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quinta-feira, 5 de janeiro de 2017
Finlândia testa renda básica e distribui dinheiro para desempregados 05/01/2017
O país é o primeiro a transferir renda sem questionar o beneficiário nem exigir que ele busque trabalho
Jamil Chade, correspondente
,
O Estado de S.Paulo
04 Janeiro 2017 | 18h13
GENEBRA - A Finlândia é o primeiro país a distribuir
dinheiro para desempregados, sem questionar o beneficiário e nem mesmo
exigir que ele busque um trabalho. A ideia de uma renda básica universal
vem sendo debatida em diversos países e, em alguns locais, um salário
vem sendo pago. Mas, pela primeira vez, um governo nacional decide fazer
o experimento em nível nacional.
Num primeiro momento, 2 mil finlandeses receberão cerca de 560
euros por mês de forma incondicional. Até hoje, para receber um
seguro-desemprego, o cidadão era obrigado a demonstrar que estava
buscando trabalho. A nova ajuda ainda ocorrerá independente da fortuna
acumulada pela pessoa. Não será perguntado de que forma o cidadão irá
gastar os recursos e nem se ele pretende economizar.
O objetivo da contribuição pode parecer contraditório: criar incentivos para que os desempregados voltem ao mercado
O objetivo da contribuição pode parecer contraditório: criar
incentivos para que os desempregados voltem ao mercado. Uma pesquisa
realizada no ano passado pelo governo mostrou que muitos cidadãos
preferem continuar a receber benefícios sociais e não voltar a trabalhar
em empregos que não desejam realizar ou com salários baixos. Com o novo
esquema, o governo espera acabar com essa situação, já que o cidadão
teria garantias de que voltaria a ser auxiliado pelo estado caso desista
do emprego e continuaria a receber a renda mínima, mesmo sobre seu novo
salário pago pelo empregador.
Assim, o estado espera que os desempregados sejam atraídos a
tentar novos trabalhos que inicialmente não estariam interessados ou
mesmo empregos de curto período.
O governo se deu conta que, com uma certa estabilidade garantida
pelo seguro desemprego, cidadãos estariam menos inclinados a arriscar e
voltar ao mercado de trabalho, temendo perder seus benefícios. Para
completar, poderiam perder ajuda moradia e outros benefícios uma vez que
tenham um emprego.
Outra função do salário incondicional é que o beneficiado pelo
sistema continuará a receber os 560 euros por mês, mesmo depois de
conseguir o trabalho. Um dos obstáculos hoje é o fato de que, para
muitos empregos, o salário pago chega a ser inferior ao seguro
desemprego que o governo garante.
Ao Estado, fontes do governo finlandês indicaram que a meta da
administração é de que o projeto ajude a reduzir a taxa de desemprego,
hoje em cerca de 8,8% e uma das mais altas dos países nórdicos.
Se Helsinque é o primeiro a adotar em todo o país a estratégia,
os finlandeses não são os únicos a testar o modelo. Na Suíça, um
referendo foi organizado para avaliar se a população estava disposta a
implementar o sistema. Mas o projeto não foi aprovado.
Na Holanda, algumas cidades passaram a testar o programa e, na
Escócia, regiões também vão avaliar a ideia em 2017. Na cidade de
Livorno, na Itália, o mesmo esquema já foi adotado para cerca de cem
pessoas.
Nos EUA, um programa do Vale do Silício foi anunciado em maio
para garantir aos cidadãos de Oakland, na Califórnia, um apoio de seis
meses a um grupo de cidadãos mais vulneráveis. No caso americano, o
teste também é para saber como as pessoas se comportam diante de uma
certa liberdade financeira.
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