A grande surpresa das eleições de 2014
poderá ser mesmo a candidatura do presidente do Supremo Tribunal
Federal, Joaquim Barbosa. Mas não à presidência da República, como se
especulava, e nem como vice do senador Aécio Neves (PSDB-MG). O convite
feito a ele na cerimônica do Grande Colar da Inconfidência, em Ouro
Preto, no último domingo, diz respeito ao Palácio da Liberdade; será que
o midiático Barbosa, que hoje teme a revisão do julgamento da Ação
Penal 470, irá ceder à tentação da mosca azul?
247 - Uma informação bombásctica
começa a ser sussurrada nos meios políticos mineiros: a de que o
presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, foi, sim,
convidado pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) e pelo governador Antonio
Anastasia, também tucano, para ingressar na política. Mas não como vice
de Aécio, conforme se especulava. A notícia supreendente é outra. Se
estiver disposto a trocar a toga pelo palanque, o mineiro de Paracatu
(MG), que no último domingo recebeu o Grande Colar da Inconfidência,
maior comenda de Minas Gerais, em Ouro Preto, terá apoio de Aécio e
Anastasia para concorrer ao Palácio da Liberdade.
Com esse movimento, Aécio poderia associar sua imagem à de
um personagem que, embora polêmico, ainda desfruta de boa popularidade
junto a diversos setores da sociedade. No último fim de semana, o
colunista Elio Gaspari afirmou que Barbosa poderá deixar o Judiciário,
posando de herói, caso haja a revisão dos resultados da Ação Penal 470 –
uma hipótese cada vez mais provável, nesta fase de apresentação dos
embargos.
Gaspari cogitou uma candidatura presidencial, enquanto
Claudio Humberto informou que Barbosa poderia ser vice de Aécio. Mas
esta hipótese foi descartada, pelo próprio Anastasia, em entrevista ao
247. Segundo ele, em sua chapa, Aécio deveria buscar uma composição que
agregue mais do ponto de vista regional – e não faria sentido ter dois
mineiros, um de São João del Rey e outro de Paracatu na mesma chapa.
Localmente, o PSDB, que já está na sua terceira gestão
consecutiva em Minas (duas com Aécio e uma com Anastasia, que não tem
direito à reeleição, por ter assumido antes), não tem uma candidatura
natural. Cogitava-se o nome do vice Alberto Pinto Coelho, do PP, e
também do deputado Marcus Pestana (PSDB-MG). Joaquim Barbosa, no
entanto, vem sendo considerado a opção com maior potencial, por,
supostamente, representar o "novo" – carimbo que Aécio também pretende
ter em sua disputa nacional.
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