimentação desses recursos.
http://jornalggn.com.br/noticia/swissleaks-offshores-no-panama-e-ilhas-virgens-britanicas-entre-as-usadas-por-brasileiros
sexta-feira, 3 de abril de 2015
HSBC E ZELOTES ATINGEM CORAÇÃO DA DIREITA NO PAÍS 03/04/2015
Juntos, os escândalos das contas secretas no HSBC (o chamado Swissleaks) e das propinas pagas para aliviar multas tributárias (a Operação Zelotes) fazem um strike em personalidades que alimentam o pensamento conservador no Brasil; na Zelotes, o grupo Gerdau, do empresário Jorge Gerdau, mantenedor do Instituto Millenium, aparece como pagante da maior propina (R$ 50 milhões); na mesma operação, está também a RBS, de Eduardo Sirotsky e Armínio Fraga (R$ 15 milhões), que é afiliada da Globo; no Swissleaks, um dos nomes é o de José Roberto Guzzo, diretor da Abril, que é também mantenedora do Millenium; a direita, no Brasil, não gosta de pagar impostos?
3 DE ABRIL DE 2015 ÀS 18:22
247 - Dois escândalos recentes, batizados como Swissleaks e Zelotes, evidenciam uma realidade brasileira: ricos não gostam de pagar impostos, nem de declarar todo seu patrimônio.
O caso Swissleaks, alvo de uma CPI no Senado, envolve 8.667 brasileiros que mantêm ou mantiveram contas secretas na Suíça, no HSBC de Genebra.
A Operação Zelotes fisgou uma quadrilha especializada em vender facilidades no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, o Carf, causando um prejuízo estimado em R$ 19 bilhões.
Os dois casos tratam de um mesmo fenômeno: sonegação fiscal. O que une as duas pontas é a presença de nomes ilustres da direita brasileira, que tentam impor uma agenda conservadora à toda sociedade.
Nesta sexta-feira, uma reportagem do jornal Estado de S. Paulo revelou que o grupo Gerdau, do empresário Jorge Gerdau, é suspeito de pagar a maior propina da Operação Zelotes: R$ 50 milhões para cancelar uma dívida tributária de R$ 4 bilhões. Um "bom negócio", com o pagamento de um real para cada 80 devidos (saiba mais aqui).
Gerdau é o principal mantenedor do Instituto Millenium, um instituto criado por empresários brasileiros para consolidar um pensamento único no País, alinhado à direita e ao neoconservadorismo.
Na página do Millenium, aparece como "grupo líder" (confira aqui), ao lado da Editora Abril, que publica Veja e cujo conselheiro editorial José Roberto Guzzo, um de seus principais articulistas, publicou artigo sobre como é insuportável viver no Brasil de hoje (leia aqui) – Guzzo, para quem não se lembra, foi um dos jornalistas citados no Swissleaks.
Voltando ao Millenium, abaixo do "grupo líder" aparece o "grupo apoio", onde desponta a RBS, afiliada da Globo na Região Sul, comandada por Eduardo Sirotsky. O envolmento da RBS, assim como o de Gerdau, é com a Operação Zelotes, onde a empresa teria pago uma propina de R$ 15 milhões para abater uma dívida de R$ 150 milhões. Um negócio bom para quem gosta de levar vantagem, mas não tão bom quanto o de Gerdau. No caso da RBS, a relação seria de um real pago para cada dez devidos.
Nesta sexta-feira, como lembrou Fernando Brito, editor do Tijolaço, a RBS é sócia de ninguém menos que o economista Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central no governo Fernando Henrique Cardoso e ex-futuro ministro da Fazenda de Aécio Neves (leia mais aqui).
Em sua página, o Instituto Millenium informa trabalhar pela promoção da democracia, da liberdade, do Estado de Direito e da economia de mercado. Mas, e os impostos?
http://www.brasil247.com/pt/247/poder/175785/HSBC-e-Zelotes-atingem-cora%C3%A7%C3%A3o-da-direita-no-Pa%C3%ADs.htm
quinta-feira, 2 de abril de 2015
SP: 60 mil professores decidem continuar a greve, criticam manipulação da mídia e vaiam Alckmin e Globo 02/04/2015
Altamiro Borges:
publicado em 02 de abril de 2015 às 19:55
Fotos: Apeoesp
Altamiro Borges, em seu blog
Uma passeata com 60 mil professores tomou as ruas centrais da capital paulista na tarde desta quinta-feira (2). Alegres, irreverentes e pacíficos, os grevistas criticaram a intransigência do governador de São Paulo – “uma vaia para o Geraldo Alckmin” – e expressaram sua indignação diante da cobertura “jornalística” das emissoras de rádio e televisão – “uma vai para a Globo” grita um líder no caminhão de som e milhares repetem “fora Rede Globo, o povo não é bobo” e “A verdade é dura, a Rede Globo apoiou a ditadura”. Do helicóptero da emissora, o domesticado repórter informa que a passeata reúne “uns 500 professores” e não dá detalhes sobre a combativa mobilização da categoria.
Antes da passeata, na assembleia realizada no Masp, na Avenida Paulista, os professores aprovaram por unanimidade a continuidade da paralisação. “A greve continua. Alckmin, a culpa é sua”! Em uma nova rodada de negociação, o governo do PSDB voltou a rosnar arrogância e manteve a sua postura intransigente e autoritária. Os professores reivindicam melhorias nas condições de ensino – centenas de escolas foram fechadas nos últimos anos, as salas estão superlotadas e falta até papel higiênico nas unidades de ensino. Os grevistas também exigem aumento salarial e melhores condições de trabalho.
A manipulação da mídia privada, que tenta invisibilizar a poderosa greve dos professores e blindar o tucano Geraldo Alckmin, não desanima os grevistas. “Estamos de alma lavada. Mostramos mais uma vez a força e a organização da categoria”, afirma Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel, presidenta da Apeoesp. Para ela, a postura dos jornais, revistas e emissoras de rádio de tevê, sempre contrária às lutas dos trabalhadores, confirma a urgência de medidas para democratizar a mídia no Brasil.
No caso da TV Globo, quando da marcha golpista de 15 de março, ela até alterou a sua programação para incentivar a participação num ato que pregava o impeachment da presidenta Dilma e, inclusive, a volta dos militares ao poder. Artistas globais ajudaram a convocar o protesto e a emissora, unida ao comando da Polícia Militar, espalhou a mentira de que a marcha reuniu mais de 1 milhão de pessoas. Agora, no caso da passeata dos docentes em greve, o repórter domesticado fala em “500 presentes”. Não é para menos que um dos slogans mais gritados na passeata desta quinta-feira foi o “Fora Rede Globo”
http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/altamiro-borges-60-mil-professores-paulistas-decidem-que-a-greve-continua-criticam-a-manipulacao-da-midia-e-vaiam-a-alckmin-e-a-globo.html
PF apreende helicóptero e carros de luxo de ex prefeito tucano 02/04/2015
Ex-prefeito do município fluminense de Itaguaí, Luciano Mota, foi afastado ontem das funções públicas pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2); ele é investigado por desvio de dinheiro público da prefeitura da região metropolitana do Rio; além dele, o TRF2 ordenou o afastamento de um assessor, dois secretários municipais e dois policiais militares que trabalhavam como segurança do prefeito; segundo a Polícia Federal, os desvios afetaram, principalmente, a área da saúde
1 DE ABRIL DE 2015 ÀS 17:59
Vladimir Platonow – Repórter da Agência Brasil*
A Polícia Federal (PF) apreendeu nesta quarta-feira 1º os bens do ex-prefeito do município fluminense de Itaguaí, Luciano Mota, incluindo um helicóptero e três carros de luxo. Ontem (31), ele tinha sido afastado das funções públicas pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2).
Mota é investigado por desvio de dinheiro público da prefeitura de Itaguaí, cidade da região metropolitana do Rio. Além dele, o TRF2 ordenou o afastamento de um assessor, dois secretários municipais e dois policiais militares que trabalhavam como segurança do prefeito. Todos tiveram os passaportes recolhidos.
Delegado da PF, Hylton Coelho informou que o afastamento do prefeito e de funcionários da administração foi fundamental para as investigações. Ressaltou que os desvios afetaram, principalmente, a área da saúde de Itaguaí. Desde a posse de Mota, em 2013, foram investidos R$ 240 milhões no setor. Mas, segundo o delegado, o investimento não condiz com a situação do sistema de saúde do município.
"A área de saúde é absolutamente calamitosa em Itaguaí. É impressionante como se gasta e a população não tem qualquer retorno do sistema", acrescentou o delegado durante entrevista à imprensa na superintendência regional da PF, no centro do Rio.
*Com informações de Lígia Souto - Repórter da Radioagência Nacional
http://www.brasil247.com/pt/247/rio247/175519/PF-apreende-helic%C3%B3ptero-e-carros-de-luxo-de-ex-prefeito-tucano.htm
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