As
regiões da Espanha afetadas por gastos excessivos tiveram uma folga das
manchetes dos jornais, uma vez que os bancos endividados receberam boa
parte da culpa pelo país ter caído numa crise.Mas boa parte das regiões,
que são amplamente responsáveis pela Espanha não ter atingido as metas
de déficit por uma margem grande no ano passado, podem se tornar logo um
problema ainda maior para o país e seus bancos se os custos de
empréstimo não caírem.Incapazes de conseguir dinheiro do governo, que
também sofre para levantar fundos nos mercados e está relutante em
assumir empréstimos bancários de curto prazo, algumas regiões podem
precisar reestruturar suas carteiras de dívida, o que significa que os
detentores de títulos irão assumir perdas.Acredita-se que esses
detentores são bancos domésticos, que já precisam de 100 bilhões de
euros da União Europeia para cobrir perdas oriundas do mercado
imobiliário."Para as regiões, é uma possibilidade. Em algum ponto, o
governo não poderá assumir toda a dívida", disse o estrategista sênior
de taxas do ING Alessandro Giansanti."O pior cenário possível? Em algum
ponto, as regiões não serão capazer capazesde pagar seus títulos no
mercado e os detentores precisarão assumir perdas, quando aparecer quem
são os verdadeiros detentores desses títulos. Isso se volta para os
bancos."O governo da Espanha tem um plano de jogar o peso de seu rating
de crédito mais alto nas regiões, mutualizando suas dívidas por meio de
"hispanobônus" ou garantias para os títulos de cada região em troca de
metas ambiciosas de déficit.A maior parte das regiões poderia participar
de tal mecanismo depois de reportar um orçamento equilibrado para o
primeiro trimestre por causa das transferências multi-bilionárias do
governo central.Mas, depois que a dívida soberana da Espanha teve o
rating cortado na semana passada, há dúvidas sobre como Madri irá evitar
que sua enorme dívida exploda, deixando em aberto como irá apoiar as
regiões, que têm outros 15 bilhões de euros para refinanciar nos
próximos seis meses.Os temores estão aumentando agora de que a Espanha
se unirá a Grécia, Irlanda e Portugal ao precisar de um resgate
nacional."Claramente o país está sofrendo para se financiar e então o
apoio às regiões ficará cada vez mais difícil de assumir", disse a
analista de renda fixa do Investec, Elisabeth Afseth.
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