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terça-feira, 2 de fevereiro de 2016
CPMF incomodaria EUA, nova lavanderia global 02/02/2016
O imposto mais justo do mundo, cobrado de todos, pagando-o mais quem ganha mais e menos quem ganha menos sobre todas as movimentações financeiras na economia, como é o caso da…
Cesar Fonseca em 02/02/2016
A grande mídia tupiniquim, serviçal do capitalismo financeiro especulativo nacional e internacional, faz escarcéu geral contra CPMF porque se trata de imposto justo que fixa relações econômicas dinâmicas na sociedade com total transparência para demonstrar que paga mais quem ganha mais e menos quem ganha menos, democratizando as relações sociais e econômicas, dando cabo dos sonegadores e da evasão fiscal, do dinheiro dos ricos para os paraísos fiscais, como o que está se erguendo nos Estados Unidos, para se transformarem na grande lavanderia global, configurando a nova etapa do capitalismo financeiro especulativo em crise, fugindo do pagamento de juro para não estourar dívida pública e promover corridas bancárias explosivas.
O imposto mais justo do mundo, cobrado de todos, pagando-o mais quem ganha mais e menos quem ganha menos sobre todas as movimentações financeiras na economia, como é o caso da CPMF – Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira -, certamente, sofrerá intensa pressão dos sonegadores inimigos da transparência.
Como os sonegadores iriam para os paraísos fiscais onde ficam livres do leão da receita federal se antes de lá chegarem teriam deixado nos caixas dos bancos recolhidos o imposto cobrado na movimentação financeira?
Os paraísos fiscais, como os que começaram a ser criados nos Estados Unidos, para enxugar liquidez global que ameaça o capitalismo americano, evitando que Tio Sam pague juro aos especuladores e se livre de estouros no seu endividamento público, sofreriam revezes com a existência da CPMF, caso fosse aprovada no Brasil e servisse de exemplo para o mundo.
A razão é obvia: a sonegação é eliminada pela transparência total.
Ficaria inviável aos bilionários sonegadores brasileiros transferirem seus capitais sonegados para os paraísos fiscais, utilizando diversas artimanhas, todas, invariavelmente, realizadas pelas atividades bancárias.
Se toda movimentação tem que ser taxada, obrigatoriamente, pela CPMF, configurando transparência total, como não saber as fortunas fantásticas que são movimentadas pela elite, beneficiária de modelo de desenvolvimento econômico concentrador de renda e promotor de exclusão social, responsável por inflação, recessão, arrocho salárial, empobrecimento coletivo, quedas de produtividade e de competitividade da economia como um todo etc?
O tamanho da sonegação que se realiza no capitalismo moderno marcado pela financeirização econômica altamente especulativa ficaria exposto e, naturalmente, mobilizaria a opinião pública para defender justiça social distributiva de renda.
As carências financeiras dos setores sociais, para onde canalizar-se-iam os recursos arrecadados com a CPMF, seriam eliminadas.
Consequentemente, tal eliminação se traduziria em aumento da renda disponível para o consumo coletivo.
Mais produção, mais emprego, mais arrecadação, mais investimentos seriam o resultado lógico da transparência tributária decorrente da implantação do imposto amplamente democrático.
Produção e consumo equilibradas, por sua vez, removeriam pressões inflacionarias.
A automaticidade da distribuição dos recursos da CPMF, em obediência a institucionalização dos mecanismos existentes, no plano federativo, ampliaria o processo democrático de distribuição da renda.
Isso aconteceria, sobretudo, com simplificação e distribuição total do imposto sobre as movimentações financeiras.
Acabaria, naturalmente, a burocracia necessária à gerência de sistema tributário atual complexo e injusto que favorece sonegação, levando os mais ricos a implantarem planejamentos tributários para alcançarem elisões fiscais, redução de impostos para os que podem utilizar de tais mecanismos sonegadores.
A CPMF, pela sua intrínseca forma democrática de ser, promoveria, amplamente, o espírito empreendedor, dada sua simplicidade em agilizar, tanto o nascimento como encerramento de atividades produtivas, sem custos adicionais.
A partir do momento em que nasce o empreendimento, o tributo começa a ser arrecadado a cada movimentação, tendo, ao final do dia, relatório completo de atividades, que representa, simultaneamente, declaração de imposto de renda, devidamente, quitado.
Desse modo, ao encerrar suas atividades, o empresário já tem liquidadas também suas obrigações com o fisco, dadas pelos relatórios emitidos como produtos da sua própria movimentação.
O empresário deixaria de ser considerado intrínsecamente sonegador, ladrão, assim visto pela sociedade, condicionada pelo sistema tributário obscuro, injusto, antiprodutivo.
Da mesma forma, a simplificação tributária produziria ampliação da base tributária.
Todos pagariam impostos porque estaria eliminada qualquer motivação para sonegação.
O volume de arrecadação daria um salto, na medida em que tudo que se movimenta na rede bancária, por meio do qual se realizam as relações econômicas modernas, é taxado.
Como fugir de impostos, promovendo sonegação, dirigindo-se para os paraísos fiscais, para calotear a receita federal, se, na saída, seja qual for, mediada por transferência bancária, o pagamento de imposto se faz automaticamente?
Os lucros dos bancos ficariam à mostra, completamente, com a universalização da CPMF.
Estaria estimulada ação governamental para corrigir distorções econômicas, em favor de mais e melhor justiça social, plenamente justificada pela movimentação financeira de cada setor ou cada cidadão.
Não seria essa a razão da resistência contra a CPMF por parte das elites financeiras, dos sonegadores em geral, que buscam os paraísos fiscais, para não pagarem imposto?
http://independenciasulamericana.com.br/2016/02/cpmf-incomodaria-eua-nova-lavanderia-global/
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