A Rússia qualificou nesta quarta-feira de "contraproducente" a expulsão dos embaixadores de Damasco da maioria dos países ocidentais como protesto pelo massacre de Houla.
"No contexto dos esforços internacionais para a resolução pacífica do conflito sírio (…) a expulsão dos embaixadores sírios dos principais países ocidentais nos parece um passo contraproducente", manifestou o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores russo, Aleksandr Lukashévich (foto).
Moscou entende que o Ocidente queima as pontes e fecha "canais de vital importância para trocar opiniões e influir de maneira construtiva no governo sírio para levá-lo pelo caminho do cumprimento do plano de Kofi Annan", enviado especial da ONU para a Síria.
A Rússia, nas palavras de Lukashévich, faz "todo o possível para diminuir o grau de confronto entre as partes sírias, e mantém para isso contatos intensos não só com o governo sírio, mas também com diferentes grupos de oposição".
As expulsões dos embaixadores sírios já foram anunciadas por Estados Unidos, França, Espanha, Alemanha, Japão, Canadá, Bélgica, Holanda, Japão, Suíça, Bulgária e Reino Unido, enquanto a Austrália e Turquia expulsaram de seu território as missões diplomáticas de Damasco.
O vice-ministro de Relações Exteriores, Gennady Gatílov, anunciou hoje que a Rússia vetará qualquer iniciativa sobre uma intervenção militar estrangeira que seja levada ao Conselho de Segurança da ONU.
"Sempre dissemos que estamos categoricamente contra qualquer ingerência no conflito sírio, porque isto só agravaria a situação", declarou Gatílov à agência "Interfax".
O diplomata russo respondeu assim ao novo presidente francês, François Hollande, que não excluiu uma intervenção armada na Síria para pôr fim à repressão do regime de Bashar al Assad, desde que fosse coordenada pelo Conselho de Segurança da ONU.
EFE
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