Do Valor Econômico
O Brasil passou da condição de recebedor, no passado, para doador de recursos a fundo perdido, em ajudas internacionais. A conclusão é do levantamento "O Brasil e os Fundos Multilaterais de Desenvolvimento", divulgado nesta sexta-feira (24) pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada)
De acordo com o documento, o país gastou R$ 3,2 bilhões em desenvolvimento internacional ao longo de 2005 a 2009.
"O propósito da verba é contribuir para o desenvolvimento internacional, entendido como a melhoria de condições socioeconômicas de grupos ou populações", diz o estudo.
p>O Ipea identificou que 23,5% do total (R$ 755,8 milhões) foi para a cooperação técnica e ajuda humanitária. Os demais 76,5%, ou R$ 2,46 bilhões, foram gastos como contribuição a organismos multilaterais. Do dinheiro destinado a esses organismos, R$ 1,53 bilhão foi para organismos como a OMS (Organização Mundial da Saúde). Outros R$ 929,7 milhões entraram em fundos de desenvolvimento, como o a Associação Internacional de Desenvolvimento do Banco Mundial e o Fundo de Operações Especiais do Banco Interamericano de Desenvolvimento.
O estudo concluiu que "os bancos multilaterais apresentam, em média, desempenho superior que as instituições bilaterais em termos de eficiência. Eles oferecem ajuda mais focada e menos fragmentada, diminuindo custos que podem onerar os processos de desenvolvimento esperados."
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