sábado, 30 de março de 2013

Coreia do Norte anuncia que está em "estado de guerra" com o Sul 30/03/2013

Decisão foi divulgada um dia depois do presidente norte-coreano ordenar a preparação de mísseis para eventual ataque

A Coreia do Norte anunciou na noite desta sexta-feira (29/03, já no sábado, segundo o horário local) que entrou em "estado de guerra" e advertiu para um "combate em grande escala" fora da região, através de um comunicado da agência estatal norte-coreana KCNA.

"A partir de agora, as relações Norte-Sul entrarão em estado de guerra e os assuntos que surjam serão tratados de acordo com isso", assinalou o regime através de um anúncio especial publicado na agência estatal.

Agência Efe

O presidente Kim Jong-un já havia pedido a preparação de mísseis para atacar "a qualquer momento"


Por meio de um comunicado, o governo norte-coreano afirmou que "a situação na qual não há nem guerra nem paz na península de Coreia terminou".

As duas Coreias estão tecnicamente em guerra desde o conflito de 1950-53, que terminou com um armistício e não com um tratado de paz.

O documento advertiu ainda para um "combate em grande escala" para além da região, caso a Coreia do Sul e os EUA continuem com suas atividades militares na zona desmilitarizada entre as duas Coreias.

Segundo a KCNA, que atua como porta-voz do regime, o anúncio especial de hoje foi emitido pelo Partido dos Trabalhadores, por ministros e outras instituições. Estes anúncios se emolduram na campanha de ameaças que o regime de Pyongyang dirige contra Coreia do Sul e EUA desde que no último dia 7 de março, quando a ONU divulgou novas sanções ao país comunista por seu último teste nuclear de fevereiro.

Nessas sanções, a China, principal aliado da Coreia do Norte, respaldou e apoiou a penalização contra Pyongyang, uma manobra que, segundo os analistas, aprofundou o isolamento e a incapacidade para antecipar sua inesperada resposta.

Nesta mesma semana a Coreia do Norte anunciou a suspensão da única linha de comunicação militar que mantinha com Coreia do Sul e que administra o acesso ao complexo industrial comum de Kaesong, no meio de uma escalada de tensão entre os dois países.

(*) com agências internacionais

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