Do MST
Uma comissão do MST fez uma 
audiência com o prefeito de São Paulo Fernando Haddad, na manhã de 
sexta-feira (19/4), na sede da Prefeitura. O MST apresentou a Haddad 
produtos produzidos por cooperativas organizadas em áreas da Reforma 
Agrária, que são a base da alimentação de alunos matriculados nas 
escolas em diversas prefeituras, por meio do Programa Nacional de 
Alimentação Escolar (PNAE).
“A
 prefeitura de São Paulo tem colocado dificuldades para a compra 
alimentos da reforma agrária para a merenda escolar e para os programas 
sociais. A gestão anterior não tinha essa preocupação. No entanto, o 
prefeito Haddad acenou positivamente e ficou muito impressionado com a 
nossa capacidade de produção”, disse o dirigente do MST Delwek Mateus.
A
 Lei nº 11.947/2009 determina a utilização de, no mínimo, 30% dos 
recursos repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação 
(FNDE) para alimentação escolar, na compra de produtos da agricultura 
familiar, priorizando os assentamentos de reforma agrária. 
Apenas
 no estado de São Paulo, as cooperativas do MST já fornecem alimentos 
para a alimentação escolar para as prefeituras de São Bernardo, 
Guarulhos, Campinas, São Caetano do Sul, Suzano, Ribeirão Pires, 
Mairiporã, Praia Grande, São Vicente, Guarujá, Registro, Bauru, 
Ourinhos, Sertãozinho, Araras, Ibiúna, Pederneiras, Itapeva e Porto 
Feliz.
Os
 alimentos fornecidos são arroz orgânico e convencional, feijão, 
macarrão, leite de caixinha e em pó, achocolatado, suco de uva, iogurtes
 e queijo mussarela, entre outros. Em São Bernardo, o MST abastece 100% 
da demanda de arroz e feijão, garantindo a alimentação de todas as 
crianças e jovens do ensino municipal.
Em
 alguns municípios, as prefeituras tem sido coniventes com empresários 
da área de distribuição de alimentos, que atuavam como intermediários, 
criaram cooperativas de fachada para disputar as chamadas públicas, 
desrespeitando a lei.
O MST solicitou também a intervenção da prefeitura para garantir a 
permanência de 45 famílias que vivem desde 2002 no assentamento Irmã 
Alberta, localizado na região de Perus, na cidade de São Paulo. A área é
 de propriedade da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo
 (Sabesp), que tem colocado obstáculos para a cessão da área.
João
 Pedro Stedile, da Coordenação Nacional do MST, apresentou ao prefeito 
as prioridades políticas do Movimento para o próximo período, como o 
assentamento das famílias acampadas e o desenvolvimento dos 
assentamentos, as campanhas pela democratização da comunicação e pela 
reforma política e a luta contra os leilões do petróleo.
“O MST é
 um movimento democrático, que tenho todo o respeito e prazer em 
receber”, disse o prefeito no final da reunião, depois de colocar o boné
 do Movimento para tirar uma foto.
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