Nesta madrugada, agentes da Polícia
Federal cumpriram busca e apreensão na casa de Marco Polo del Nero, que é
presidente da Federação Paulista de Futebol e era cotado para assumir a
presidência da CBF na Copa de 2014; diversos documentos foram
apreendidos e ele está, neste momento, prestando depoimento; deve
continuar detido; clima é de guerra na instituição; Del Nero já havia
sido investigado por Protógenes Queiroz, que depois se tornou consultor
da CBF e hoje, como deputado federal, tenta criar a "CPI da PF"
247 - A Polícia Federal acaba de
deflagrar mais uma operação bombástica. Nesta madrugada, foi preso, em
sua residência, em São Paulo, o presidente da Federação Paulista de
Futebol, Marco Polo del Nero, que é um dos cartolas mais influentes do
País e vinha sendo cotado para assumir o comando da CBF em 2014, ano da
Copa do Mundo. Vice da CBF, ele era o homem natural na sucessão de José
Maria Marín.
Os policiais cumpriram mandado de busca e apreensão em sua
casa nesta manhã e recolheram computadores e documentos, antes de
levá-lo à superintendência da Polícia Federal, em São Paulo, onde ele
presta depoimento nesta manhã. Não se sabe se ele será liberado ou se
continuará preso. Ao que tudo indica, continuará detido. Houve buscas
também na própria Federação Paulista de Futebol.
Del Nero é ligadíssimo ao ex-presidente da CBF, Ricardo
Teixeira. No passado, tanto ele como Teixeira foram acossados pelo então
delegado Protógenes Queiroz, que investigava a chamada Máfia do Apito.
Depois disso, Protógenes se tornou consultor da CBF, na Suíça, e o caso
foi esquecido.
Ao que tudo indica, a operação foi conduzida pela ala da
PF que é rival de Protógenes. Hoje, o superintendente é Roberto Troncon,
que ajudou a afastá-lo, na época da Satiagraha. Protógenes, que é
deputado federal (PC do B/SP) vinha recolhendo assinaturas para criar a
"CPI da Polícia Federal". Clima na instituição é de guerra.
Na sexta-feira passada, a PF deflagrou a Operação Porto
Seguro, que desarticulou uma quadrilha especializada na venda de
pareceres jurídicos de órgãos estatais. Nela, até a ex-secretária de
Lula, Rosemary Nóvoa de Noronha, foi atingida.
O delegado Roberto Troncon foi também o responsável por
esta operação e é um dos principais defensores da autonomia da Polícia
Federal em relação ao próprio Ministério da Justiça, transformando a PF
numa instituição de Estado e não de governo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário