Pimentel comemora sucesso no leilão da BR-40 27/12/2014
"É mais uma demonstração de força, de vitalidade da economia brasileira e do acerto da decisão de chamar os empresários a participarem desse novo momento do país, que vai, pouco a pouco, construindo o caminho para o crescimento com base na redução de custos e na competitividade da nossa indústria", disse o ministro do Desenvolvimento, que é pré-candidato ao governo de Minas; leilão foi realizado nesta sexta na BM&FBovespa
27 DE DEZEMBRO DE 2013 ÀS 18:38
Governador Valadares, MG (27 de dezembro) – Oferecendo o maior deságio do processo de concessões, 61,13% sobre o pedágio máximo estipulado pelo Governo Federal, a Invepar venceu o leilão da rodovia BR-040, realizado nesta sexta-feira, em São Paulo. Além da Invepar, formada pela empresa OAS e por fundos de pensão, outros competidores disputaram a administração da rodovia que liga Juiz de Fora, em Minas Gerais, a Brasília, passando por Conselheiro Lafaiete, Itabirito, Sete Lagoas, Curvelo, Felixlândia, Canoeiras, João Pinheiro, Lagoa Grande, Paracatu e Cristalina, já em Goiás.
O valor de pedágio oferecido pela empresa foi de R$ 3,22528 – o teto fixado pelo governo era de R$ 8,29763 por praça de pedágio. O prazo da concessão é de 30 anos, período no qual a Invepar terá de investir R$ 7,4 bilhões em obras de duplicação, recuperação, manutenção, conservação, operação, implantação de melhorias e ampliação de capacidade da rodovia. A duplicação da rodovia, num trecho de 557,2 km, terá de ser feita até o 5º ano do prazo da concessão.
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, que apresentou as oportunidades na área de infraestrutura em diversos encontros com potenciais investidores estrangeiros, comemorou o sucesso do leilão. "É mais uma demonstração de força, de vitalidade da economia brasileira e do acerto da decisão de chamar os empresários a participarem desse novo momento do país, que vai, pouco a pouco, construindo o caminho para o crescimento com base na redução de custos e na competitividade da nossa indústria", afirmou.
O ministro lembrou que a rodovia é uma importante rota de escoamento da produção de Minas Gerais, que abriga, na região da Zona da Mata, empresas automobilísticas, agroindustriais, moveleiras, metalúrgicas, cimenteiras, têxteis e produtoras de papel e papelão, entre outras. "Um investimento como esse tem impacto multiplicador na economia, não apenas por movimentar a construção civil, mas também por facilitar o escoamento da produção nessa região, diminuindo o custo do frete e o tempo de rodagem. O custo, que é o valor do pedágio, acaba diluído para as empresas em razão desses benefícios. Estamos dando um passo fundamental para a economia do estado, que poderá, inclusive, resultar na atração de novos investimentos", avaliou.
Na avaliação de Pimentel, os investidores apostaram na continuidade da solidez econômica brasileira. "Eu já havia dito isso em referência a outro processo de concessão bem-sucedido, mas a máxima vale aqui também: o investidor só aceita aportar volumes bilionários de recursos em um país se acreditar nos fundamentos econômicos e nos rumos daquela economia. Acho que isso mostra que estamos no rumo certo. Vamos seguir por esse caminho, sempre fazendo os ajustes porventura necessários", apontou.
Com o leilão de hoje, são aproximadamente 4,25 mil quilômetros de rodovias federais concedidas à iniciativa privada em 2013. A BR-040 se junta a outras rodovias do estado que também foram leiloadas: a BR-060, que foi licitada, com as BRs 153 e 262, entre Brasília e Betim (MG), com deságio de 52% e a BR-050, entre Minas, com trechos já duplicados pelo Governo Federal, e Goiás, trecho a ser duplicado pelo vencedor, o consórcio Planlato. O deságio neste caso foi de 42,38%.
Outro exemplo de sucesso do Programa de Concessões em Logística (PIL) foi o leilão do aeroporto de Confins, concedido por R$ 1,82 bilhão, ágio de 66%, pelo prazo de 30 anos. "O quadro é de investimentos bilionários na infraestrutura do Estado. Esperamos com isso ampliar e acelerar o crescimento econômico mineiro", finalizou Pimentel.
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