Enviado por Miguel do Rosário
Eu já tinha ouvido falar da pesquisa Ibope sobre Jango, mas só hoje li esse post do Nassif, que faz alguns comentários políticos sobre a conjuntura daquela época, e lembra que outros países viveram situações similares, com grupos políticos aliando-se a corporações de mídia para aplicar golpes de Estado. Foi o que aconteceu ao Brasil.
Neste ano de 2014 que se inicia, esperemos que as comissões de verdade, tanto a nacional quanto as regionais, se dediquem mais à estudar a origem do golpe de 64: a construção de uma opinião pública artificial, baseada em meia dúzia de colunistas de jornal, numa alquimia esperta para ludibriar a soberania de centenas de milhões de brasileiros.
Em outras palavras, a mídia enganou, deliberadamente, o Brasil. Mentiu descaradamente, porque participava das conspirações para o golpe, e depois continuou mentindo, dizendo ao povo que a “democracia estava sendo restaurada”, quando acontecia o contrário: a democracia dava lugar ao totalitarismo, ao arbítrio e à truculência política.
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Segundo o Ibope, Jango teria sido reeleito em 65
dom, 29/12/2013 – 06:00 – Atualizado em 30/12/2013 – 13:21
Por Luis Nassif, em seu blog
A primeira vez que ouvi falar nas pesquisas do Ibope sobre o governo Jango foi em um congresso da Wapor (a associação latino-americana de pesquisas de opinião) em Belo Horizonte. Participei de um debate sobre o novo papel dos blogs junto à opinião pública. Um dos papers apresentados mencionava dados gerais da pesquisa, localizada nos arquivos que o Ibope doou à Unicamp.
Nesta semana, na Carta Capital, há uma entrevista de Rodrigo Martins com o historiador Luiz Antônio Dias sobre as pesquisas. Os números são impressionantes:
· Em junho de 1963, Jango era aprovado por 66% da população de São Paulo, desempenho superior ao do governador Adhemar de Barros (59%) e do prefeito Prestes Maia (38%).
· Pesquisa de março de 1964 revela que, caso fosse candidato no ano seguinte, Goulart teria mais da metade das intenções de voto na maioria das capitais pesquisadas. Apenas em Fortaleza e Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek tinha percentuais maiores
· Havia amplo apoio à reforma agrária, com um índice superior a 70% em algumas capitais.
· Pesquisa na semana anterior ao golpe, realizada em São Paulo a pedido da Fecomercio, apontava que 72% da população aprovava o governo Jango.
· Entre os mais pobres a popularidade alcançava 86%.
· 55% dos paulistanos consideravam as medidas anunciadas por Goulart no Comício da Central do Brasil, em 13 de março, como de real interesse para o povo.
· Entre as classes A e B, a rejeição a Goulart era um pouco maior em 1964. Ao menos 27% avaliavam o governo como ruim ou péssimo na capital paulista.
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É o mais contundente documento até agora divulgado sobre o desproporcional poder político dos grupos de mídia na democracia brasileira e latino-americana no século 20.
Quase todas as ditaduras latino-americanas foram implementadas por meio de golpes de Estado legitimados por um suposto apoio da opinião pública. E esse apoio era medido exclusivamente pelo volume de notícias veiculados nos grupos de mídia, e pela mobilização que conseguiam em algumas classes sociais. Um enorme espectro da opinião pública passava ao largo desse jogo restrito.
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Depois da redemocratização, houve vários golpes de Estado institucionalizados no continente, não apenas contra governos ditos de esquerda – como o fracassado golpe contra o venezuelano Hugo Chávez – como contra governos tidos como de direita – Fernando Collor, no Brasil, Carlos Andrés Perez, na Venezuela.
Em todos os episódios, juntavam-se interesses contrariados de grupos políticos e de grupos de mídia. Levantavam-se denúncias sólidas ou meros factoides, criava-se a atoarda, passando a sensação de que a maioria da opinião pública desejava a queda do governante.
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O ponto mais relevante das pesquisas do Ibope é mostrar que a chamada opinião pública midiática sempre foi um segmento minoritário indo a reboque de uma aliança que incluíam os grupos de mídia, alguns partidos conservadores e alguns interesses do grande capital.
Esse modelo, que domina o debate econômico e político em todo século 20, chega ao fim com o advento das redes sociais.
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Este blogue não concorda com o Golpe. RESISTÊNCIA JÁ A morte da Marisa, não é diferente da morte dos milhares no Iraque, invadido, na Líbia destroçada, entre outros, as mãos são as mesmas, acrescentadas dos traidores locais.
terça-feira, 31 de dezembro de 2013
A arrogância de um magistrado e as redes sociais 31/12/2013
Por Ricardo sousa
Bom dia, caro Luis Nassif. Sou leitor assíduo do seu blog e venho utilizar esse espaço para relatar um fato ocorrido em Natal (RN) no último domingo (29), que retrata com muita clareza o nível de afastamento que os juízes e desembargadores têm da realidade social e da boa convivência com a cidadania. Vamos ao fato.
Domingo pela manhã, na ensolarada Natal, várias pessoas tomam café na padaria Mercatto, um dos mais bonitos e aconchegantes espaços para uma boa refeicão matinal na minha cidade. Pessoas das mais variadas atividades se encontram no local. Nesse domingo, especialmente, a casa astava lotada, pois estamos em final de ano e vivemos uma época de reencontro e confraternização familiar.
Em uma das mesas encontra-se o desembargador Dilermano Mota, futuro presidente do TRE (Tribunal regional Eleitoral), juntamente com sua família e amigos. O filho do magistrado pede água, e o mesmo, gelo. O garçom, que procurava atender da melhor forma as várias mesas ocupadas, tenta cumprir sua missão. No entanto, a autoridade reclama que queria a água em copo de vidro e que ele não tinha trazido o gelo. O funcionário se afasta para refazer, ou melhor contornar o problema, e é seguido pelo desembargador, que, aos gritos, humilha o rapaz, exige que o mesmo olhe em seus olhos, afirma que é uma autoridade e que pode prendê-lo. E, na frente de todos, dá um show de autoritarismo, falta de educação, falta de respeito ao próximo e outros requisitos que são indispensáveis a um cidadão e fundamentais a um membro da Justiça.
Um cidadão que se encontrava à mesa vizinha se revolta com o fato, e imediatamente, intervém e protesta aos gritos, afirmando que não aceitaria esse tipo de humilhação a que estava sendo submetido o garçom. Nesse momento várias pessoas já filmavam o ocorrido e a situação ficava cada vez mais séria.
O magistrado disse que iria prender o cliente, e chamou a polícia. Em pouco tempo, caro Nassif, quatro viaturas, isso mesmo quatro viaturas, vieram cumprir a missão. O desembargador, aos gritos, exigia ao oficial que prendesse o cidadão. No entanto, os clientes se rebelaram e, em coro, disseram que quem deveria ser preso era o senhor juiz, ao ponto de uma senhora abraçar o cidadão e afirmar ao policial: "se for prendê-lo, vai me prender também".
A cena de autoritarismo ocorrria agora do lado de fora, onde o desembagador afirmava ao tenente que tinha sido desacatado ao mesmo tempo que o chamava de "cagão" por não cumprir sua ordem. Acuado, mas protegido por uma rede de cidadania, o cliente ficou dentro do estabelecimento e, com a ajuda de alguém, saiu do local.
A cena de autoritarismo ocorrria agora do lado de fora, onde o desembagador afirmava ao tenente que tinha sido desacatado ao mesmo tempo que o chamava de "cagão" por não cumprir sua ordem. Acuado, mas protegido por uma rede de cidadania, o cliente ficou dentro do estabelecimento e, com a ajuda de alguém, saiu do local.
Aí, começou o outro lado da história. As deploráveis cenas se alastraram nas redes sociais, a sociedade se soliridarizou com o senhor Alexandre Azevedo. Empresário de 44 anos, que só depois do ocorrido veio saber quem era a pessoa que tinha enfrentado. Recebeu apoio e emitiu uma nota, em que relata o fato.
O desembargador sentiu o golpe da velocidade da infrmação e tentou se explicar, minimizando o ocorrido com o funcionário e atribuindo o ocorrido a forte reação e destempero do cliente. A padaria emitiu um comunicado vaselinado, em que disse tudo para ficar em cima do muro e não se comprometer.
O desembargador sentiu o golpe da velocidade da infrmação e tentou se explicar, minimizando o ocorrido com o funcionário e atribuindo o ocorrido a forte reação e destempero do cliente. A padaria emitiu um comunicado vaselinado, em que disse tudo para ficar em cima do muro e não se comprometer.
A comunidade natalense em peso apoia o garçom da Mercatto, que foi colocado de folga para descansar enquanto a poeira baixa.
Mais um triste episódio protagonizado pelos imperadores da Justiça, que se acham mais importantes do que todos. No entanto, a sociedade a cada dia se revolta com essas atitudes, e reage mostrando que já não suporta esses atos.
Um grande abraço e feliz ano novo.
BRENO ALTMAN: CARTA DE ANO NOVO A TRÊS CAMARADAS 31/12/2013
"Vocês pagam o preço mais alto pela reação da oligarquia contra os que lutam pela emancipação de nosso povo. Derrotadas nas urnas desde a ascensão do presidente Lula, as forças conservadoras buscam incessantemente um atalho para deslegitimar a esquerda e recuperar o terreno perdido", diz o jornalista Breno Altman, em carta de Ano Novo, endereçada a José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares
31 DE DEZEMBRO DE 2013 ÀS 07:20
Carta de Ano Novo a três camaradas
A José Dirceu, José Genoino e Delubio Soares
Nasci em uma família na qual a palavra camarada sempre representou o valor supremo das relações humanas. Seu significado vai além de qualquer trato protocolar ou laço de sangue. Camarada é irmão de trincheira, parceiro de sonho, companheiro por quem se põe incondicionalmente a mão no fogo.
Tenho orgulho, como milhares de outros brasileiros, em podê-los chamar de meus camaradas. Nestas últimas horas do ano que se encerra, apropriadas para se pensar nas batalhas travadas e nas que ainda virão, esse sentimento de fraternidade e solidariedade é uma resposta ao partido do ódio e da covardia.
Vocês pagam o preço mais alto pela reação da oligarquia contra os que lutam pela emancipação de nosso povo. Derrotadas nas urnas desde a ascensão do presidente Lula, as forças conservadoras buscam incessantemente um atalho para deslegitimar a esquerda e recuperar o terreno perdido. Não é outra a razão de seu empenho para forjar a Ação Penal 470.
A partir de erros reais cometidos pelo Partido dos Trabalhadores, originários de um sistema político-eleitoral financiado pelo capital privado, fabricou-se uma das maiores farsas jurídicas da história de nosso país. Os setores mais retrógados da velha mídia e da corte suprema, de forma arbitrária e contra provas, deram curso a um processo de exceção.
Não há novidade neste estratagema. Da cabeça enferma do capitão integralista Olímpio Mourão Filho, depois general golpista em 1964, nasceu o Plano Cohen, nos idos de 1937, para justificar o Estado Novo e o banimento dos comunistas. O conservadorismo não esconde sua frustração pelo truque, dessa vez, não ter funcionado a contento. O chamado “mensalão”, afinal, não foi capaz de contaminar a vontade popular, apesar de ter golpeado duramente o PT.
Não tenho dúvidas que, mais cedo ou mais tarde, esta farsa terá o mesmo destino que outras fantasias reacionárias do mesmo naipe, como o Caso Dreyfus ou o Incêndio do Reichstag. A verdade acabará por prevalecer, desde que se lute incessantemente por seu restabelecimento. Foi dessa maneira que o tenente Alfred Dreyfus terminou inocentado da acusação de ter traído seu país. Também foi o bom combate que desmanchou a mentira sobre o papel do líder comunista Georgi Dimitrov nas chamas que consumiram o parlamento alemão, durante os primórdios da ditadura nazista.
O espírito de vingança e perseguição, que nutre o comportamento dos principais autores da AP 470, talvez seja um sinal que não está tão longe o dia no qual esta fraude estará definitivamente desmascarada. A raiva dos tiranetes, togados ou midiáticos, engravatados ou fardados, costuma ser a expressão reversa do medo de se verem nus, flagrados em suas manobras e intenções.
Esta gente gostaria de tê-los dobrados e cabisbaixos, apequenados como quem aceita a culpa e renega a identidade. Os punhos erguidos diante da Polícia Federal foram o símbolo maior de que a estatura histórica e moral dos camaradas presos é infinitamente superior a de seus algozes.
Aquela cena será a mais cálida lembrança do ano para inúmeros homens e mulheres que formam nas fileiras progressistas. O gesto de quem responde à dor e ao sacrifício com vontade inquebrável de resistir. De quem jamais se entrega.
Vou ficando por aqui. A vocês três, um grande abraço. Com votos de um bom ano novo para todos nós, queridos camaradas, cheio de saúde e esperança.
Breno Altman
31 de dezembro de 2013
Arábia Saudita proíbe comemorações do ano novo 31/12/2013
A polícia religiosa tem ordens para controlar os comerciantes, proibir os floristas de vender rosas vermelhas e outras lojas de presentes de vender ursos de peluche ou qualquer artigo que possa ser associado às festividades da passagem de ano.
ARTIGO | 30 DEZEMBRO, 2013 - 14:36
Entre outras ordens conhecidas desta comissão está uma proibição com restrições semelhantes ao Dia dos Namorados.
A polícia religiosa da Arábia Saudita tem ordens expressas do Governo para impedir as festividades do ano novo em todo o país. A restrição deve-se ao facto do regime teocrático ultraconservador de Riade seguir uma orientação restrita e fundamentalista do Islão, proibindo todos os cultos e rituais não islâmicos no país.
Assim, as forças de segurança receberam orientações para controlar os comerciantes, proibir os floristas de vender rosas vermelhas e outras lojas de presentes de vender ursos de peluche ou qualquer artigo que possa ser associado às festividades da passagem de ano.
A polícia religiosa tem como função o “controlo dos hábitos e costumes do povo”, sendo conhecida pelos seus frequentes abusos contra a população. No entanto, desde janeiro do presente ano, este órgão repressivo tem vindo a adotar uma postura mais moderada, segundo o que é hábito no país, principalmente desde que o clérigo Abtulatif bin Abdulaziz al-Sheik tomou posse, que proibiu o uso de carros sem placas pelos seus agentes.
Segundo o jornal local Orkaz, a ordem foi dada pela Comissão pela Promoção da Virtude e Prevenção do Vício, Mutawaa, que publicou uma fatwa (decreto religioso) de um comitê formado pelos principais clérigos da Arábia Saudita.
Entre outras ordens conhecidas desta comissão está uma proibição com restrições semelhantes ao Dia dos Namorados.
domingo, 29 de dezembro de 2013
Pronunciamento da Presidenta Dilma 29/12/2013
País termina 2013 melhor do que começou, diz Dilma em último pronunciamento do ano na TV
29/12/2013 - 20h30
Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília - No último pronunciamento nacional em cadeia de rádio e televisão do ano, a presidenta Dilma Rousseff procurou passar para população uma mensagem de otimismo para 2014. Em um balanço de 2013, Dilma frisou que país termina o ano “melhor do que começou”, mesmo passando por crises internas e externas.
Em um recado aos “críticos”, a presidenta disse que a “instalação da desconfiança” é muito ruim para o Brasil e que uma “guerra psicológica” pode inibir investimentos e retardar iniciativas.
Em pouco mais de 12 minutos, Dilma frisou que o Brasil tem motivos para esperar um 2014 “ainda melhor do que foi 2013”. “Sinto alegria de poder tranquilizar vocês dizendo-lhes que entrem em 2014 com a certeza que o seu padrão de vida vai ser ainda melhor do que você tem hoje, sem risco de desemprego, podendo pagar as prestações, em condições de abrir sua empresa ou ampliar seu próprio negócio”, disse a presidenta.
Aos jovens, Dilma pediu que “usem a fotografia do presente e do passado recente” para projetar um “futuro melhor”. Em relação à economia, a presidenta frisou que seu governo teve “ação firme”, cortou gastos e “garantiu” o equilíbrio fiscal, reduziu o preço da conta de luz e dos impostos.
“Nesses últimos casos, enfrentando duras críticas daqueles que não se preocupam com o bolso da população brasileira”, discursou em relação à oposição. Ela acrescentou que o governo está “firme” na luta contra a inflação na manutenção do equilíbrio das contas públicas. “Sabemos o que é preciso para isso e nada nos fará sair desse rumo”, frisou Dilma.
A presidenta lembrou ainda do processo de concessões de portos, aeroportos e rodovias que, segundo ela, estão “melhorando a infraestrutura, iniciando a mais ampla, justa e moderna parceria de todos os tempos com o setor privado”.
Dilma acrescentou que, em 2013, o governo viabilizou a exploração do pré-sal, o que vai garantir “fabulosos recursos” para a educação e a saúde. “Estamos fazendo um esforço redobrado nesta área [educação]. Além de garantir mais vagas e mais qualidade em todos os níveis de ensino, aumentamos o número de creches e escolas em tempo integral, universidades e escolas técnicas”, disse.
A presidenta disse que o Programa Mais Médicos levou 6.658 profissionais para 2.177 cidades e, em 2014, serão mais 13 mil médicos e 45 milhões de brasileiros beneficiados. No ano marcado pelos protestos de rua, a presidenta acentuou que o governo ampliou o diálogo com todos os setores da sociedade. “Escutamos seus reclamos implantando pactos para acelerar o cumprimento de nossos compromissos”, discursou.
Em recado direto a trabalhadores e empresários, ela se disse disposta a ouvi-los “em tudo que for importante para o Brasil.” Dilma frisou ainda que “apostar no Brasil é o caminho mais rápido para todos saírem ganhando”. Sem citar ações, Dilma ressaltou que o seu governo tem buscado apoiar “fortemente” as populações tradicionais, em especial os grupos indígenas e quilombolas. “Não deixamos, em nenhum momento, de lutar em favor de todos os brasileiros, em especial dos que mais precisam”, disse.
Reforçando o tom otimista para o próximo ano, a presidenta disse que o Brasil melhorou e pode melhor mais. “O Brasil será do tamanho que quisermos, do tamanho que imaginemos. Se imaginarmos um país justo e grande e lutarmos por isso, assim teremos”, prometeu Dilma.
Edição: Fábio Massalli
O dia em que os irmãos Lumière apresentaram o cinema ao mundo 29/12/2013
Milton Ribeiro (*)
No dia 28 de dezembro de 1895, dentro da primeira sala de cinema – que ainda existe –, chamada Eden, foi exibido o primeiro filme de todos os tempos, Arrivée d’un train em gare à La Ciotat (Chegada de um trem à estação da Ciotat). Em pouco menos de 60 segundos, a primeira plateia acompanhou a chegada de um trem à estação e viu alguns passageiros desembarcarem. Eles tinham tanta noção do que estava ocorrendo que várias pessoas simplesmente fugiram desesperadas para o fundo da sala com medo de serem atropeladas. Mais: as pessoas que foram filmadas não perderam tempo acenando para a câmera e nem desviaram o rosto a fim de manterem a privacidade. Ninguém sabia o que era aquilo e a imortal cena é perfeitamente natural. Em menos de sessenta segundos estava vista e encaminhada a revolução que criaria a sétima arte.
A primeira sala de cinema do mundo ainda funciona e alguns dos primeiros cinematógrafos podem ser vistos no Instituto Lumière, localizado na cidade francesa de Lyon.
Louis e Auguste eram filhos e empregados do fotógrafo e fabricante de películas Antoine Lumière, dono da Fábrica Lumière (Usine Lumière), na cidade francesa de Lyon. Antoine aposentou-se em 1892, deixando a fábrica entregue aos filhos. Seu cinematógrafo era uma máquina de filmar e projetor de cinema, invento que lhes foi sido atribuído mas que na verdade foi inventado por Léon Bouly, em 1892. Só que este perdeu a patente, de novo registrada pelos irmãos Lumière a 13 de Fevereiro de 1895. Deste modo, se a dupla de irmãos não foi a inventora de fato, foi de direito.
Como inventores do cinema, os irmãos Lumière juntam-se a Georges Méliès, que é considerado o pai do cinema de ficção e dos efeitos especiais. O perfil artístico de Méliès não encontrava correspondência em Louis e Auguste Lumière, que eram engenheiros que passaram a se dedicar à atividade cinematográfica produzindo pequenos documentários destinados à promoção e vendas do cinematógrafo. Pensavam que se tratava de uma ferramenta científica sem muito futuro comercial. Tinham uma vida pacata, casaram-se com duas irmãs e moravam todos na mesma mansão. Depois, antes e durante a 2ª Guerra Mundial, admiraram e apoiaram Benito Mussolini e o Marechal Pétain.
A palavra cinematógrafo vem do grego κίνημα – kinema (movimento) e γράφειν (descrição). Ele é uma evolução do cinetógrafo de 1888, obra do maior inventor de todos os tempos, Thomas Edison, que a considerou uma curiosidade e uma grande perda de tempo. Capaz de filmar e projetar películas, o aparelho dos Lumière foi tecnicamente superior a seus antecessores. Porém, os primeiro diretores de cinema não eram lá muito exigentes e experimentaram o novo aparelho filmando o que tinham por perto. La sortie des usines Lumière (A saída das indústrias Lumière) foi, assim, sua primeira obra. É, aliás, possível visitar o lugar exato em que ela foi filmada, um lugar ainda dedicado ao cinema: a Cinemateca de Lyon.
Uma dúzia de filmes foram produzidos em seguida pela dupla, dentre os quais L’arroseur arrosé (O regador regado), breve cena em que um rapaz se diverte às custas de um jardineiro, e o famoso e já citado L’arrivée d’un train en gare de La Ciotat (A chegada de um trem à estação de La Ciotat), que apavorou os espectadores, levando-os a crer que uma locomotiva de verdade se aproximasse deles.
Desta forma, desde o primeiro dia, o cinema documenta, distrai e assusta. Quando os irmãos Lumière enviaram operadores para os outros lugares do mundo, pedindo-lhes que lhes mandassem imagens, constataram que o cinema também poderia informar.
Assim como as palavras foram armazenadas em palimpsestos, depois em papel e livros, as imagens começaram pelas câmeras fotográficas. A primeira fotografia foi também tirada por um francês, Nicéphore Niépce, em 1826. O cinematógrafo nada mais é do que uma câmera fotográfica com a capacidade de gravar várias imagens em sequência sobre uma película, as quais, vistas no cinematógrafo, dão ideia de movimento.
Na verdade, a primeira projeção pública do invento, aquela de 28 de dezembro de 1895 no cinema Eden, ainda hoje situado em La Ciotat, no sudeste da França, foi bem simples, limitando-se ao filme que mostramos acima. A verdadeira divulgação do cinematógrafo, com publicidade e – vejam bem – já com entradas pagas, teve lugar em Paris, no Grand Café, situado no Boulevard des Capucines. O programa incluía dez filmes. A sessão foi inaugurada com a apresentação de La Sortie de l’usine Lumière à Lyon (A Saída da Fábrica Lumière em Lyon). No início da sessão, os irmãos Lumière explicaram o funcionamento do cinematógrafo. Depois o mostraram. As imagens em movimento tiveram uma enorme repercussão: L’Arrivée d’un train en gare de la Ciotat (Chegada de um Comboio à Estação da Ciotat), Le Déjeuner de Bébé (O Almoço do Bebé) e outros foram apresentados, incluindo os primeiros esboços cômicos, como o já citado L’Arroseur arrosé (O “Regador” Regado).
Ali começava o cinema, meio de expressão de alta influência em nossa cultura ao combinar várias artes mais antigas: o teatro, a encenação, a música, a fotografia e a literatura. Além disso, ele gerou as figuras de diretores, roteiristas, produtores e outras várias profissões técnicas. É todo um mundo que pode resultar em estilos artísticos muito diferentes, mas sempre muito representativos. Além disso, é um fenômeno econômico, fonte de entretenimento popular. As imagens animadas conferem aos filmes seu poder de comunicação universal. As dublagens ou as legendas, fizeram com que se tornasse mundialmente popular.
O uso da película dos Lumière na produção de filmes encontra-se em queda. Há aproximadamente dez anos, o cinema digital está em franco crescimento, tanto na tomada de imagens como na projeção. O digital permite, além disso, que os filmes circulem fora dos circuitos tradicionais de distribuição. Mas achamos que seus rebentos sempre serão chamados de cinema, como os dos irmãos Lumière.
O afago da Mão Invisível 29/12/2013
Quem não se diria um liberal diante da escravidão? Quem não defenderia a causa do capitalismo e da possível ascensão social em face dos estamentos feudais e aristocráticos que transformavam o nascimento em destino? Ética do trabalho, livre concorrência, meritocracia: que valores nos poderiam parecer mais universais?
Por Flávio Ricardo Vassoler*, na Carta Maior
Cenas: The godfather
Meados do século 19. Navios negreiros cruzam o Atlântico rumo ao Brasil. God save the Queen, Deus salve a Rainha: a Inglaterra, a polícia dos mares, ministra aulas práticas de trabalho assalariado ao estancar o fornecimento de escravos. Ganharás o pão com o suor do teu rosto.
O império ao longo de cujo horizonte o sol jamais se põe: eis a forma pela qual o império colonial inglês se autoemulava. Do Extremo Oriente à América, o sol jamais conseguia se esconder das possessões da Rainha Vitória.
O monopólio não é apenas a má consciência do liberalismo. O cartel pressupõe a livre concorrência: “venha trabalhar conosco!”
Estados Unidos da América, pátria das oportunidades, berço do liberalismo militante e anticolonial. Berço do self made man, o homem que se faz por si mesmo, o empreendedor. A formiga trabalhadora em face da cigarra monárquica. O sonho americano apregoa que o liberalismo se confunde com o próprio ímpeto de felicidade do homem.
O monopólio não é apenas a má consciência do liberalismo. O cartel pressupõe a livre iniciativa: “venha trabalhar para nós!”
Michael Corleone, o mafioso imortalizado por Al Pacino em O Poderoso Chefão (1972), direção de Francis Ford Coppola, é o maior leitor de Sir Adam Smith (1723-1790) e Jean de La Fontaine (1621-1695).
Enquanto o autor de A Riqueza das Nações concebe belas analogias newtonianas para dizer que as relações de mercado, como em um campo gravitacional, são regidas pela batuta da Mão Invisível em busca do equilíbrio, o carrasco beija a mão do Padrinho antes de ir ao mercado. Na era da livre iniciativa, a democracia transforma o coletor de impostos do rei em mais um assalariado.
A máfia não é apenas a má consciência do liberalismo. A máfia amputa a Mão Invisível.
Enquanto o criador da fábula da cigarra e da formiga narra que os primórdios do capitalismo transformam a castração do trabalho em segunda natureza dos homens ao condenar a cigarra aristocrática à morte invernal diante da formiga empreendedora que se mutila para sobreviver, Michael Corleone entende que o formigueiro precisa de um cão de guarda.
A máfia não é apenas a má consciência do liberalismo. A máfia é o próprio liberalismo sempre que as abstrações da livre concorrência precisam percorrer o corredor polonês da História. Sempre.
Não é à toa que Coppola dá início à trilogia d’O Poderoso Chefão com a passagem de poder de Marlon Brando a Al Pacino. Vito Corleone, o Pai, é o efetivo self made man. Michael, o Herdeiro, representa as multinacionais, a máfia como metástase, a aniquilação dos rivais.
Consta que a Royal Air Force, a Força Aérea da Rainha, levou à Alemanha de Hitler as noites brancas. As blockbusters, também conhecidas como arrasa quarteirões, eram bombas incendiárias que escarneciam da luz da lua. Michael Corleone nos ensina que o liberalismo inglês jamais se esqueceu de Nero. Cinéfilo inveterado, publicitário diletante e exímio filósofo da história, Michael Corleone considera que Blockbuster daria um ótimo slogan para sua franchising. Ele só não sabe, ainda, em que ramo atuar. A dúvida do Padrinho não decorre de insegurança. Afinal, que ramo do mercado não acolheria a blockbuster?
Blockbuster, a luva da Mão Invisível.
Quando Michael Corleone está no auge do poder, ele entende que é chegada a hora de misturar água e óleo: seus negócios precisam se tornar legítimos, sua trajetória empresarial precisa ser estudada em cursos de MBA. Ocorre que Joey Zaza, um empresário da nova generação, um mafioso pós-liberalismo, está incomodado com o monopólio corleônico. Ele não aceita que Michael Corleone se exima da máfia para passar a ser capa de revista. Ele quer a livre concorrência, ele quer que Michael Corleone abra a Mão Invisível. Como bom aluno da Escola Histórica do Liberalismo, Joey Zaza entende que é chegado o momento de ablockbuster voltar a ensinar a arte da partilha.
O Padrinho reúne os chefes das famílias mafiosas em um hotel de luxo. O Michael Corleone não quer mais apadrinhar cassinos e bordéis. “Para que eu me torne o empresário do ano, cada um de vocês receberá a sua parte de acordo com a participação na holding Corleone”. Todos se mostram sumamente felizes, Michael está prestes a limpar o nome da família Corleone, mas Joey Zaza entende que o liberalismo precisa da sabedoria do agricultor que lança mão do incêndio como prenúncio para a plantação.
Blockbuster, terra arrasada.
Joey Zaza aproveita o encontro dos mafiosos e, após simular um desentendimento com o Padrinho, deixa a luxuosa sala de reuniões encimada por uma cúpula de cristal para que um helicóptero comece a metralhar a velha geração.
A Mão Invisível salva Michael Corleone do atentado. Todos à sua volta querem acabeça de Joey Zaza. Todos vociferam contra “o jovem canalha que não respeita a tradição!” Súbito, o Padrinho silencia o clamor que o rodeia com a quintessência do liberalismo, o 11º mandamento que (re)produz a riqueza das nações:
− Nunca odeiem o seu inimigo. Nunca. O ódio entorpece a razão. O ódio embaralhao cálculo. Amigos próximos; inimigos à distância de um abraço. It’s all about business, falemos de negócios. Eu respeito o que Joey Zaza fez. O novo aniquila o velho. É a lei da natureza. É a lei do empreendedorismo. Qual a lição mais primordial da História? (Michael Corleone pigarreia para aprumar a voz antes de gravar a lápide da livre iniciativa.) Em verdade, em verdade vos digo: se a História tem algo a nos ensinar, caríssimos, é que qualquer um pode ser morto. Ninguém é intocável. Eis o afago da Mão Invisível.
*Flávio Ricardo Vassoler é escritor e professor universitário. Mestre e doutorando em Teoria Literária e Literatura Comparada pela FFLCH-USP, é autor de O Evangelho segundo Talião (Editora nVersos) e organizador de Dostoiévski e Bergman: o niilismo da modernidade (Editora Intermeios).
sábado, 28 de dezembro de 2013
Serviços secretos dos EUA trabalham para derrubar o presidente do Equador 28/12/2013
28/12/2013, [*] Nil Nikandrov, Strategic Culture
“U.S. Intelligence Planning to Oust the President of Ecuador”
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
Rafael Correa, Presidente do Equador
Rafael Correa é um dos presidentes latino-americanos que os círculos governamentais norte-americanos consideram incontroláveis e, portanto, especialmente perigosos. Para livrar-se desse tipo de político [eleito], Washington usa um vasto arsenal de meios, desde interferir no processo eleitoral até a eliminação física. Depois da estranha morte de Hugo Chavez, que liderava a resistência latino-americana contra o Império, é Correa que, cada dia mais, vem sendo visto como seu sucessor, o líder de “forças populistas” no continente.
No centro das atividades de política externa de Correa está o fortalecimento de organizações regionais latino-americanas nas quais não há representante dos EUA: a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e do Caribe (CELAC), a União das Nações Sul-Americanas (UNASUL), a Aliança Bolivariana para os Povos da América (ALBA) e outras. Correa sempre apoiou as iniciativas de Hugo Chávez que viabilizaram uma menor dependência da região em relação ao Império, o esvaziamento da Doutrina Monroe no Hemisfério Ocidental e a interação entre países latino-americanos com outros centros de poder. Nessa direção, o Equador está fixando um novo padrão e um exemplo, ao estabelecer relações amplas com China e Rússia nos campos político, econômico e militar. A presença dos EUA no país está diminuindo, e o governo Obama tenta romper essa tendência. O presidente Correa foi declarado principal responsável pela deterioração das relações EUA-Equador.
Foi Correa quem iniciou a campanha internacional contra a empresa Chevron. A Corte de Arbitragem em Haia dispensou a empresa de ter de pagar multas de vários bilhões de dólares por poluir a bacia do Rio Amazonas em território do Equador. Correa não aceitou a decisão, que o Equador considerou humilhante e injustificada. Visitou pessoalmente a zona do desastre e mostrou a jornalistas e câmeras de televisão as mãos cobertas de óleo cru deixado a vazar num antigo ponto de extração, e disse: “Esse é o resultado de a empresa usar aqui tecnologias ultrapassadas”.
Correa conclamou os consumidores a não comprar produtos da Chevron. Um tribunal equatoriano acolheu processo iniciado por índios que habitam a área do desastre ecológico, que exigiu que a empresa pagasse multa de 19 bilhões de dólares em danos ao meio ambiente e contra a saúde da população. Fazendo bom uso da grande experiência que acumulou nesses processos, Chevron conseguiu obter uma sentença favorável da Corte Internacional de Arbitragem em Haia.
UNASUL
Mas Correa não desistiu. Obteve o apoio da UNASUR e da ALBA e conclamou a comunidade internacional a manifestar solidariedade ao Equador. Já não há propriedades da empresa Chevron no Equador, mas a multa exigida pelos equatorianos poderá ser paga com propriedades da empresa na Argentina, Brasil ou Canadá – o que implica graves consequências financeiras para a empresa.
O governo Obama decidiu defender os interesses da Chevron a qualquer custo. Esse é um dos fatores pelos quais está direcionando os serviços secretos dos EUA para que deem solução radical ao “problema Correa”.
O presidente do Equador também trabalha contra o avanço da Aliança do Pacífico, um dos projetos geopolíticos dos neoliberais de Washington e que inclui México, Colômbia, Peru e Chile. A Aliança foi criada para neutralizar o bloco da ALBA, e a presença do Equador na ALBA não contribui para os objetivos estratégicos dos EUA naquela região do Pacífico.
A espionagem dos serviços secretos dos EUA contra o presidente do Equador é cada dia mais visível. Conversas telefônicas e comunicações em geral interceptadas no círculo mais próximo do presidente, de seus agentes de segurança e de sua escolta pessoal ajudam os norte-americanos a saber de todos os movimentos do presidente, eventos aos quais comparece, listas de participantes e sistemas de segurança. O monitoramento ininterrupto oferece farto material para identificar pontos de vulnerabilidade na organização da segurança. Recentemente, na sua já tradicional fala dos sábados, por televisão, o presidente Correa falou aos equatorianos sobre a suspeita concentração de pessoal militar na embaixada dos EUA em Quito.
Todas as embaixadas têm adidos militares – disse Correa. – A maioria, tem um. Mas aqui no Equador eles têm mais de 50!
Ricardo Patino
Disse também que instruiu o Ministro de Relações Exteriores, Ricardo Patino, que:
(...) verifique essa informação! Esse número gigante de militares norte-americanos aqui não é possível! Terão de reduzi-lo ao nível normal.
O presidente também exigiu que seja investigado um incidente na fronteira Equador-Colômbia, de queda de um helicóptero equatoriano, com vários militares dos EUA a bordo. A preocupação de Correa é compreensível; a base dos EUA em Manta foi fechada em 2009, mas assessores militares do Pentágono e agentes dos serviços secretos dos EUA continuam a manter operações em território equatoriano sem qualquer limitação.
A intensificação da espionagem e de atividades de subversão por agentes norte-americanos no Equador é óbvia. Segundo informação obtida de especialistas cubanos, divulgadas pelo site Contrainjerencia.com, só o número de agentes da CIA já dobrou, entre 2012-2013, na “base” equatoriana. Dúzias de novos agentes chegaram ao país. Operam não só a partir da embaixada dos EUA em Quito, onde há, no mínimo, uma centena de diplomatas (!), mas também usam o consulado em Guaiaquil. Para criar acomodações para o número crescente de agentes norte-americanos de espionagem (“pessoal de inteligência”) nessa importante cidade portuária, estrategicamente crucial, o Departamento de Estado teve de construir um novo prédio para o consulado, o qual, segundo agência de inteligência que colabora com o Equador, abriga o equipamento eletrônico da Agência de Segurança Nacional dos EUA. O cônsul dos EUA em Guaiaquil é David Lindwall, chegado ao país depois de ter servido no Iraque como Conselheiro de Assuntos Político-Militares. Lindwall também serviu como Adido Político nas embaixadas em Bogotá, Manágua, Tegucigalpa, Assunção e outras capitais latino-americanas.
“U.S. Intelligence Planning to Oust the President of Ecuador”
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
Rafael Correa, Presidente do Equador
Rafael Correa é um dos presidentes latino-americanos que os círculos governamentais norte-americanos consideram incontroláveis e, portanto, especialmente perigosos. Para livrar-se desse tipo de político [eleito], Washington usa um vasto arsenal de meios, desde interferir no processo eleitoral até a eliminação física. Depois da estranha morte de Hugo Chavez, que liderava a resistência latino-americana contra o Império, é Correa que, cada dia mais, vem sendo visto como seu sucessor, o líder de “forças populistas” no continente.
No centro das atividades de política externa de Correa está o fortalecimento de organizações regionais latino-americanas nas quais não há representante dos EUA: a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e do Caribe (CELAC), a União das Nações Sul-Americanas (UNASUL), a Aliança Bolivariana para os Povos da América (ALBA) e outras. Correa sempre apoiou as iniciativas de Hugo Chávez que viabilizaram uma menor dependência da região em relação ao Império, o esvaziamento da Doutrina Monroe no Hemisfério Ocidental e a interação entre países latino-americanos com outros centros de poder. Nessa direção, o Equador está fixando um novo padrão e um exemplo, ao estabelecer relações amplas com China e Rússia nos campos político, econômico e militar. A presença dos EUA no país está diminuindo, e o governo Obama tenta romper essa tendência. O presidente Correa foi declarado principal responsável pela deterioração das relações EUA-Equador.
Foi Correa quem iniciou a campanha internacional contra a empresa Chevron. A Corte de Arbitragem em Haia dispensou a empresa de ter de pagar multas de vários bilhões de dólares por poluir a bacia do Rio Amazonas em território do Equador. Correa não aceitou a decisão, que o Equador considerou humilhante e injustificada. Visitou pessoalmente a zona do desastre e mostrou a jornalistas e câmeras de televisão as mãos cobertas de óleo cru deixado a vazar num antigo ponto de extração, e disse: “Esse é o resultado de a empresa usar aqui tecnologias ultrapassadas”.
Correa conclamou os consumidores a não comprar produtos da Chevron. Um tribunal equatoriano acolheu processo iniciado por índios que habitam a área do desastre ecológico, que exigiu que a empresa pagasse multa de 19 bilhões de dólares em danos ao meio ambiente e contra a saúde da população. Fazendo bom uso da grande experiência que acumulou nesses processos, Chevron conseguiu obter uma sentença favorável da Corte Internacional de Arbitragem em Haia.
UNASUL
Mas Correa não desistiu. Obteve o apoio da UNASUR e da ALBA e conclamou a comunidade internacional a manifestar solidariedade ao Equador. Já não há propriedades da empresa Chevron no Equador, mas a multa exigida pelos equatorianos poderá ser paga com propriedades da empresa na Argentina, Brasil ou Canadá – o que implica graves consequências financeiras para a empresa.
O governo Obama decidiu defender os interesses da Chevron a qualquer custo. Esse é um dos fatores pelos quais está direcionando os serviços secretos dos EUA para que deem solução radical ao “problema Correa”.
O presidente do Equador também trabalha contra o avanço da Aliança do Pacífico, um dos projetos geopolíticos dos neoliberais de Washington e que inclui México, Colômbia, Peru e Chile. A Aliança foi criada para neutralizar o bloco da ALBA, e a presença do Equador na ALBA não contribui para os objetivos estratégicos dos EUA naquela região do Pacífico.
A espionagem dos serviços secretos dos EUA contra o presidente do Equador é cada dia mais visível. Conversas telefônicas e comunicações em geral interceptadas no círculo mais próximo do presidente, de seus agentes de segurança e de sua escolta pessoal ajudam os norte-americanos a saber de todos os movimentos do presidente, eventos aos quais comparece, listas de participantes e sistemas de segurança. O monitoramento ininterrupto oferece farto material para identificar pontos de vulnerabilidade na organização da segurança. Recentemente, na sua já tradicional fala dos sábados, por televisão, o presidente Correa falou aos equatorianos sobre a suspeita concentração de pessoal militar na embaixada dos EUA em Quito.
Todas as embaixadas têm adidos militares – disse Correa. – A maioria, tem um. Mas aqui no Equador eles têm mais de 50!
Ricardo Patino
Disse também que instruiu o Ministro de Relações Exteriores, Ricardo Patino, que:
(...) verifique essa informação! Esse número gigante de militares norte-americanos aqui não é possível! Terão de reduzi-lo ao nível normal.
O presidente também exigiu que seja investigado um incidente na fronteira Equador-Colômbia, de queda de um helicóptero equatoriano, com vários militares dos EUA a bordo. A preocupação de Correa é compreensível; a base dos EUA em Manta foi fechada em 2009, mas assessores militares do Pentágono e agentes dos serviços secretos dos EUA continuam a manter operações em território equatoriano sem qualquer limitação.
A intensificação da espionagem e de atividades de subversão por agentes norte-americanos no Equador é óbvia. Segundo informação obtida de especialistas cubanos, divulgadas pelo site Contrainjerencia.com, só o número de agentes da CIA já dobrou, entre 2012-2013, na “base” equatoriana. Dúzias de novos agentes chegaram ao país. Operam não só a partir da embaixada dos EUA em Quito, onde há, no mínimo, uma centena de diplomatas (!), mas também usam o consulado em Guaiaquil. Para criar acomodações para o número crescente de agentes norte-americanos de espionagem (“pessoal de inteligência”) nessa importante cidade portuária, estrategicamente crucial, o Departamento de Estado teve de construir um novo prédio para o consulado, o qual, segundo agência de inteligência que colabora com o Equador, abriga o equipamento eletrônico da Agência de Segurança Nacional dos EUA. O cônsul dos EUA em Guaiaquil é David Lindwall, chegado ao país depois de ter servido no Iraque como Conselheiro de Assuntos Político-Militares. Lindwall também serviu como Adido Político nas embaixadas em Bogotá, Manágua, Tegucigalpa, Assunção e outras capitais latino-americanas.
David Lindwall |
O nome de Lindwall aparece com alta ocorrência nos telegramas diplomáticos distribuídos por WikiLeaks. Qualquer rápida pesquisa nos telegramas assinados por ele obriga a concluir que Lindwall é experiente funcionário de carreira da CIA, muito informado sobre a América Latina, enviado ao Equador para resolver problemas muito sensíveis.
O presidente Correa várias vezes falou dos EUA como “potência arrogante” que tenta impor ao mundo o que entende que sejam “valores democráticos universais” e vive a dar aos outros “lições de moral e boas maneiras”. O presidente frequentemente repete que os EUA têm um dos sistemas eleitorais mais imperfeitos do mundo, que permite a eleição de candidatos derrotados nas urnas. Correa considera “insultantes” as tentativas da Agência de Desenvolvimento Internacional (USAID), para impor padrões da democracia norte-americana ao Equador e outros países, como se fossem colônias dos EUA. Recentemente, ao comentar o fim do financiamento que a USAID dava a projetos no Equador, no valor de 32 milhões de dólares, Correa sugeriu, não sem sarcasmo, que Washington aplicasse a mesma quantia para aprimorar a democracia norte-americana.
O escritório da USAID está deixando o Equador, mas as operações de espionagem dos EUA para desestabilizar o país continuam. Ao que tudo indica, novos ataques nessa área podem estar em conexão com planos de Correa para reduzir o tamanho das forças armadas e transferir parte do pessoal militar para as agências policiais. “Exércitos de dissidentes” anônimos já divulgaram declaração hostil a Correa e suas “tentativas para tomar o lugar de Chávez no continente”. Até o palavreado indica quais são as forças por trás da campanha que está sendo lançada contra Correa.
Durante levante policial em setembro de 2010, o presidente do Equador foi apanhado no fogo cruzado de atiradores postados em prédios; daquela vez, escapou ileso. É perfeitamente possível que a inteligência dos EUA esteja planejando coisa semelhante para futuro próximo. Afinal, depois dos ataques contra New York em 2001, as agências norte-americanas de espionagem receberam carta branca para eliminar todos os declarados inimigos dos EUA. Ninguém cancelou essa ordem.
_____________________
[*] Nil Nikandrov é um jornalista sediado em Moscou cobrindo a política da América Latina e suas relações com os EUA; crítico ferrenho das administrações neoliberais sobre as economias nacionais latino-americanas. Especializou-se em desmascar os esforços feitos pela CIA e outros serviços de inteligência ocidentais para minar governos progressistas na América Latina. Autor de vários livros - tanto de ficção e estudos documentais - dedicados a temas latino-americanos, incluindo a primeira biografia em língua russa de Hugo Chávez.
POSTADO POR CASTOR FILHO
No governo FHC, mídia “festejava” queda de 2% em vendas do Natal 28/12/2013
Autor: Miguel do Rosário
Alertado pelo último post do colega Eduardo Guimarães, achei a ediçãoda Folha onde se “comemora” a queda das vendas no Natal.
A matéria da Folha, de 26 de dezembro de 2001, começa assim:
*
FOLHA DE SÃO PAULO
26 de dezembro de 2001
Comércio de São Paulo “festeja” queda de 2% nas vendas
Para quem esperava uma queda nas vendas de até 5% em relação a 2000, o Natal deste ano foi bom. A avaliação é do presidente da Associação Comercial de São Paulo, Alencar Burti, ao prever que as vendas foram 2% menores do que as registradas no ano passado. (…)
*
Que gracinha, né?
E aí, quando registramos o melhor Natal da nossa história, a manchete da Folha na primeira página é essa:
E isso porque as vendas cresceram este ano! Imaginem se tivessem caído 2%, como em 2001! Qual seria a manchete? Suponho que seria algo assim:
Titulo da manchete: ALERTA VERMELHO! NATAL DESASTROSO ANUNCIA RECESSÃO EM 2014!
Subtítulo: VENDAS CAEM 2% E NATAL DO BRASIL TEM O PIOR DESEMPENHO DESDE O NASCIMENTO DE CRISTO!
Alertado pelo último post do colega Eduardo Guimarães, achei a ediçãoda Folha onde se “comemora” a queda das vendas no Natal.
A matéria da Folha, de 26 de dezembro de 2001, começa assim:
*
FOLHA DE SÃO PAULO
26 de dezembro de 2001
Comércio de São Paulo “festeja” queda de 2% nas vendas
Para quem esperava uma queda nas vendas de até 5% em relação a 2000, o Natal deste ano foi bom. A avaliação é do presidente da Associação Comercial de São Paulo, Alencar Burti, ao prever que as vendas foram 2% menores do que as registradas no ano passado. (…)
*
Que gracinha, né?
E aí, quando registramos o melhor Natal da nossa história, a manchete da Folha na primeira página é essa:
E isso porque as vendas cresceram este ano! Imaginem se tivessem caído 2%, como em 2001! Qual seria a manchete? Suponho que seria algo assim:
Titulo da manchete: ALERTA VERMELHO! NATAL DESASTROSO ANUNCIA RECESSÃO EM 2014!
Subtítulo: VENDAS CAEM 2% E NATAL DO BRASIL TEM O PIOR DESEMPENHO DESDE O NASCIMENTO DE CRISTO!
Suíça atesta: Marinho, ex-Covas (PSDB), recebeu propina da Alston 28/12/2013
SUÍÇA ATESTA: MARINHO RECEBEU PROPINA DA ALSTOM
Chefe da Casa Civil durante o governo do tucano Mário Covas em São Paulo, o hoje conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Robson Marinho teria recebido 1 milhão de dólares em propina, para julgar regulares os contratos da multinacional francesa Alstom; novos documentos, que devem chegar ao Brasil em fevereiro, vindos da Suíça, também complicam a vida de Jorge Fagali Neto, ex-diretor dos Correios do governo FHC, acusado de também favorecer a Alstom; por tal tarefa, recebeu da empresa cerca de 7,5 milhões de euros; informações são de reportagem da Istoé
28 DE DEZEMBRO DE 2013 ÀS 07:48
247 - Reportagem da revista Istoé que chegou às bancas neste fim de semana revela que, até fevereiro, novos documentos devem chegar ao Brasil, vindos da Suíça, que comprovam o envolvimento de tucanos no recebimento de propina paga pela multinacional francesa Alstom para obtenção de contratos com estatais na área de energia. A matéria, assinada por Pedro Marcondes de Moura, cita como envolvidos no caso Robson Marinho, chefe da Casa Civil durante o governo Covas, e Jorge Fagali Neto, ex-diretor dos Correios do governo Fernando Henrique Cardoso.
Marinho foi alçado pelo ex-governador tucano Mário Covas ao cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP). No exercício da função, teria julgado regulares contratos da Alstom em troca de suborno. Além de viajar com despesas pagas, Marinho recebeu, de acordo com promotores, 1 milhão de dólares em propina em uma conta na Suíça, bloqueada pela Justiça.
Ex-secretário de Transportes e diretor dos Correios na gestão FHC, Fagali Neto é acusado de usar o seu trânsito no tucanato para favorecer a Alstom. Para tanto, recebeu da empresa cerca de 7,5 milhões de euros, no banco Safdié, na Suíça.
Confira a matéria da Istoé na íntegra:
Arquivo Alstom
Chegam ao Brasil documentos da Suíça sobre o esquema de corrupção que originou o escândalo do Metrô paulista. São provas de que políticos do PSDB receberam propina da multinacional francesa em troca de contratos na área de energia
Pedro Marcondes de Moura
O PSDB paulista começará 2014 da mesma forma que terminou 2013: enrolado em um escândalo de corrupção. De acordo com promotores e procuradores ouvidos por ISTOÉ, em fevereiro está prevista a chegada ao Brasil de uma leva de documentos até então em posse de autoridades suíças. Eles comprovam, segundo os investigadores, o pagamento de propina pela multinacional francesa Alstom para obtenção de contratos com estatais da área de energia. A papelada inclui registros bancários e movimentações financeiras feitas no país europeu por suspeitos de se beneficiarem do esquema, como Robson Marinho, chefe da Casa Civil durante o governo Covas, e Jorge Fagali Neto, ex-diretor dos Correios do governo Fernando Henrique Cardoso. Até agora, dez pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal. Entre elas está o tucano Andrea Matarazzo, secretário estadual de José Serra e Mário Covas. O Ministério Público paulista e o Ministério Público Federal esperam a nova leva de documentos há três anos. Em agosto, quando estavam em vias de ser enviados, Robson Marinho e Fagali Neto ingressaram na Justiça suíça para impedir que as informações sobre suas contas chegassem às mãos dos responsáveis por investigar o caso no Brasil. Recentemente, no entanto, o pedido foi negado. Agora só falta a autorização do juiz do Tribunal Penal de Bellinzona, na Suíça, para que os papéis desembarquem no País.
Marinho foi alçado por Covas ao cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP). No exercício da função, teria julgado regulares contratos da Alstom em troca de suborno. Além de viajar com despesas pagas, Marinho recebeu, de acordo com promotores, US$ 1 milhão em propina em uma conta na Suíça, bloqueada pela Justiça. Seu patrimônio é extenso – inclui até uma ilha em Paraty, no Rio de Janeiro. Em uma leva de documentos já enviada, as suas iniciais (RM) aparecem em um memorando da Alstom que identifica os benefi-ciários da propina. Os indícios de seu envolvimento chamam a atenção. Em um trecho do documento em francês, RM aparece como "ex secretaire du governeur" ou ex-secretário do governador. Já outro diz que o dinheiro é destinado ao "le tribunal de comptes", Tribunal de Contas.
O desembarque dos documentos deve complicar também a situação de Jorge Fagali Neto. Ex-secretário de Transportes e diretor dos Correios na gestão FHC, ele é acusado de usar o seu trânsito no tucanato para favorecer a Alstom. Para tanto, recebeu da empresa cerca de 7,5 milhões de euros, no banco Safdié, na Suíça. O dinheiro, que está bloqueado, veio de outra conta no país: a Marília, aberta sob o número 18.626 no Multi Commercial Bank, atual Leumi Private Bank. Como ISTOÉ mostrou, ela foi usada para abastecer o esquema. Pelo envolvimento com a máfia do setor elétrico, Fagali foi indiciado pela Polícia Federal por corrupção passiva, entre outros crimes. As informações suíças devem dar mais subsídios às acusações. Irmão do ex-presidente do Metrô na gestão Serra, Fagali é alvo de suspeitas de ter operado também na área de transporte sobre trilhos com a Alstom e também com a multinacional Siemens. E-mails entregues por uma ex-secretária dele ao MP mostram sua proximidade com lobistas, servidores paulistas, políticos e empresas envolvidas no esquema disseminado nas sucessivas gestões do PSDB.
Em novembro, o crédito imobiliário superou os R$ 10,1 bilhões 28/12/2013
Abecip
Financiamentos Imobiliários - Valores: Em novembro, o volume de empréstimos para aquisição e construção de imóveis somou R$ 10,1 bilhões, 7,5% acima de outubro e 31% mais que o registrado no mesmo mês do ano passado.
Entre janeiro e novembro de 2013, os financiamentos imobiliários alcança-ram o montante de R$ 98,8 bilhões, estabelecendo um novo recorde histórico, em um nível 34% maior do que o apurado em igual período de 2012.
Nos últimos 12 meses (dezembro de 2012 a novembro de 2013), os empréstimos para aquisição e construção de imóveis, com recursos das cadernetas de poupança no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), perfizeram R$ 107,7 bilhões, 31% mais do que nos 12 meses precedentes.
Financiamentos Imobiliários - Unidades: Em novembro, foram financiadas aquisições e construções de 47,7 mil imóveis, com alta de 9% em relação a outubro. Comparado a novembro de 2012, observou-se crescimento de 23%.
Entre janeiro e novembro, foram financiados 478,9 mil imóveis, 17% acima das 410,6 mil unidades contratadas no mesmo período do ano passado.
Nos últimos 12 meses, até novembro, foram financiados 521 mil imóveis, acréscimo de 13% em relação aos 12 meses precedentes.
Poupança SBPE - saldo e captação: Em novembro, os depósitos nas cadernetas de poupança superaram os saques em R$ 5,4 bilhões, o melhor resultado para um mês de novembro desde 1994.
Nos primeiros onze meses do ano, a captação líquida das contas de poupança foi positiva em R$ 46 bilhões, montante 52% superior ao observado no mesmo perí-odo do ano passado (R$ 30,4 bilhões).
O saldo dos depósitos de poupança no SBPE superou R$ 456 bilhões, em novembro, mostrando elevação de 20% em relação ao saldo de novembro de 2012.
Pimentel comemora sucesso no leilão da BR-40 27/12/2014
"É mais uma demonstração de força, de vitalidade da economia brasileira e do acerto da decisão de chamar os empresários a participarem desse novo momento do país, que vai, pouco a pouco, construindo o caminho para o crescimento com base na redução de custos e na competitividade da nossa indústria", disse o ministro do Desenvolvimento, que é pré-candidato ao governo de Minas; leilão foi realizado nesta sexta na BM&FBovespa
27 DE DEZEMBRO DE 2013 ÀS 18:38
Governador Valadares, MG (27 de dezembro) – Oferecendo o maior deságio do processo de concessões, 61,13% sobre o pedágio máximo estipulado pelo Governo Federal, a Invepar venceu o leilão da rodovia BR-040, realizado nesta sexta-feira, em São Paulo. Além da Invepar, formada pela empresa OAS e por fundos de pensão, outros competidores disputaram a administração da rodovia que liga Juiz de Fora, em Minas Gerais, a Brasília, passando por Conselheiro Lafaiete, Itabirito, Sete Lagoas, Curvelo, Felixlândia, Canoeiras, João Pinheiro, Lagoa Grande, Paracatu e Cristalina, já em Goiás.
O valor de pedágio oferecido pela empresa foi de R$ 3,22528 – o teto fixado pelo governo era de R$ 8,29763 por praça de pedágio. O prazo da concessão é de 30 anos, período no qual a Invepar terá de investir R$ 7,4 bilhões em obras de duplicação, recuperação, manutenção, conservação, operação, implantação de melhorias e ampliação de capacidade da rodovia. A duplicação da rodovia, num trecho de 557,2 km, terá de ser feita até o 5º ano do prazo da concessão.
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, que apresentou as oportunidades na área de infraestrutura em diversos encontros com potenciais investidores estrangeiros, comemorou o sucesso do leilão. "É mais uma demonstração de força, de vitalidade da economia brasileira e do acerto da decisão de chamar os empresários a participarem desse novo momento do país, que vai, pouco a pouco, construindo o caminho para o crescimento com base na redução de custos e na competitividade da nossa indústria", afirmou.
O ministro lembrou que a rodovia é uma importante rota de escoamento da produção de Minas Gerais, que abriga, na região da Zona da Mata, empresas automobilísticas, agroindustriais, moveleiras, metalúrgicas, cimenteiras, têxteis e produtoras de papel e papelão, entre outras. "Um investimento como esse tem impacto multiplicador na economia, não apenas por movimentar a construção civil, mas também por facilitar o escoamento da produção nessa região, diminuindo o custo do frete e o tempo de rodagem. O custo, que é o valor do pedágio, acaba diluído para as empresas em razão desses benefícios. Estamos dando um passo fundamental para a economia do estado, que poderá, inclusive, resultar na atração de novos investimentos", avaliou.
Na avaliação de Pimentel, os investidores apostaram na continuidade da solidez econômica brasileira. "Eu já havia dito isso em referência a outro processo de concessão bem-sucedido, mas a máxima vale aqui também: o investidor só aceita aportar volumes bilionários de recursos em um país se acreditar nos fundamentos econômicos e nos rumos daquela economia. Acho que isso mostra que estamos no rumo certo. Vamos seguir por esse caminho, sempre fazendo os ajustes porventura necessários", apontou.
Com o leilão de hoje, são aproximadamente 4,25 mil quilômetros de rodovias federais concedidas à iniciativa privada em 2013. A BR-040 se junta a outras rodovias do estado que também foram leiloadas: a BR-060, que foi licitada, com as BRs 153 e 262, entre Brasília e Betim (MG), com deságio de 52% e a BR-050, entre Minas, com trechos já duplicados pelo Governo Federal, e Goiás, trecho a ser duplicado pelo vencedor, o consórcio Planlato. O deságio neste caso foi de 42,38%.
Outro exemplo de sucesso do Programa de Concessões em Logística (PIL) foi o leilão do aeroporto de Confins, concedido por R$ 1,82 bilhão, ágio de 66%, pelo prazo de 30 anos. "O quadro é de investimentos bilionários na infraestrutura do Estado. Esperamos com isso ampliar e acelerar o crescimento econômico mineiro", finalizou Pimentel.
Leilão da BR-40 mostra, de novo, que é possível conceder rodovia sem pedágio extorsivo 27/12/2014
Autor: Fernando Brito
Curioso o comportamento do empresariado brasileiro.
O leilão de concessão da BR-40 foi suspenso porque as empresas interessadas achavam baixo demais o valor estabelecido para o pedágio, por trecho de 100 quilômetros: R$ 3,44.
Agora, o leilão foi realizado – aliás, com grande sucesso – do trecho da BR-40, ligando Brasília a Belo Horizonte saiu com um lance de R$ 3,22.
Ou 6,5% mais barato do que o inicialmente previsto.
O que ó comprova que o preço fixado antes era justo e factível.
Agora compare o preço de rodovias concedidas do período FHC e pelos governos dos estados, principalmente São Paulo.
Os pedágios são até quatro vezes mais caros por quilômetro rodado.
Pergunte a quem passa pela Bandeirantes ou pela Anhanguera.
Se alguém quer saber em que as concessões feitas nos governos Dilma e Lula são diferentes do que foi feito com FHC, basta olhar estes preços.
Curioso o comportamento do empresariado brasileiro.
O leilão de concessão da BR-40 foi suspenso porque as empresas interessadas achavam baixo demais o valor estabelecido para o pedágio, por trecho de 100 quilômetros: R$ 3,44.
Agora, o leilão foi realizado – aliás, com grande sucesso – do trecho da BR-40, ligando Brasília a Belo Horizonte saiu com um lance de R$ 3,22.
Ou 6,5% mais barato do que o inicialmente previsto.
O que ó comprova que o preço fixado antes era justo e factível.
Agora compare o preço de rodovias concedidas do período FHC e pelos governos dos estados, principalmente São Paulo.
Os pedágios são até quatro vezes mais caros por quilômetro rodado.
Pergunte a quem passa pela Bandeirantes ou pela Anhanguera.
Se alguém quer saber em que as concessões feitas nos governos Dilma e Lula são diferentes do que foi feito com FHC, basta olhar estes preços.
Abertas 16,5 mil lojas em shoppings. Vendas cresceram, mas Estadão teve seu pior natal. 27/12/2014
O jornal "Estadão" chega a ser cômico. Estampou a manchete "Vendas de Natal foram as mais fracas dos últimos anos". Lá no meio do texto, a coisa é bem diferente. Lê-se:
Pesquisa da Associação de Lojistas de Shoppings (Alshop) indica que o faturamento do Natal deste ano empatou com o de 2012, considerando as mesmas lojas. Na prática, houve um acréscimo de receita de 5%, descontada a inflação, por causa da abertura de 16,5 mil novas lojas.
Ou seja:
As vendas tiveram um crescimento real de 5% (acima da inflação).
Nada menos do que 16,5 mil novas lojas foram abertas.
Os antigos lojistas, mesmo com acirramento da concorrência, ainda assim venderam o mesmo tanto que no natal do ano passado.
O que houve aí foi um crescimento econômico do setor acompanhado da democratização dos meios de produção no comércio, com mais pequenas empresas participando do bolo. Crescimento com melhor distribuição de renda.
Mais empresas abrindo as portas, mais empregos, mais renda e melhor distribuída, mais opção para quem compra também, com mais variedade de produtos e lugares para comprar, e mais concorrência que costuma resultar em melhores preços. Os antigos lojistas estão sobrevivendo bem, conseguindo manter o nível das vendas, mesmo tendo maior competição.
Em qualquer lugar do mundo isso é tratado como um sucesso estrondoso neste setor da economia brasileira. Menos no "nosso querido" PIG (Partido da Imprensa Golpista).
Mas numa coisa o Estadão tem razão. O jornalão em si teve o pior natal de sua história. Em grave crise financeira, colocado à venda nem acha comprador.
Tive a curiosidade de consultar o midia kit (prospecto usado para vender anúncios aos anunciantes), para ver a quantas anda a circulação do jornalão. Parece que desde outubro de 2012 eles não tem informações boas para dar nem aos anunciantes, pois a última circulação informada foi desta data, há um ano e dois meses atrás. Desde então preferem esconder o número atualizado.
Vale a pena ler também "Como os jornalões conseguiram estragar um Natal surpreendente", do Luis Nassif.
Pesquisa da Associação de Lojistas de Shoppings (Alshop) indica que o faturamento do Natal deste ano empatou com o de 2012, considerando as mesmas lojas. Na prática, houve um acréscimo de receita de 5%, descontada a inflação, por causa da abertura de 16,5 mil novas lojas.
Ou seja:
As vendas tiveram um crescimento real de 5% (acima da inflação).
Nada menos do que 16,5 mil novas lojas foram abertas.
Os antigos lojistas, mesmo com acirramento da concorrência, ainda assim venderam o mesmo tanto que no natal do ano passado.
O que houve aí foi um crescimento econômico do setor acompanhado da democratização dos meios de produção no comércio, com mais pequenas empresas participando do bolo. Crescimento com melhor distribuição de renda.
Mais empresas abrindo as portas, mais empregos, mais renda e melhor distribuída, mais opção para quem compra também, com mais variedade de produtos e lugares para comprar, e mais concorrência que costuma resultar em melhores preços. Os antigos lojistas estão sobrevivendo bem, conseguindo manter o nível das vendas, mesmo tendo maior competição.
Em qualquer lugar do mundo isso é tratado como um sucesso estrondoso neste setor da economia brasileira. Menos no "nosso querido" PIG (Partido da Imprensa Golpista).
Mas numa coisa o Estadão tem razão. O jornalão em si teve o pior natal de sua história. Em grave crise financeira, colocado à venda nem acha comprador.
Tive a curiosidade de consultar o midia kit (prospecto usado para vender anúncios aos anunciantes), para ver a quantas anda a circulação do jornalão. Parece que desde outubro de 2012 eles não tem informações boas para dar nem aos anunciantes, pois a última circulação informada foi desta data, há um ano e dois meses atrás. Desde então preferem esconder o número atualizado.
Vale a pena ler também "Como os jornalões conseguiram estragar um Natal surpreendente", do Luis Nassif.
Foi o melhor Natal da história, mas a mídia diz que foi o pior 27/12/2014
Posted by eduguim on 27/12/13
Nunca antes na história deste país o comércio vendeu tanto quanto no Natal de 2013. Os shoppings e as ruas de comércio foram ocupados por verdadeiras massas humanas. Encontrar vagas nos estacionamentos foi praticamente impossível. As filas para pagar pelas compras foram quilométricas. A avidez do consumidor brasileiro continua crescendo sem parar.
Apesar do que todos os que saíram para comprar sentiram – e comentaram entre si enquanto esperavam nas lojas para ser atendidos ou para pagar pelas compras –, os grandes meios de comunicação, no primeiro dia útil após o Natal, elaboraram manchetes que induzem o público a crer que o país está terminando 2013 a pão e água.
Como todos neste país, o blogueiro também foi às compras. Enquanto tentava “laçar” um vendedor para atendê-lo ou enquanto mofava nas imensas filas que se formaram nos caixas, ouviu várias vezes uma frase que você, leitor, também deve ter ouvido: “Isso é porque estamos em crise”.
A frase em questão quer dizer que, apesar de vermos a mídia alardear diariamente que o país está empobrecido, endividado e estagnado, o que o cidadão comum percebe em seu dia a dia é que todos estamos com o poder aquisitivo nos píncaros da glória e que o problema, na verdade, parece ser falta de oferta de produtos e mais lugares para comprar.
Não foi por outra razão que, segundo o jornal Folha de São Paulo, ao longo de 2013 foram inaugurados nada mais, nada menos do que 38 novos shoppings contra 27 em 2012.
O site Brasil Econômico mostra que o faturamento desses centros de compras também cresceu bem em 2013. Em 2012, os shoppings faturaram R$ 119,5 bilhões e, em 2013, R$ 132,8 bilhões, um crescimento de 6,95% deste ano para o ano passado contra um crescimento de 10,65% de 2011 para 2012.
Esse dado desmascara a pegadinha armada pela mídia de oposição ao governo federal, que distorceu os dados descaradamente para tentar enganar aqueles brasileiros que foram às compras alucinadamente, brandindo seus cartões de crédito e débito na esperança de atrair algum vendedor nas lojas de comércio lotadas.
Matéria de capa da Folha de São Paulo de 3ª feira (27 de dezembro) diz que “(…) Vendas de shopping ficam estáveis sem levar em conta os novos empreendimentos (…)”. Com base nessa manobra, o jornal excluiu da conta os 38 novos shoppings de 2013 sem excluir os 27 novos shoppings de 2012 para, ao fim, concluir que o crescimento nas vendas foi de “apenas” 2,7%.
Como a cada ano da última década as vendas de Natal sempre superaram as do ano anterior – e como neste ano não foi diferente –, o dado concreto é o de que 2013 teve o melhor Natal da história do país.
Em 500 anos, o comércio brasileiro nunca vendeu tanto nesta época do ano. Mas a tramoia midiática vendeu um crescimento menor nas vendas como sendo “o pior Natal em 11 anos” quando o correto seria dizer que as vendas não cresceram em 2013 tanto quanto cresceram nos anos anteriores, mas que continuam crescendo.
O mais ridículo em tudo isso, porém, está sendo a avaliação de que teria se “esgotado” o modelo econômico baseado no crescimento do consumo, o que não passa de uma invenção, pois o modelo de crescimento do Brasil é baseado na inclusão no mercado de consumo, sendo este apenas uma decorrência daquele.
Segundo a mídia, o Brasil não tem mais para onde crescer com base na entrada de consumidores no mercado. É uma sandice tão grande que se chega a duvidar que tenha sido dita. Como é possível que um país com tanta gente que não consegue consumir mais do que o básico não tenha mais como crescer incluindo quem ainda não pode consumir?
Se isso fosse verdade, significaria que o Brasil acabou com a pobreza e com a miséria, o que, infelizmente, está longe de ser verdade, apesar da forte inclusão dos mais pobres no mercado de consumo de massas que os governos petistas começaram a construir ao longo da última década e que, por certo, está longe de ter chegado ao ponto ideal.
Nunca antes na história deste país o comércio vendeu tanto quanto no Natal de 2013. Os shoppings e as ruas de comércio foram ocupados por verdadeiras massas humanas. Encontrar vagas nos estacionamentos foi praticamente impossível. As filas para pagar pelas compras foram quilométricas. A avidez do consumidor brasileiro continua crescendo sem parar.
Apesar do que todos os que saíram para comprar sentiram – e comentaram entre si enquanto esperavam nas lojas para ser atendidos ou para pagar pelas compras –, os grandes meios de comunicação, no primeiro dia útil após o Natal, elaboraram manchetes que induzem o público a crer que o país está terminando 2013 a pão e água.
Como todos neste país, o blogueiro também foi às compras. Enquanto tentava “laçar” um vendedor para atendê-lo ou enquanto mofava nas imensas filas que se formaram nos caixas, ouviu várias vezes uma frase que você, leitor, também deve ter ouvido: “Isso é porque estamos em crise”.
A frase em questão quer dizer que, apesar de vermos a mídia alardear diariamente que o país está empobrecido, endividado e estagnado, o que o cidadão comum percebe em seu dia a dia é que todos estamos com o poder aquisitivo nos píncaros da glória e que o problema, na verdade, parece ser falta de oferta de produtos e mais lugares para comprar.
Não foi por outra razão que, segundo o jornal Folha de São Paulo, ao longo de 2013 foram inaugurados nada mais, nada menos do que 38 novos shoppings contra 27 em 2012.
O site Brasil Econômico mostra que o faturamento desses centros de compras também cresceu bem em 2013. Em 2012, os shoppings faturaram R$ 119,5 bilhões e, em 2013, R$ 132,8 bilhões, um crescimento de 6,95% deste ano para o ano passado contra um crescimento de 10,65% de 2011 para 2012.
Esse dado desmascara a pegadinha armada pela mídia de oposição ao governo federal, que distorceu os dados descaradamente para tentar enganar aqueles brasileiros que foram às compras alucinadamente, brandindo seus cartões de crédito e débito na esperança de atrair algum vendedor nas lojas de comércio lotadas.
Matéria de capa da Folha de São Paulo de 3ª feira (27 de dezembro) diz que “(…) Vendas de shopping ficam estáveis sem levar em conta os novos empreendimentos (…)”. Com base nessa manobra, o jornal excluiu da conta os 38 novos shoppings de 2013 sem excluir os 27 novos shoppings de 2012 para, ao fim, concluir que o crescimento nas vendas foi de “apenas” 2,7%.
Como a cada ano da última década as vendas de Natal sempre superaram as do ano anterior – e como neste ano não foi diferente –, o dado concreto é o de que 2013 teve o melhor Natal da história do país.
Em 500 anos, o comércio brasileiro nunca vendeu tanto nesta época do ano. Mas a tramoia midiática vendeu um crescimento menor nas vendas como sendo “o pior Natal em 11 anos” quando o correto seria dizer que as vendas não cresceram em 2013 tanto quanto cresceram nos anos anteriores, mas que continuam crescendo.
O mais ridículo em tudo isso, porém, está sendo a avaliação de que teria se “esgotado” o modelo econômico baseado no crescimento do consumo, o que não passa de uma invenção, pois o modelo de crescimento do Brasil é baseado na inclusão no mercado de consumo, sendo este apenas uma decorrência daquele.
Segundo a mídia, o Brasil não tem mais para onde crescer com base na entrada de consumidores no mercado. É uma sandice tão grande que se chega a duvidar que tenha sido dita. Como é possível que um país com tanta gente que não consegue consumir mais do que o básico não tenha mais como crescer incluindo quem ainda não pode consumir?
Se isso fosse verdade, significaria que o Brasil acabou com a pobreza e com a miséria, o que, infelizmente, está longe de ser verdade, apesar da forte inclusão dos mais pobres no mercado de consumo de massas que os governos petistas começaram a construir ao longo da última década e que, por certo, está longe de ter chegado ao ponto ideal.
sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
Montadoras anunciaram investimentos de R$ 5,2 bilhões 27/12/2013
Ícones do segmento premium de carros anunciaram em 2013 a chegada ou volta ao mercado brasileiro, com marcas como Mercedes-Benz, Audi e Jaguar Land Rover; em editorial, BMW disse que o Brasil passou de mero espectador a vibrante realizador: "Se alguns duvidam do Brasil, nós investimos 200 milhões de euros"
27 DE DEZEMBRO DE 2013 ÀS 11:46
247 – O ano de 2013 ficará marcado pelo alto investimento de montadoras no mercado brasileiro, que soma R$ 5,2 bilhões.
Em outubro, a Daimler anunciou que vai construir uma fábrica de automóveis Mercedes-Benz no país, retomando a produção local de um segmento em que deixou de atuar há cerca de 3 anos.
Duas semanas antes, a Audi, unidade da Volkswagen, afirmou que vai investir cerca de 150 milhões de euros para produzir o Q3 e o sedã A3 em São José dos Pinhais (PR) a partir de 2015.
Quanto a BMW, num editorial histórico, publicado nos jornais brasileiros, que exercem um pessimismo militante, a montadora alemã deu uma lição aos fracassomaníacos. "O Brasil passou de mero espectador a vibrante realizador. Deixou de ser aquele sujeito que ficava à beira da estrada, só assistindo aos carros passarem, para virar motor do seu próprio destino", diz o texto; "Se alguns duvidam do Brasil, nós investimos 200 milhões de euros".
No segmento premium que apostaram no Brasil neste ano inclui-se ainda a Jaguar Land Rover.
A britânica Jaguar Land Rover vai construir sua primeira fábrica de veículos em Itatiaia, no interior do Rio de Janeiro, em investimento de cerca de 1 bilhão de reais.
"A chegada da Land Rover vai ser um marco histórico para a cidade", disse nesta segunda-feira à Reuters o prefeito de Itatiaia, Luiz Carlos Ferreira Bastos.