Moscou e Washington estão ativamente
discutindo a criação do canal de comunicação de emergência para evitar a
guerra cibernética. Esta informação é divulgada pelo jornal The
Washington Post, citando fontes do governo dos EUA. Segundo o jornal, as
partes aprovaram a maioria das disposições do acordo e a assinatura
poderá ocorrer nas próximas semanas.
Agora,
com relação aos ataques cibernéticos na rede nacional de computadores,
os líderes da Rússia e os Estados Unidos poderão se comunicar uns com os
outros através de um relatório de emergência e que não está sujeito a
ataque. Especialistas comparam esse acordo com o canal de comunicação
entre os EUA e a União Soviética, criado em 1988 para reduzir o risco de
ataque nuclear. Segundo o chefe do centro de investigação Kaspersky
Lab, Sergei Novikov, o início de um diálogo entre Moscou e Washington
mostra a relevância do tema:
O fato de que entre os dois países iniciou um diálogo - é uma grande conquista. Quanto mais interação entre eles, melhor será a situação. Vamos recordar o Stuxnet, Duqu. A cibersegurança é um problema grave não apenas para as pessoas, mas para a segurança de todo um país. Isso não é uma piada. Isso já não é hacker que pode roubar sua senha, ou sua página numa rede social, a questão aqui é a violação de toda uma infraestrutura. No entanto, inicialmente a Rússia e os EUA precisam assinar este Acordo. A parte mais difícil é chegar a um acordo.
O fato de que entre os dois países iniciou um diálogo - é uma grande conquista. Quanto mais interação entre eles, melhor será a situação. Vamos recordar o Stuxnet, Duqu. A cibersegurança é um problema grave não apenas para as pessoas, mas para a segurança de todo um país. Isso não é uma piada. Isso já não é hacker que pode roubar sua senha, ou sua página numa rede social, a questão aqui é a violação de toda uma infraestrutura. No entanto, inicialmente a Rússia e os EUA precisam assinar este Acordo. A parte mais difícil é chegar a um acordo.
Em
2010 o vírus Stuxnet interrompeu o funcionamento dos computadores
industriais e dos centros nucleares do Irã, o que prejudicou todo o
programa nuclear iraniano. Este vírus foi neutralizado em outubro de
2011, quando surgiram rumores sobre um novo vírus como o Stuxnet,
chamado Duqu. De acordo com Gordon Ho, especialista americano do
Programa de Estudo do Terrorismo no Instituto Monterrey de Estudos
Internacionais, tais vírus são uma ameaça para o século 21, e é
imperativo que as potências mundiais travem juntas a batalha contra
eles:
"As
ameaças à cibersegurança atingiram níveis que podem ser igualados ao
grau de perigo que são as ameaças do terrorismo e outras ameaças para a
segurança dos Estados. Potencialmente, vírus como o Stuxnet podem
quebrar a infraestrutura e causar grandes danos a todo o país. Os
Estados são menos resistentes aos problemas causados pelos
ciberterroristas. Por isso é muito importante que os serviços de
inteligência de todo o mundo estejam um passo à frente dos
ciberterroristas."
De
acordo com Dale Herspring, professor de ciência política na
Universidade de Kansas, se Moscou e Washington fechar esse acordo, a
Rússia receberá dele ajuda para lutar contra as ameaças internas de
terrorismo:
"Finalmente
alguma coisa boa aconteceu nas relações russo-norte-americanas após uma
série de contratempos nas negociações sobre o desarmamento nuclear e da
defesa antimísseis. Devo assinalar que o acordo de cibersegurança é
para os EUA o primeiro sobre o assunto com qualquer outro país. E para a
parte russa é provavelmente a tentativa de combater o terrorismo
interno. Os terroristas no Norte do Cáucaso usam ativamente a Internet
para recrutamento e negociação. Este é outro detalhe importante."
De
acordo com o Washington Post, o acordo poderá ser assinado nas próximas
semanas. Caso seja assinado, este será o primeiro acordo na prevenção
da guerra cibernética.
DefesaNet
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