Reportagem da revista Exame, da Editora Abril, onde é grande a influência dos banqueiros Roberto Setubal e Pedro Moreira Salles, do Itaú Unibanco, rotula o banco estatal como “Caixa de Pandora”; afinal, por que tanto medo do crescimento?
Este crescimento já incomoda muito os concorrentes, especialmente alguns bancos privados. É o caso, por exemplo, do Itaú Unibanco, que exerce forte influência sobre a Editora Abril. Em reportagem da revista Exame desta quinzena sobre a política de crédito do banco estatal, o título é “Caixa de Pandora”, numa alusão mitológica à origem de todos os males.
Textualmente, a reportagem afirma o que se lê abaixo:
“O problema é que o momento não é exatamente propício para uma postura expansionista. Os brasileiros nunca estiveram tão endividados, a inadimplência está perto do recorde e, segundo um relatório do banco Goldman Sachs, o crédito ao consumo já representa 16% do produto interno bruto, o porcentual mais alto da América Latina. Ainda assim, o plano da Caixa é continuar crescendo.”
Ocorre que, segundo a mesma reportagem, apesar da expansão no volume de crédito, a inadimplência na Caixa mantém-se em 2% - abaixo da média dos bancos privados. E de acordo com relatórios de várias instituições financeiras, a economia brasileira já voltou a crescer em níveis próximos a 4% ao ano. Além disso, o volume de crédito em relação ao PIB no Brasil ainda é pequeno.
Portanto, a pergunta que não quer calar é: por que tanto medo do crescimento? A reportagem de Exame reflete uma preocupação legítima ou o temor de concorrentes, como Roberto Setubal e Pedro Moreira Salles, diante do crescimento de um banco público?
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