Notícia
publicada na edição de 14/09/2012 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página
001 do caderno B - o conteúdo da edição impressa na internet é
atualizado diariamente após as 12h.
Com grande dificuldade de recuperação e registrando mais demissões do que contratações este ano, o setor de máquinas e equipamentos obteve ontem mais uma "mãozinha" do governo, que corre para tirar o setor do sufoco ainda nos últimos meses de 2012. A partir de agora, as empresas que comprarem bens de capital fabricados no Brasil depreciarão esses produtos em cinco anos - até então, essa contabilidade era feita em 10 anos. O benefício valerá apenas para quem se apressar e incrementar seu parque produtivo até 31 de dezembro.
A medida estimulará as empresas a antecipar suas compras, segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Como consequência, ele espera o aumento dos investimentos, que vêm sendo tratados pelo governo como a solução para o País resistir aos impactos da crise internacional e acelerar o crescimento econômico.
O benefício concedido ontem foi um pedido do setor. Funciona assim: quando uma empresa compra uma máquina, pode lançar, a cada ano, parte do preço desse bem como despesa em sua contabilidade. Com isso, diminui seu lucro e, consequentemente, o pagamento de tributos que incidem sobre o resultado. Genericamente, de acordo com Mantega, a fatia de depreciação por ano passará de 10% para 20% do valor do bem.
O governo abrirá mão de R$ 6,76 bilhões nesses cinco anos de depreciação. A expectativa é de que a parcela anual da renúncia fiscal ficará em R$ 1,37 bilhão, com exceção de 2017, quando será de R$ 1,26 bilhão. No fim de agosto, o ministro já tinha anunciado uma medida similar para empresas que comprarem caminhões e vagões e que poderão acelerar a contabilidade nos mesmos moldes até o fim de 2012, só que de quatro para um ano.
O setor de máquinas e equipamentos tem recebido atenção especial do governo. Além da desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), foi beneficiado com juro real negativo (alíquota de 2,5% ao ano) para linhas de crédito voltadas para investimento. Além disso, foi contemplado com a ampliação dos setores beneficiados com a desoneração da folha de pagamentos.
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