EUA lamentam expulsão de agência americana da Bolívia
O presidente da Bolívia, Evo Morales,
anunciou ontem a expulsão da Agência Americana para o Desenvolvimento
Internacional (Usaid, na sigla em inglês), em protesto contra uma
declaração do secretário de Estado John Kerry de que a América Latina é o
"quintal" dos Estados Unidos.
- Hoje vamos nacionalizar apenas a dignidade do povo boliviano - disse Morales durante evento pelo Dia do Trabalhador em La Paz, em referência às nacionalizações de empresas em anos anteriores e sempre anunciadas no feriado.
Em 2008, o governo boliviano expulsou do país a DEA, agência antidrogas americana. Após o anúncio de Morales ontem, o porta-voz do Departamento de Estado americano, Patrick Ventrell, disse que a Bolívia não está interessada em uma relação de "respeito mútuo, diálogo e cooperação".
Kerry fez o comentário que motivou a expulsão da Usaid no último dia 18, durante audiência no Congresso. "É nosso quintal, nossa vizinhança", disse o secretário ao criticar os cortes na ajuda americana aos países da América Latina, respondendo a um senador que perguntou sobre a influência dos EUA na região.
- Hoje vamos nacionalizar apenas a dignidade do povo boliviano - disse Morales durante evento pelo Dia do Trabalhador em La Paz, em referência às nacionalizações de empresas em anos anteriores e sempre anunciadas no feriado.
Em 2008, o governo boliviano expulsou do país a DEA, agência antidrogas americana. Após o anúncio de Morales ontem, o porta-voz do Departamento de Estado americano, Patrick Ventrell, disse que a Bolívia não está interessada em uma relação de "respeito mútuo, diálogo e cooperação".
Kerry fez o comentário que motivou a expulsão da Usaid no último dia 18, durante audiência no Congresso. "É nosso quintal, nossa vizinhança", disse o secretário ao criticar os cortes na ajuda americana aos países da América Latina, respondendo a um senador que perguntou sobre a influência dos EUA na região.
EUA
Os Estados Unidos lamentaram
"profundamente" nesta quarta-feira a decisão do presidente da Bolívia,
Evo Morales, de expulsar do país à Agência americana para o
Desenvolvimento Internacional (Usaid). O país também advertiu que seu
maior efeito será sobre o povo boliviano que se beneficiava de seus
programas.
"Os Estados Unidos lamentam profundamente
a decisão boliviana de expulsar a Usaid, e rejeitamos as acusações (de
intervenção) feitas pelo governo boliviano", disse o porta-voz do
Departamento de Estado, Patrick Ventrell, em entrevista coletiva. Ele
assegurou que os programas da Usaid "ajudavam a melhorar as vidas de
bolivianos comuns", por isso "os mais feridos pela decisão serão os
bolivianos".
Assegurou que esses programas,
implementados desde 1964 e centrados em sua maioria nas áreas de
educação, meio ambiente e saúde, "foram coordenados em sua totalidade
com o governo boliviano em conformidade com seu plano nacional" de
desenvolvimento. Ventrell não descartou que os Estados Unidos possam
tomar alguma medida em reação à expulsão da agência, ao dizer que o
governo de Barack Obama "se reserva" essa possibilidade.
O porta-voz reagiu, além disso, à
irritação causada no governo boliviano pela declaração de
algumas semanas do secretário de Estado americano, John Kerry, em que se
referiu à América Latina como o "quintal" de Washington. "Não deveriam
(sentir-se ofendidos), porque essa não é a intenção. A única intenção
era simplesmente implicar que são vizinhos e amigos", ressaltou
Ventrell.
Morales justificou a decisão de expulsar a Usaid, o que vinha ameaçando fazer há anos, por sua suposta "intromissão política" e "conspiração" contra o "processo" que desenvolve seu governo, e a acusou de "manipular politicamente e economicamente".
Morales justificou a decisão de expulsar a Usaid, o que vinha ameaçando fazer há anos, por sua suposta "intromissão política" e "conspiração" contra o "processo" que desenvolve seu governo, e a acusou de "manipular politicamente e economicamente".
A medida aumenta a tensão nas relações
entre Estados Unidos e Bolívia, debilitadas desde que Morales expulsou
em 2008 à Agência Antidrogas Americana (DEA) e ao então embaixador de
Washington em La Paz, Philip Goldberg, a quem acusou de conspirar contra
seu governo.
O governo boliviano disse várias vezes
que as ONGs supostamente financiadas pela Usaid são "espiãs" dos EUA e
as acusou de tentar frear vários projetos e de exploração de recursos
naturais na Bolívia, usando para isso os povos indígenas, o que os
Estados Unidos sempre negaram.
Nenhum comentário:
Postar um comentário