Por Dominic Evans
BEIRUTE, 21 Fev (Reuters) -
Um carro-bomba matou 53 pessoas e deixou 200 feridos na região central
de Damasco, nesta quinta-feira, ao ser detonado em uma rua movimentada
perto de escritórios do partido governista Baath e da embaixada da
Rússia, disse a TV síria.
Imagens de televisão mostraram corpos ensanguentados espalhados
pela rua após a explosão, que a mídia estatal descreveu como um atentado
suicida cometido por "terroristas" que combatem o presidente Bashar
al-Assad.
A região central de Damasco tem ficado relativamente distante do
conflito de quase dois anos que já matou cerca de 70.000 pessoas em todo
o país, de acordo com a ONU.
Mas os rebeldes que controlam bairros ao sul e leste da capital
passaram a atacar o centro do poder de Assad há quase um mês, e têm
realizado alguns bombardeios devastadores.
O grupo rebelde Al Jabhat Nusra, ligado à Al Qaeda, assumiu a responsabilidade por vários desses ataques.
A explosão desta quinta-feira, que segundo ativistas foi seguida
por pelo menos três outras explosões em diferentes lugares de Damasco,
resultou numa espessa nuvem de fumaça negra no céu sobre o distrito de
Mazraa.
Ativistas disseram que a maioria das vítimas era de civis,
incluindo crianças possivelmente de uma escola localizada atrás do
prédio do Baath.
A agência de notícias russa Itar-Tass citou um diplomata dizendo
que a explosão estourou janelas da embaixada russa, que está de frente
para a rua onde houve a explosão, mas ninguém ficou ferido.
"O prédio foi realmente danificado... As janelas estão destruídas", disse o diplomata.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, um grupo britânico
que monitora a violência na Síria, disse que o carro-bomba explodiu
perto de um edifício do partido Baath, cerca de 200 metros ao sul da
embaixada russa, e que a explosão causou ao menos 31 mortes.
(Reportagem adicional de Laila Bassam em Beirute e de Alissa Carbonnel em Moscou)
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