Filho e três netos de Khadafi mortos por mísseis da Nato
Objectivo era assassinar o líder líbio, denuncia o governo de Tripoli. Nato nega que tenha objectivos individuais, mas Rússia diz que ataque suscita muitas dúvidas.
Trẽs mísseis terãoatingido residência de Saif al-Arab
Saif Al Arab, filho mais novo de Muammar Khadafi, e três netos do líder líbio morreram este sábado num ataque das forças da Nato. Khadafi, acompanhado da mulher, terá escapado por pouco, já que também se encontrava na residência quando do ataque, disse um porta-voz do governo de Trípoli. Outros familiares e amigos terão ficado feridos.
A casa de Saif Al Arab fica numa zona rica de Trípoli e terá sido atingida por, pelo menos, três mísseis. Imagens divulgadas pela agência de notícias Reuters mostram a violência do ataque. A agência sublinha, porém, que as fotografias foram tiradas numa visita controlada pelas autoridades líbias.
"O que temos agora é a lei da selva", disse o representante do governo líbio na conferência de imprensa em que confirmou a morte de um dos filhos de Khadafi. "Pensamos que é claro para toda a gente que o que está a acontecer na Líbia não está relacionado com a protecção de civis", afirmou o porta-voz.
"Esta foi uma operação directa para assassinar o líder deste país. Isto não é permitido pelo direito internacional. Não é permitido por nenhuma código moral ou de princípio", denunciou o porta-voz governamental.
Nato diz que ataques “não se dirigem a objectivos individuais”
A Nato negou este domingo que dispare contra "objectivos individuais"e disse lamentar todas as perdas humanas, principalmente a dos civis inocentes vítimas do conflito. Mas a Rússia denunciou “o uso desproporcionado da força na Líbia” pelas forças da coligação e duvida que os ataques da Nato não tenham por alvo o líder Muammar Khadafi, disse o ministério dos Negócios Estrangeiros russo.
“As declarações dos membros da coligação segundo as quais os ataques contra a Líbia não têm por objectivo a liquidação de Kadhafi e os membros da sua família suscitam fortes dúvidas”, declarou em comunicado o Ministério, advertindo que “O uso desproporcionado da força ultrapassa a resolução 1973 do Conselho de Segurança da ONU que não prevê de qualquer forma uma alteração do poder na Líbia e implica nefastas consequências e a morte de inocentes”.
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