Enquanto os EUA fundaram sua primeira faculdade em 1740,
antes da própria independência do país, a nossa ‘elite’ chafurdava na
ignorância, no extrativismo e, principalmente, nos recursos públicos do Estado.
A nossa história é pródiga em ciclos, do pau Brasil, da cana
de açúcar, do café, etc., sendo todos eles sustentados pela escravidão do povo
negro e tendo seus poucos frutos caídos nas bolsas abarrotadas dos donos do
país. Para o povo sobrou, como sempre, a miséria.
Até o ano de 2003, não víamos saída para essa triste armadilha
onde o povo permanecia subdesenvolvido, sem educação formal e sem renda. Nesses
tempos tristes, a imprensa brasileira, como hoje, defendia a aristocracia
retrógada e escravocrata.
Todos os presidentes, como Getúlio e JK, que tentaram trazer
um pouco de progresso ao país foram atacados, um se suicidou e o outro foi
assassinado pelos herdeiros das Capitanias Hereditárias.
Hoje tentamos, mais uma vez, uma vida digna, estudando mais,
trabalhando mais, comprando mais, viajando mais e, com isso, faz crescer o
consumo das famílias, que no fundo é o que interessa para o povo brasileiro.
A imprensa brasileira nada mais é que um instrumento de pressão
da aristocracia brasileira contra o desenvolvimento do povo brasileiro, travestida
de democrática, fingindo defender a liberdade de expressão essa instituição
ataca o governo do partido dos trabalhadores, na esperança de tornar inócuo o voto
popular e fazer valer os seus interesses acima dos interesses da nação.
Tudo isso nos trouxe o terceiro mundismo, onde ao
compararmos nossa história com a dos EUA, só nos traz vergonha. Enquanto o povo
estadunidense chegou à lua em 1969, nós não conseguimos nem enviar um satélite geoestacionário
para monitorar nosso próprio território.
Toda iniciativa para desenvolver o país é vendida pela
imprensa brasileira como megalomania, como se estivéssemos condenados a ser um
povo de terceira classe para todo o sempre, mas, na verdade, por trás de tudo
isso, está a mesquinhez de uma ‘elite’ que deveria pensar o Brasil como uma
nação cada vez mais desenvolvida e com um povo partícipe da riqueza nacional.
A luta, a nossa luta, será dura, mas de vitórias nas batalhas
que travaremos chegaremos ao lugar que sempre merecemos porque nós, o povo
brasileiro somos a verdadeira elite do país.
Helio de Souza Borba
Helio de Souza Borba
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