Do G1
Vidal era romancista, mas escreveu sucessos da Broadway e para a televisão. Escritor morreu de complicações de uma pneumonia.
O escritor norte-americano Gore Vidal morreu nesta terça-feira (31),
aos 86 anos, em sua casa, em Hollywood Hills, Los Angeles, na Califórnia, Estados Unidos, informou seu sobrinho ao jornal “Los AngelesTimes”.
“Vidal morreu em casa, de complicações de uma pneumonia”, afirmou ao jornal o sobrinho Burr Steers.
Gore Vidal nasceu na Academia Militar de West Point. Era filho de um
pioneiro da aviação americana. Foi criado em Washington, D.C., onde seu
pai trabalhou para o governo Roosevelt e seu avô foi o senador T. P.
Gore. Estudou na Universidade de Nova Hampshire.
Ele ingressou na literatura quando adolescente, escrevendo contos e
poemas. Publicou seu primeiro romance, “Williwaw”, aos 21 anos, ao
servir às Forças Armadas durante a Segunda Guerra Mundial. O livro foi
escrito a bordo de um navio.
Nos anos 50 passou a sofrer perseguições por parte dos conservadores
liderados pelo senador McCarthy, pois era um crítico das posturas
belicistas adotadas pelos dirigentes norte-americanos.
Escritor é fotografado em uma sessão literária na Flórida, em 2009. (Foto: Florida Keys News Bureau, Carol Tedesco / AP Photo)
Gore Vidal foi romancista e ensaísta e residiu muitos anos em Ravello, na Itália. Ele escreveu livros e artigos para periódicos do mundo inteiro.
Vidal era um rolo compressor literário que escreveu 25 romances,
incluindo obras históricas como “Lincoln” e “Burr” e sátiras como “Myra
Breckinridge” e “Duluth”. Seus livros mais famosos são "À procura de um
rei", "O julgamento de Paris" e "A era dourada".
Ele elogiou, criticou ou fez piadas de amigos e inimigos como Anais
Nin, Tennessee Williams, Christopher Isherwood, Orson Welles, Truman
Capote, Frank Sinatra, Jack Kerouac, Marlon Brando, Paul Newman, Joanne
Woodward, Eleanor Roosevelt e a família Kennedys, entre outras
celebridades.
Vidal fazia comentários ásperos sobre política, sexo e a cultura
americana. Por várias vezes, se envolveu em polêmicas com outros
escritores.
Ele também escreveu sucessos da Broadway, roteiros e dramas para a televisão.
Quando não estava escrevendo, aparecia em filmes, interpretando a si mesmo, como em “Roma de Fellini”.
(*) Com informações das agências de notícias Associated Press, Efe, France Presse e Reuters
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