Do G1
Segundo especialista, país pode chegar a ser 2º maior produtor
mundial. Material é usado em geração nuclear; cientistas discutiram
energia no MA.
O Brasil tem potencial para chegar a ser o segundo ou o terceiro
maior produtor de urânio do mundo, defendeu nesta segunda-feira (23), em
São Luís (MA), o pesquisador Nilson Dias Vieira Junior, superintendente
do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), na 64ª
reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, a
SBPC.
“O Brasil tem um 'pré-sal' de urânio debaixo de nossos pés”, comparou
o especialista, durante a mesa-redonda “Pesquisa em energia para o
Brasil”. O metal é um importante combustível para usinas nucleares.
Atualmente, o país ocupa a sexta posição no ranking mundial de
reservas de urânio, com aproximadamente 309 mil toneladas, localizadas
principalmente em Caetité (BA) e Santa Quitéria (CE). No entanto, apenas
25% do território nacional foi objeto de prospecção. “Pela
característica geológica que possuímos, e se houver melhor investimento
na área, poderemos chegar a este patamar, sendo referência na produção
de energia nuclear”, disse o especialista.
Superintendente do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares
(Ipen), Nilson Dias Vieira defendeu a produção de energia nuclear como
uma das alternativas para que aconteça em escala global a diminuição nas
chamadas emissões de gases do efeito estufa (EFE), embora boa parte da
população ainda tenha receio quanto a utilização desse tipo de energia.
“Com a tecnologia hoje disponível no mundo, a energia nuclear é
absolutamente segura. O que aconteceu ano passado em Fukushima [no
Japão] foi provocado por um desastre natural, um terremoto que ocasionou
um tsunami e provocou o incidente na usina”, explicou. “Mas a
tecnologia em si da produção de energia nuclear se pode controlar”,
defendeu.
Tratamento de resíduos
Apesar de ser considerada
pelo especialista como uma "fonte limpa", a energia nuclear ainda
precisa tratar o problema dos resíduos por ela por ela produzidos.
Embora quantitativamente eles sejam pequenos, são altamente radioativos.
“O que se tenta hoje é utilizar esses resíduos como combustíveis. (...)
Isso é uma tendência mundial, embora precise de uma estrutura gigante”,
admitiu.
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