Partido liderado por Ehud Barak cresceu na inteção de voto dos israelenses, de acordo com as pesquisas mais recentes
Agência Efe (26/11)
O ministro de Defesa de Israel, Ehud Barak, declarou que vai deixar a vida política em coletiva de imprensa surpresa
O ministro de Defesa de Israel, Ehud Barak, anunciou nesta segunda-feira (26/11) que vai deixar a vida política para se dedicar a família em um inesperado momento. Com apenas dois meses para o acontecimento das eleições gerais, pesquisas apontam que o partido do ex-premiê cresceu em popularidade nos últimos dias.
Em coletiva de imprensa surpresa, o ministro explicou que permanecerá em seu cargo atual até a constituição de um novo governo depois do pleito do dia 22 de janeiro. Barak, considerado um dos políticos mais importantes do país e que já ocupou o posto de primeiro-ministro, ainda acrescentou que não vai concorrer nas próximas disputas eleitorais.
“Eu sinto que esgotei minha atividade política, que nunca foi meu principal objeto de desejo”, disse ele que irá completar 71 anos em fevereiro. “Eu acredito que esta decisão é importante para abrir caminho para novos rostos – uma mudança nas posições de poder é uma coisa boa", acrescentou.
Depois de apoiar a coalizão governamental de Benjamin Netanyahu, do Likud, o militar rompeu com o Partido Trabalhista de Israel e criou o Partido Independente em 2011.
Recentemente, a legenda cresceu nas intenções de votos dos israelenses, que ficaram satisfeitos pela atuação de Barak na última operação do país na Faixa de Gaza. Segundo as enquetes, o partido deveria vencer pelo menos quatro cadeiras no parlamento de Israel, ganhando espaço para compor a próxima coalizão governista.
Além de alterar o quadro político nacional, a decisão do ministro de se afastar das atividades políticas nas vésperas das eleições gerais foi vista com surpresa e repercutiu entre as autoridades israelenses.
Repercussão política
Em um comunicado divulgado depois do anuncio, o premiê afirmou que respeita a decisão do ministro. Netanyahu ainda agradeceu os anos de empenho de Barak nas questões de segurança nacional e elogiou o seu trabalho.
Tzipi Livni, líder da oposição no Parlamento de Israel, lamentou a saída do ministro. “Barak contribuiu ao estado como um soldado, comandante, ministro e primeiro-ministro, e os cidadãos de Israel devem muito a ele”, disse ela segundo o Haaretz. “Apesar das diferenças que tivemos, eu sempre respeitei a sua preocupação verdadeira com o futuro de Israel e eu desejo, do fundo do meu coração, que ele tenha sucesso nesse novo capítulo de sua vida”.
Shelly Yacimovich, líder do Partido Trabalhista, também reconheceu o papel desenvolvido por Barak e lamentou sua decisão de deixar a política. “Ele já fez mais às Forças de Defesa de Israel e à segurança do estado que o público pode imaginar”, disse ela.
Operação na Palestina e divergências
Barak desenvolveu um importante papel na última investida militar israelense na Faixa de Gaza, lutando pelo acordo de cessar-fogo com os palestinos mediado pelo governo egípcio. O ministro de Defesa discordou do ministro das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, e de muitos membros do partido de Natanyahu que exigem a sua demissão.
O oficial não deixou claro, no entanto, se irá descartar a indicação a algum cargo no próximo governo já que nem todos os ministros precisam ocupar assentos no parlamento.
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