sexta-feira, 6 de julho de 2012

Itália demitirá um em cada 10 funcionários públicos para cortar gastos 06/07/2012


O premiê italiano, Mario Monti, disse que a medida não representa um "corte", mas um trabalho de recursos humanos

Com a justificativa de economizar 26 milhões de euros, o primeiro ministro italiano, Mario Monti, anunciou nessa sexta-feira (06/07) um decreto que vai implicar na demissão de um em cada 10 funcionários públicos do país. Esse novo projeto também prevê a redução do número de províncias das atuais 110 para 50.

Segundo Monti, a medida não representa um “corte” e foi resultado de um plano elaborado por uma comissão que avaliou o peso ideal das administrações e mediu a relação entre os investimentos e a eficiência dos serviços públicos prestados. A previsão é que 2012 seja economizado 4,5 milhões, em 2013 de 10,5 milhões e 11 milhões em 2014.

Ele explicou que será criado um fundo para garantir os direitos dos 55 mil aposentados afetados pela reforma das pensões e serão destinados 2,5 milhões às áreas afetadas pelo terremoto.

Entre as medidas para se alcançar a economia prevista está a revisão do contrato para a prestação de serviços e a diminuição do repasse para províncias e municípios. As forças armadas também devem ser alvo do plano, com uma redução de pelo menos 10% do seu efetivo. Os funcionários públicos que continuarem com seus empregos serão mais fiscalizados e, entre as mudanças, não poderão, por exemplo, trabalhar nos dias de folga e receber por isso.

A redução do repasse do governo para as províncias será de 700 milhões de euros em 2012 e um milhão em 2013. A forma como será decidido o quanto cada região será afetad  vai passar pela avaliação da relação do “virtuosismo e gastos excessivos de cada um deles”. Os municípios também vão ter menos acesso às verbas do governo, deixando de receber 500 milhões de euros em 2012 e dois milhões em 2013.

As 60 províncias extintas serão aglutinadas às 10 novas “cidades metropolitanas”: Roma, Turim, Milão, Veneza, Gênova, Bolonha, Florença, Bari, Nápoles e Reggio Calábria. O decreto será discutido pelo Câmara dos Deputados a partir do dia 31 de julho, mas Monti já avisou que não “aceita vetos”. A primeira versão do decreto sofreu diversas críticas porque previa corte de verbas para a saúde, inclusive com o fechamento de hospitais.


Opera Mundi

Nenhum comentário:

Postar um comentário