sexta-feira, 21 de outubro de 2011
A imprensa-empresa - e Obama - “is no more”
Conclusões  da Vila Vudu e da redecastorphoto
Após  horas de intensa, vibrante e barulhenta reunião concluímos  que:
Obama   aparece mais grisalho a cada “fala do trono”. Parece que o papel  horrendo que  esse homem está cumprindo está-lhe custando caro (mais ou  menos como William  Waack, cada dia mais  sampaku,  mais feio). 
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| Old Obama, "is no more" | 
Ontem,  Obama anunciou que “Gaddafi  is  no more”.  De Osama bin Laden disse que “is dead”.  Interessante essa diferença:  Osama bin Laden pôde ser apresentado como  morto (por agentes norte-americanos,  em invasão militar a país  aliado), porque, antes, fora destruído pela  imprensa-empresa. Nesse  caso, bastava o anúncio do tiro de misericórdia  “oficial”. Também foi  assassinado, mas a coisa passou mais bem  disfarçada.
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| Gaddafi, o mártir - em vida | 
A  imprensa-empresa não conseguiu destruir Gaddafi, por mais que tenha tentado. Por  isso, Obama estava condenado a tentar reassassiná-lo  também no plano  simbólico, e optou pela forma retórica do “o morto  ‘deixou de ser’”. Obama perde  seu tempo -- em todos os sentidos dessa  expressão: desperdiça a chance histórica  de mostrar-se melhor homem e  melhor governante do que o fracasso humano e  político a que todo mundo  assiste, horrorizado; e esfalfa-se e se autocondena,  para nada. 
Com   sua fala, Obama se autocondenou ao mais vergonhoso papel em que se viu   governante eleito e homem tão jovem. Morto em vida está, isso sim,  Obama. Obama,  sim, “is no more”.
O   único personagem que o mundo está vendo todos os dias, num  impressionante  processo de desconstituição, desconstrução,  deslegitimação e conversão em  assassino serial e matador de pobres pelo  planeta inteiro é, de fato, o próprio  Obama. Nem os mais cruéis,  furiosos e ensandecidos ditadores jamais se deixaram  ver, exibidos em  rede de televisão comercial planetária, em tão macabra  celebração da  morte, do assassinato e de crimes de toda a  ordem.  
Obama   aparece afinal como o que sempre foi: invenção fantasiada da  imprensa-empresa  que supunha que pudesse passar a ser democrática e  progressista, a golpes de  manchete e encenação “midiática”, sem deixar  de ser empresa comercial a serviço  dos anunciantes, nunca do público  consumidor. Então, engambelados uns, outros  autoengambelados, alguns  “progressistas” supuseram que, apenas porque Obama não  era Bush nem  Sarah Palin, ou apenas porque é mulato e mestiço, Obama seria   “automaticamente” progressista. Muitos intelectuais pressupostos  avançados  embarcaram nessa falcatrua “midiática”. Hoje se vê que nem  McCain conseguiria  fazer tanto mal ao mundo, em tão pouco tempo!
Obama   nunca foi, sequer, progressista. Obama é, como sempre foi, liberal  conservador  metido a “ético”, uma espécie de vestal udenista nascida   acima  del  Rio Grande,   mas de alma branca e olhos azuis eugenistas, por trás de uma máscara  mestiça de  progressista à Harvard. Os olhos azuis europeus “puros”,  racistas, de Obama  estão hoje, à vista do mundo: já destruiu metade do  Oriente Médio e, agora,  lança suas garras sobre a África.  
Não   há notícia de governante que tenha encarnado tantas esperanças em todo  o mundo e  que tão rapidamente se tenha afundado na delinquência mais  brutal.  
O  Mujahid  Gaddafi   está morto. Morreu na resistência. É um mártir. Foi assassinado -- o  que zilhões  de blogueiros em todo o mundo noticiam hoje, com toda a  indignação humana e  política possível.  
Enquanto   isso, hoje, a imprensa-empresa, em todo o mundo, faz a orgia nefanda  de mais um  assassinato “legal”. Não se sabe quem a imprensa-empresa  pensa que engana (além  de se autoenganar) obsessivamente, doentiamente,  autocondenada à doentia  repetição de mentiras, sempre, sempre, sempre.  Fascistas sinceros confundem-se  hoje com “democratas” sinceros: é a  mesma escória do mundo.
Verdade   é que todos os homens e mulheres de boa vontade do mundo JÁ SABEM que  nenhum  assassinato é legal, nem em tempos de guerra. Por mais que os  editoralistas  pervertidos da empresa-imprensa capitalista mundial  repitam, o assassinato de  ditadores não é, evidentemente, legal. É  ilegal. É crime. O mundo já sabe disso.  
Mas   nem essa evidência parece abalar os “jornalistas” (só rindo!)  brasileiros que,  hoje, contribuem para a repugnante divulgação e  pregação incansável de golpes,  assassinatos e crimes de toda a ordem,  de que as empresas-jornais e  empresas-televisão no Brasil fazem meio de  vida. 
Fato   é que a imprensa-empresa capitalista JÁ NÃO É a única voz que o mundo  ouve.  Vários canais de televisão independente já sabem e dizem que “o  assassinato de  ditadores NÃO É ação admitida na lei internacional” e  que “o  moujahid  Kaddafi  foi assassinado”. Por exemplo, dentre muitos (a serem procurados e  divulgados):
- O The Real News Network, que entrevista Firoze Manji, jornalista (Panbazuka News), especialista em leis internacionais, em longa e interessantíssima entrevista (que estamos traduzindo).
 
- Encontra-se também há bom noticiário, atualizado, que nos vem da Líbia, no blog “Leonor en Líbia”, sempre atualizado, em inglês e espanhol (que também estamos traduzindo), onde se coletam informações de vários outros blogs da resistência líbia e onde se lê hoje: “Prosseguem os combates em Sirte, Beni Walit, Trípoli, e no sul, em vários pontos. A organização armada golpista continua a bombardear o país. As tribos em Beni Walit, Sirte, Warfala, Nawhi, estão fortemente armadas e não se renderão”.
 
- O Blog da Resistência Líbia “Al-Mukawana” é blog de combate, leitura indispensável para todos os jornalistas e blogueiros brasileiros que se interessem por dar voz, de fato, ao outro lado. Fato é que qualquer jornalista brasileiro que não dê voz àquela resistência, converte-se em cúmplice de assassinato. Quem dê voz aos assassinos da OTAN fica moralmente obrigado a dar voz à resistência líbia.
 
- O Blog da Argélia noticia hoje que “O Moujahid Gaddafi está morto. Marcou a história com sua coragem, sua dignidade e sua fidelidade aos mais pobres da África”: “O doutor Moussa Ibrahim, porta-voz do governo legítimo da Líbia informa que o Moujahid Gaddafi foi capturado. Estava num comboio de vários veículos da OTAN que foi bombardeado. Nesse ataque, o Moujahid Gaddafi foi gravemente ferido. Em seguida, os traidores rebeldes transferiram-no para um carro que tomou o rumo de Misrata. Gaddafi foi assassinado no percurso. Recebeu dois tiros: um na cabeça e outro no abdômen, para simular ferimentos de combate”.
 


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