PPS defende renúncia coletiva contra Feliciano
Partido vai entrar com processo no Conselho de Ética da Câmara contra o pastor evangélico, presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias; ação do deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA) alegará que Marco Feliciano (PSC) quebrou o decoro parlamentar ao usar irregularmente verbas de sua cota parlamentar; requerimento sugerindo a renúncia coletiva dos membros da comissão visa novo processo de escolha do presidente; Feliciano tem sido alvo diário de protestos, que o acusam de racista e homofóbicoOutra ação do partido, paralela ao processo no Conselho de Ética, é protocolar um requerimento sugerindo a renúncia coletiva dos membros da comissão. O ato, de acordo com o partido, permite que haja um novo processo de escolhe do presidente do colegiado. Acusado de racista e homofóbico por suas declarações, Marco Feliciano tem sido alvo diário de protestos no Congresso e em outros pontos do país, como a reunião de artistas como Wagner Moura e Caetano Veloso no Rio, que também pediu sua saída do cargo.
O presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), chegou a dizer que a situação estava "insustentável", e pediu para que o PSC resolvesse o caso. O partido, porém, manteve Feliciano na presidência da comissão. O pastor também resiste a deixar a posição, mesmo diante da pressão, e nesta quarta-feira pediu a prisão de uma manifestante, alegando que havia sido chamado de racista. Na opinião de Jordy, que é suplente na comissão, não há mais espaço para um acordo político que resolva a questão.
"Nós temos instrumentos para resolver o imbróglio. A situação é insustentável, a ponto de o pastor mandar prender quem exerce o direito da livre manifestação. Passou do limite do admissível. Vamos ao Conselho de Ética e também pediremos renúncia coletiva dos membros da comissão", afirmou. Segundo o parlamentar, a renúncia de metade mais um dos membros da comissão forçaria uma nova composição do colegiado e uma nova eleição para a escolha do presidente, por isso sua sugestão de demissão coletiva.
"Não tenho mais o que fazer"
Depois que o PSC decidiu apoiar a permanência de Feliciano, o presidente da Câmara praticamente entregou os pontos e parece não acreditar mais na substituição do deputado na presidência do colegiado. "Não tenho mais o que fazer. Voltarei a reunir os líderes na terça-feira para tentarmos, juntos, encontrar uma solução, mas o regimento interno não permite nada se ele não quiser sair", afirmou Alves.
O partido vinha negociando com o peemedebista a saída de Feliciano, mas mudou seu discurso nessa semana. Eduardo Alves acredita que possa ter havido interferência da Executiva Nacional da legenda para motivar o novo posicionamento da bancada de deputados, de acordo com nota do Radar Online. "Feliciano não sabe separar o pastor do deputado. Por isso, a comissão não está funcionando, não tem reuniões, todo dia é um tumulto terrível", lamentou o presidente da Casa.
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