Este blogue não concorda com o Golpe. RESISTÊNCIA JÁ A morte da Marisa, não é diferente da morte dos milhares no Iraque, invadido, na Líbia destroçada, entre outros, as mãos são as mesmas, acrescentadas dos traidores locais.
segunda-feira, 30 de janeiro de 2017
Bancada do PT-RS anuncia rejeição a ‘golpistas’ 30/01/2017
Quatro deputados federais do PT anunciaram que a bancada gaúcha do partido na Câmara é, em sua totalidade, contrária a apoiar representantes de partidos governistas na eleição para presidência da Casa; Maria do Rosário, Dionilso Marcon, Elvino Bohn Gass e Pepe Vargas defenderam a votação em um candidato de um partido de oposição ao governo de Michel Temer (PMDB), com a formação de um bloco de esquerda, que englobe PT, PCdoB, PDT, PSOL e até mesmo a REDE
Luís Eduardo Gomes, Sul 21 - Quatro deputados federais do PT concederam, na manhã desta segunda-feira (30), entrevista coletiva para anunciar que a bancada gaúcha do partido na Câmara federal é, em sua totalidade, contrária a apoiar representantes de partidos governistas na eleição para presidência da Casa, marcada para esta semana. Maria do Rosário, Dionilso Marcon, Elvino Bohn Gass e Pepe Vargas defenderam a votação em um candidato de um partido de oposição ao governo de Michel Temer (PMDB), com a formação de um bloco de esquerda, que englobe PT, PCdoB, PDT, PSOL e até mesmo a REDE.
No último dia 20, o diretório nacional do partido decidiu, após votação com 45 votos a favor e 30 contrários, liberar as bancadas na Câmara e no Senado para votarem em qualquer candidato para a presidência das casas, inclusive em parlamentares da base do governo Temer. A medida foi vista como uma decisão não declarada de apoio às candidatura do deputado Rodrigo Maia (DEM) e do senador Eunício Oliveira (PMDB) em troca do respeito à proporcionalidade das bancadas partidárias na distribuição de cargos.
Primeiro a se pronunciar, o presidente estadual do partido e prefeito de São Leopolodo, Ary Vanazzi, afirmou que os deputados ausentes – Marco Maia, Paulo Pimenta e Henrique Fontana – compartilhavam da opinião dos presentes e que a bancada gaúcha tem posição unânime de “não votar em em nenhum deputado federal golpista”. “Por serem golpistas, mas principalmente por terem apresentado uma agenda recessiva e de retirada de direitos dos trabalhadores”, disse.
Ele disse ainda que, nesse momento em que a Câmara se prepara para votar, por exemplo, a Reforma da Previdência, o PT não pode dar “nenhum sinal contrário” à classe trabalhadora e pregou a construção de um campo de esquerda que se oponha aos partidos que defendem a agenda neoliberal.
Na sequência, Maria do Rosário ressaltou que a bancada está “totalmente unida e sintonizada” com a classe trabalhadora. Segundo ela, não é possível fazer concessões aos que “feriram a democracia” e cabe ao PT fazer a oposição àqueles que continuam perpetrando o golpe. A deputada ainda salientou que a postura crítica à decisão do diretório nacional do partido já tem apresentado resultados, como no anúncio feito ontem pelo presidente do PT, Rui Falcão.
Bohn Gass afirmou que a tendência dos deputados gaúchos é de apoio ao deputado André Figueiredo (PDT), único candidato já lançado que pertence ao bloco minoritário de oposição – composto ainda pelo PCdoB.
Já Pepe Vargas salientou que a decisão de não apoiar nenhum candidato da base do governo não significa abrir mão da defesa da proporcionalidade das bancadas na divisão dos cargos da Mesa Diretora e nas comissões permanentes da Câmara, posição que foi dada como justificativa pela ala majoritária do partido para apoiar candidaturas de parlamentares governistas. Segundo ele, este é um direito constitucional do PT, por ser a segunda maior bancada partidária da Casa, e que não passa por negociação com uma chapa ou outra.
“Não me parece que, para garantir a proporcionalidade, o PT precise compor um bloco com os partidos que defendem a agenda do governo”, disse.
Segundo ele, os deputados do PT devem manter o diálogo com as candidaturas da base do governo na defesa do respeito à proporcionalidade e para que não ocorra a formação de um “blocão” de vários partidos como ocorreu em 2015, o que, segundo ele, foi a manobra escolhida pelo então presidente Eduardo Cunha para deixar o PT sem cargos. Ele ainda salientou que, apesar da posição tirada pelo diretório nacional, a bancada do PT “nunca, jamais, deliberou que faria aliança com Rodrigo Maia, Jovair Arantes (PTB) ou qualquer um que seja”.
Os parlamentares afirmaram que, se preciso, o PT deve ir à Justiça para garantir o respeito à proporcionalidade na Câmara e no Senado. Foi citado como exemplo a decisão judicial que garantiu a distribuição de cargos para a oposição na Câmara de Vereadores de Porto Alegre.
Falta de sintonia com a base
A decisão do diretório nacional gerou reações contrárias entre militantes do partido e, inclusive, de outras correntes internas do PT, como a Muda PT, a qual pertencem os sete deputados federais gaúchos.
Coube ao deputado Dionilso Marcon adotar uma posição crítica mais aberta ao comando nacional do PT. O deputado disse que tem conversado com militantes petista do interior do Estado que tem cobrado coerência do partido. Segundo ele, a diretório nacional “não está respeitando a base” e optou por seguir o mesmo caminho de desvios ético-morais que resultou na crise do partido e perda da presidência da República. “O PT errou mais uma vez. Esperou a barragem estourar para depois remendar”, disse, salientando que o partido deveria já no ano passado ter procurado partidos de oposição para tratar do tema.
Marcon defendeu a formação de um bloco de esquerda e a votação, unificada, em um candidato de oposição, que poderia ser Figueiredo ou até mesmo Luiza Erundina, caso o PSOL a lance como candidata, o que ainda não ocorreu.
Presente do evento, Raul Pont afirmou que a “reação da base do partido pressiona muito o campo majoritário”. Ele ainda acusou o campo majoritário do partido de não respeitar as divergências internas e impor sua posição nas tomadas de decisão do diretório nacional do PT, ainda que haja contrariedades inclusive dentro do próprio campo.
Em razão da reação contrária, Pepe Vargas disse acreditar que já há uma tendência do partido, como um todo, voltar atrás de tirar uma posição unificada em favor de candidatos de oposição. “Isso que aconteceu da base se erguer foi bom para mostrar que é preciso mudar o PT”, complementou Maria do Rosário.
http://www.brasil247.com/pt/247/rs247/277607/Bancada-do-PT-RS-anuncia-rejei%C3%A7%C3%A3o-a-%E2%80%98golpistas%E2%80%99.htm
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